20 novembro 2009

SEM FRONTEIRAS (clique aqui para ler os textos)

Por minhas mãos
João Felinto Neto

Resumo:
O pensamento racional e comedido, criterioso e definitivo, faz da maioria das pessoas meros espectros de homens. Amnésicos, esquecemos nossos sonhos. Explorados, marginalizados, saqueados, esquecidos, seguimos a multidão. Nossos sentidos figadais, anestesiados pela própria cisão com o mundo, não nos faz perceber os detalhes que o tempo transformou. Em sua poesia, João Felinto nos mostra a lucidez de ser louco, e envergar a patética normalidade hipócrita que nos interna no manicômio do mundo moderno. O sentido sinestésico de ler o ambiente, de sentir seus segredos, de inundar os corações com sentimentos sublimes, mas perceber o limite claro dos paradoxos de uma existência que nos sufoca e nos expande, nos liberta e nos clausura, nos eterniza e nos dizima. Retrata-nos a saga do dia, que o tempo dispôs a seu gosto. As mudanças que agrisalham os cabelos e nos nutre a alma de experiências voláteis. Vai do ácido ao aquoso, do nascer ao morrer, sem entrelinhas. Não reveste de púrpuras o vaso de plantas sequiosas. Não verá no relógio a hora do almoço sem sentir o tilintar dos ponteiros, poetizar o tempo sem respostas. Não abrirá os olhos sem perceber réstias de sol irresoluto, lhe alertar as retinas. Não calará segredos de ouvidos magoados - reclamará a dor. Suas tardes opacas, se não forem suas, transluzir-se-ão aos olhos radiantes do poeta louco. E por suas mãos, reescreve a história de um cotidiano, realmente humano. E nos dá um ponto final, " microscópico, impertinente, a incomodar o macrocosmo indiferente das convenções gerais".

POR MINHAS MÃOS
Muitas vezes quando estou criando um poema, a mente pára por alguns instantes, mas as mãos continuam a escrever ou a digitar. E alguns desses versos são calejados e rudes, enquanto outros são extremamente macios e carinhosos. O resultado é um poema composto por minhas mãos.

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