31 dezembro 2007

FELIZ 2008

É isso ai, Jards... UM FELIZ ANO NOVO PARA TODOS NÓS E QUE POSSAMOS CONTINUAR CHEGANDO JUNTOS.

30 dezembro 2007

Feliz Ano Novo!

Boa viagem Heli. Essa praia tá lotada Ney. Tô fora!
Que em 2008 nosso blog continue com força total.
Tudo de bom para todos nós.

28 dezembro 2007

HELI



Obrigado. Para passar o tempo fico aqui inventando minhas besteiras. Não vamos viajar, mas os filhos foram para Cabo Frio.

Dê um mergulho pela gente, mas se possível... assim pedindo licença, desviando de um e outro, com jeitinho dá para chegar na água (rs).

Ah, sim... nada de mulher pelada. Pode deixar, acabei de cancelar o download. Puxa! Essa ia arrasar. Deixo para o ano que vem...

A GALERA GOSTOU!!

Ney.

A galera aqui gostou da brincadeira que fizestes sobre o uso do computador, nossos vícios e passa-tempos.

hehehe tranqueira danada pra viciar essa tal de internet

Eu já estou quase, quase igual ao guri da foto, mas ainda estou no quase!!!!

Pois é, vou amanhã cedinho e volto na quarta, mas vou ficar ligadona aqui no blog, tenha juízo por favor e não coloque mulher pelada aqui que eu dou uns cascudos nelas!!!!

Gostei da idéia de cobrar padágio aqui nas in-fovias!Uma idéia a se pensar!
O sujeito que descobrir isso vai ficar trilhionário rapidinho...

FALANDO EM EFEITOS ESPECIAIS (post anterior)


Está pensando que tem "photoshop", efeitos especiais? Nadinha, foi a natureza mesmo que fez lá seus ilimitados efeitos, eu só dei a clicada, e numa máquina bem simples, dá bem para perceber. Mas agora estou com digital e vou dar uma de paparazzo da natureza.

HELI


Faz bem em viajar, passar o Ano Novo lá no litoral, senão ficamos igual a esse ai, só quer saber de computador e mundo virtual.
Mas é que esse tal de real anda tão violento, as estradas tão congestionadas, que preferimos ficar viajando aqui na infovia.
E também estamos ficando tão velozes e numerosos que a TERRA está ficando pequena e poluída, vai ver logo estaremos viajando pela imensidão do universo e poderemos voltar a vivenciar etapas, com paz e serenidade. Só não vale colocar pedágio e pardais eletrônicos, que já vivemos filmados e monitorados.
Garanto que aquele lado escuro da LUA vai ficar cheio de namorados, como outrora o "escurinho do cinema", que agora só tem aquele pacote família de pipoca e o balde de refrigerante, por isso estamos ficando obesos. Antigamente era só um chiclete, um drops, e o resto era por conta dos namorados. Agora as vibrações só sentimos no celular, que colocamos em "SILENCIOSO". Acabaram-se os beijos hollywoodianos, agora são os efeitos especiais. Que tristeza! The End.

HELI

UM BOM PASSEIO E FELIZ ANO NOVO. Paz, saúde e alegrias.

O AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA


Veja o trailer no link acima.

Pois é, eu esperava mais, talvez pela expectativa de voltar a ver esse romance que é uma das mais belas histórias de amor, do magnífico Gabriel Garcia Marquez, e li 3 vezes, como foi o caso também de "100 anos de solidão". A fotografia é muito bonita e a trilha idem. Mas faltou "entranhas", como diz num dos comentários abaixo. Mas a história é tão bonita que vale a pena conferir e tirar suas próprias conclusões.




Tudo é tristemente caricato, falso, com um elenco no qual atores latinos e não-latinos nivelados são por baixo em interpretações dignas de um novelão mexicano. As falas são solenes, os movimentos teatrais e o timming dos mais sonolentos. De nada adiantou a produção se deslocar até a Colômbia, terra natal de Márquez, se foram perdidos completamente a magia e o encanto do texto original. http://br.cinema.yahoo.com/filme/14855/critica/9742/oamornostemposdocolera




O filme acaba caindo no dramalhão, perdendo muito do apelo da obra original, inclusive por ser falado em inglês e não em espanhol. Com um excelente elenco e um roteiro baseado num dos grandes romances do século XX, esperava-se bem mais deste longa.


http://www.cinemacafri.com/links/filme/love_in_the_time_of_cholera/o_amor_nos_tempos_do_colera/o_amor_nos_tempos_do_colera.jsp





Numa primeira análise, salva-se a fotografia de Affonso Beato, que, como já era esperado, é linda, brilhante, com uma reconstituição de época competente (as tomadas externas de Cartagena são especialmente belas). Mas mesmo ela cai no lugar-comum dos papagaios, bananas e trepadeiras. Coisa pra inglês ver. Literalmente. Afinal, o filme é todo falado em "inglês exótico", com sotaque carregado, em detrimento do espanhol trama intrincada e a profundidade dos personagens. O resultado é um mingauzinho leve... bem mastigadinho, coisa pra quem não tem entranhas mesmo.
http://www.omelete.com.br/cine/100009975/O_Amor_nos_Tempos_do_Colera.aspx

DESPEDIDA AQUI NO BLOG


Queridos amigos!


Mais um ano chega ao seu final e aqui estamos neste nosso blog!


Vou viajar um pouquinho, vou passar a virada para o Ano Novo no Litoral do Paraná, junto a amigos e parentes e quero deixar aqui o meu carinhoso abraço a vocês, pedindo ao bom Papai lá do céu, que cuide de cada um de nós, que ELE esteja sempre em nossos corações e que em 2008 tenhamos muita saúde, muita paz e que a vida continue a "nos sorrir"....

Beijo enorme em seus corações!!

Heli

Receita de ano novo





Para você ganhar belíssimo
Ano Novo cor do arco-íris,
ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano não apenas pintado de novo,
remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior) novo, espontâneo,
que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)


Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade,
recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados,
começando pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo,
eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente,
consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Oração de final de ano - Gabriel Chalita

E vamos fazendo nossa parte e continuar acreditando, buscando encontrar os melhores caminhos...

ORAÇÃO DE FINAL DE ANO - GABRIEL CHALITA
Mais uma etapa se encerra, Senhor. O convívio valeu a pena. O aprendizado abriu novos horizontes. Viajamos em tantas áreas da ciência. Conhecemos tantos períodos da história. Viramos cientistas. Atletas. Malabaristas na arte de viver. Desvendamos segredos das Exatas. Tornamo-nos mais sensíveis. E chegamos vivos até aqui.Alguns se despedem e partem para uma nova seara. Cresceram. Amadureceram. Mudaram de tamanho e de estatura política. Vão navegar em outros mares. Outros voltarão no ano que vem. Virão com novas histórias para contar. Virão carregados de expectativas. E tudo retornará ao seu curso. E tudo será diferente. Nada se repete. O fim de ano é um momento de reflexão. É um corte no tempo para que se possa rever tudo que se viveu. É uma pausa. No turbilhão da vida, às vezes, é preciso parar. Parar e pensar. E há muito para pensar. O ano passa muito rapidamente, mas passa carregado de acontecimentos, que ora surpreendem e ora alimenta a rotina. Parar e até mesmo lamentar pelo que ficou faltando. Lamentar pelos projetos não executados, pelas promessas não cumpridas. É tempo de novas promessas. É tempo de renovar aquelas que parecem ter sido prometidas tantas vezes e que ainda não alcançaram à realização. Não importa. O pior é deixar de planejar. É deixar de sonhar. E o novo ano pode recomeçar sem sonho. Senão, nasce velho. Nasce embotado. Senhor. Vivemos juntos mais um ano. E como isso foi bom. Tivemos, sim, problemas. Algumas separações. Algumas quedas. Mas estamos aqui. E temos que agradecer por estarmos vivos, juntos, e dispostos a recomeçar. Não queremos o desânimo dos que acham que tudo será como tudo sempre foi e que novidade é coisa de românticos. Queremos um coração capaz de vibrar. Queremos a fortaleza dos que não se abatem e a sabedoria dos que experimentam o novo sempre com um singelo sorriso. Senhor! Obrigado por todos os meses desse ano que passou. Obrigado pelos dias mais quentes do verão. Obrigado pelo frio de inverno. Obrigado pela poesia da primavera, pela luz do outono. Obrigado pelos finais de semana e pelos dias de semana. Obrigado pelo amanhecer e pelo entardecer. Obrigado pelos problemas todos e pela disposição de superá-los. Obrigado pelas feridas e pelas cicatrizes. Obrigado, Senhor! Sei que o novo ano virá e trará suas novas e próprias preocupações. Há muito a se fazer para que o mundo seja melhor. Quem sabe, no ano que virá não se convertam em realidade as utopias que nos alimentam. Quem sabe, com forças renovadas, sejamos capazes de lutar com mais galhardia pelos ideais que temos. Quem sabe o céu esteja mais estrelado nas noites de lua cheia. Obrigado, Senhor! E graças ao milagre que é viver no ano que vem prosseguiremos sonhando e realizando.Amém!

A charge do Aroeira está ótima!


Aroeira

28/12/2007

Jornal O Dia


Escritora e prostituta queixa-se de Mônica Veloso: "as colegas escrevem livro e eu nada".

Ignorância Times

Escritora e prostituta queixa-se de Mônica Veloso: "as colegas escrevem livro e eu nada".

Clique e leia texto completo.

SECRET GARDEN


Adágio - Secret Garden
Essa música é muito linda... DEMAIS!
Link acima (som).

27 dezembro 2007

FERIADÃO DE FINAL DE ANO


Vamos nessa! Pé na estrada gente, hoje é quinta, até terça-feira dá para chegar lá... MOLEZA!
Com pedágio é outra coi$a... Viagem tranquila.
FELIZ 2008 !
foto ig.

Oscar Niemeyer

http://odia.terra.com.br/especial/cultura/niemeyer/orio.htm

Especial O Dia com parceria do SESC Rio de Janeiro

Biblioteca Nacional

Foi lançado, durante a 37ª Conferência Geral da Unesco, em outubro passado, o protótipo da Biblioteca Digital Mundial, uma iniciativa da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos e da própria Unesco. Juntas, elas pretendem digitalizar importantes documentos, cartas, fotos e mapas nas seis línguas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU): inglês, francês, espanhol, árabe, chinês e russo.
Além das línguas oficiais da ONU, todo o material também será traduzido para o português, isto porque a Biblioteca Nacional do Brasil, localizada no Rio de Janeiro, é parceira do projeto, ao lado da Biblioteca de Alexandria, da Biblioteca Nacional do Egito e da Biblioteca Nacional da Rússia.
De acordo com o projeto, a Biblioteca Digital Mundial tem o objetivo de
promover o conhecimento e a conscientização internacional e intercultural; expandir o volume e a variedade de conteúdos na web; e capacitar as instituições parceiras de forma a reduzir a exclusão digital dentro e entre os países.
Por conta do projeto, a Biblioteca Nacional do Brasil inclusive já digitalizou 1.500 mapas raros dos séculos XVI a XVIII e 42 álbuns com cerca de 1.200 fotografias pertencentes à Coleção Thereza Christina Maria, doada pelo Imperador D. Pedro II à instituição. A coleção de fotografias foi registrada como Patrimônio da Humanidade no Programa Memória do Mundo da Unesco.
É possível ainda acessar documentos valiosos, como a partitura original de O Guarani, de Carlos Gomes; a obra rara Rerum per octennium in Brasília, feita em 1647 por Gaspar Barléus; a Bíblia de Mogúncia , primeiro documento impresso no mundo, em 1462, por Johann Gutemberg; a Arte da Gramática da Língua mais Usada na Costa do Brasil, escrita pelo Padre José de Anchieta; Os Lusíadas, de Luís de Camões; Dom Casmurro, de Machado de Assis; bem como manuscritos de Maurício de Nassau, Sigmund Freud e D. João VI.
Acesse e confira:
Biblioteca Nacional
- http://www.bn.br/bndigital
Biblioteca Digital Mundial
- http://www.worlddigitallibrary.org

FÉ E RAZÃO EM ABRAÇO

Marcondes Rosa de Sousa
Professor da UFC e da UECe

Natal! Machado, o de Assis, me cai, com saudades da “velha noite amiga, noite cristã, berço do Nazareno” (Séc. XIX), a lembrar, desde São Francisco, o de Assis (1223), os hoje raros presépios. Em nossa volta, o marketing a espraiar sede nos lucros, e a distorcer ceias, Papai Noel, presentes, canções natalinas... E a nos ficar, a chave-de-ouro do famoso Soneto de Natal: “Mudaria o natal ou mudei eu?”

Nesse quadro, uma luz: a de Bento XVI, a pautar aos cristãos, vida futura a não se perder no vazio e no chão. Salva-nos a esperança, a nos dar sentido à vida cá na terra e à ressurrecta após. Míopes, se não aliadas à fé e a caridade, em nossa política, os esforços em prol da tríade “liberdade, igualdade e fraternidade”. Também, ideais como o marxista, se restritos à pura “ordem e distribuição econômica”. E até a ciência, se, solitária e cega, não se pautar por esse horizonte.

Só a cáritas - o amor a irmanar-nos como obra e filhos de Deus - poderá redimir-nos. Possível, a “amizade entre a inteligência e a fé” a nos trazer “maturidade científica e espiritual” (diz o papa a universitários). Voltar àquela “noite cristã, berço do Nazareno” impõe-nos repensar-nos a jornada na terra: fé, esperança e caridade, mãos dadas a nos rever passado, presente e futuro. Assim, as hoje múltiplas inteligências. A da fé (a transcendente), no consórcio com as várias outras, a nos repensar ética e vida política, na construção de nosso amanhã. E, urgente, a de nossa educação (escolar e social), hoje, nesta terra de Santa Cruz, vista entre as piores do mundo, para que forme mulheres e homens na integrada feição de profissional (o construtor), cidadão (o ente social e político) e pessoa (em sua dimensão transcendente maior).

Tudo sob o olhar “assim na terra como no céu”. São meus votos. Que assim seja

Onde está seu texto?

Onde está seu texto Ney?

Achei-o brilhante, li e reli e não deu para comentar, mas estava muito bom!

Você nos trouxe o "movimento no tempo" após a escrita do texto e eu adorei!
Por favor, recoloque-o.

26 dezembro 2007

MUDE - EDSON MARQUES

MUDE - EDSON MARQUES
Vídeo no link acima.

O livro "Mude" acaba de ser lançado pela Pandabooks, com prefácio de Antonio Abujamra - e está à venda nas grandes livrarias.

SINOPSE
"Mude" é viver. Num nível que poética é uma luta que não decepciona. A sinceridade de Edson Marques explode nesse poema, que, evidentemente, Clarice Lispector aplaudiria pelo risco corajoso de querer movimentar o volume dos cérebros que o lêem. Um poema que enobrece e que não imita, cria beleza na dimensão que desenvolve o talento para que as inibições particulares não apodreçam o homem. É um estilo de provocação apaixonante e não existe um leitor que não fique preso às palavras de coragem que mostram a necessidade de não nos enganarmos sobre nós mesmos. Meu aplauso. Antonio Abujamra

25 dezembro 2007

Poesia, prosa, versos, rimas....Este Natal...

Este Natal

Carlos Drummond de Andrade-

Este Natal anda muito perigoso - concluiu João Brandão, ao ver dois PM travarem pelos braços o robusto Papai Noel, que tentava fugir, e o conduzirem a trancos e barrancos para o Distrito. Se até Papai Noel é considerado fora-da-lei, que não acontecerá com a gente?

Logo lhe explicaram que aquele era um falso velhinho, conspurcador das vestes amáveis. Em vez de dar presentes, tomava-­os das lojas onde a multidão se comprime, e os vendedores, afobados com a clientela, não podem prestar atenção a tais manobras. Fora apanhado em flagrante, ao furtar um rádio transistor, e teria de despir a fantasia.

- De qualquer maneira, este Natal é fogo - voltou a ponderar Brandão, pois se os ladrões se disfarçam em Papai Noel, que garantia tem a gente diante de um bispo, de um almirante, de um astronauta? Pode ser de verdade, pode ser de mentira; acabou-se a confiança no próximo.De resto, é isso mesmo que o jornal recomenda: "Nesta época do Natal, o melhor é desconfiar sempre".

Talvez do próprio Menino Jesus, que, na sua inocência cerâmica, se for de tamanho natural, poderá esconder não sei que mecanismo pérfido, pronto a subtrair tua carteira ou teu anel, na hora em que te curvares sobre o presépio para beijar o divino infante.O gerente de uma loja de brinquedos queixou-se a João que o movimento está fraco, menos por falta de dinheiro que por medo de punguistas e vigaristas.

Alertados pela imprensa, os cautelosos preferem não se arriscar a duas eventualidades: serem furtados ou serem suspeitados como afanadores, pois o vende­dor precisa desconfiar do comprador: se ele, por exemplo, já traz um pacote, toda cautela é pouca. Vai ver, o pacote tem fundo falso, e destina-se a recolher objetos ao alcance da mão rápida.O punguista é a delicadeza em pessoa, adverte-nos a polícia.

Assim, temos de desconfiar de todo desconhecido que se mostre cortês; se ele levar a requintes sua gentileza, o melhor é chamar o Cosme e depois verificar, na delegacia, se se trata de embaixador aposentado, da era de Ataulfo de Paiva e D. Laurinda Santos Lobo, ou de reles lalau.

Triste é desconfiar da saborosa moça que deseja experimentar um vestido, experimenta, e sai com ele sem pagar, deixando o antigo, ou nem esse. Acontece - informa um detetive, que nos inocula a suspeita prévia em desfavor de todas as moças agradáveis do Rio de Janeiro. O Natal de pé atrás, que nos ensina o desamor.E mais.

Não aceite o oferecimento do sujeito sentado no ônibus, que pretende guardar sobre os joelhos o seu embrulho.Quem use botas, seja ou não Papai Noel, olho nele: é esconderijo de objetos surrupiados. Sua carteira, meu caro senhor, deve ser presa a um alfinete de fralda, no bolso mais íntimo do paletó; e se, ainda assim, sentir-se ameaçado pelo vizinho de olhar suspeito, cerre o bolso com fita durex e passe uma tela de arame fino e eletrificado em redor do peito. Enterrar o dinheiro no fundo do quintal não adianta, primeiro porque não há quintal, e, se houvesse, dos terraços dos edifícios em redor, munidos de binóculos, ladrões implacáveis sorririam da pobre astúcia.

Eis os conselhos que nos dão pelo Natal, para que o atravessemos a salvo. Francamente, o melhor seria suprimir o Natal e, com ele, os especialistas em furto natalino. Ou - idéia de João Brandão, o sempre inventivo - comemorá-lo em épocas incertas, sem aviso prévio, no maior silêncio, em grupos pequenos de parentes, amigos e amores, unidos na paz e na confiança de Deus.(14-12-1966)



ANDRADE, Carlos Drummond de. In: Caminhos de João Brandão. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970, p. 84.

24 dezembro 2007

CHEGUE JUNTO - ABRA AS PORTAS



CLIQUE NO LINK ACIMA...

CHEGUE JUNTO... HAJA O QUE HOUVER

Chegando até Portugal.
Clique no link acima.

CHEGANDO JUNTO...


BONO NEY...


Essa foto ainda vai dá o que falá...
Tem mudanças que ninguém percebe e que nos fazem muito bem, mas ver o amigo nesta foto foi demaissssssss

Feliz o que?

Fonte: Folha de São Paulo.

Desigualdade educacional é ainda maior que a de renda
Estudo mostra que abismo entre pobres e ricos no Brasil é maior na educação

Pesquisador usou parâmetros similares aos da fórmula usada por economistas para chegar a essa conclusão
ANTÔNIO GOIS

DA SUCURSAL DO RIO
O abismo que separa pobres e ricos no país em termos de aprendizado é maior que o verificado na desigualdade de renda, área em que, apesar dos avanços recentes, o Brasil ainda é lembrado como uma das nações mais desiguais.A conclusão é de um estudo do pesquisador José Francisco Soares, coordenador do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais da Universidade Federal de Minas Gerais.Publicado no periódico científico "International Journal of Educational Research" (Jornal Internacional de Pesquisa Educacional), o trabalho estimou a desigualdade na educação brasileira usando parâmetros similares aos do índice de Gini, fórmula usada por economistas para avaliar o grau de desigualdade na renda de um país. Esse índice varia de zero a um, sendo um o máximo de desigualdade.Usando a mesma escala, Soares calculou a desigualdade de aprendizado de alunos brasileiros a partir das notas dos estudantes de oitava série nas provas de matemática do Saeb em 2003 (exame do MEC que avalia a qualidade da educação) e chegou ao índice de 0,635."É um valor alto, o que mostra que o resultado do sistema educacional brasileiro fica muito abaixo das expectativas. É também superior ao índice de Gini do Brasil, ou seja, a desigualdade educacional [...] é maior do que a econômica", afirma o pesquisador em seu artigo. Para 2003, o IBGE calculou em 0,545 o índice de Gini brasileiro.O estudo mostra ainda que a desigualdade entre meninas é maior do que a entre meninos e que, de 1995 a 2003, houve aumento no índice.Para calcular a desigualdade, Soares diz que os economistas estabeleceram como parâmetro uma situação ideal em que todos teriam a mesma renda e, a partir daí, medem quão distante cada país está disso. "O que fiz foi adaptar essa idéia para a educação. Aqui, entretanto, o ideal em termos de desempenho não é a igualdade. Não podemos querer que todos aprendam o mesmo em todas as áreas. Quando eu olho uma boa escola, é preciso que ela tenha um grupo de excelência, mas que seja também capaz de garantir níveis básicos de aprendizados para todos."Para Soares, o preocupante no caso brasileiro é que a desigualdade nas notas entre alunos nem sempre é discutida pelos gestores. Ele teme que possa acontecer com a educação o mesmo que ocorreu com a economia no milagre econômico (na década de 70) -ou seja, as médias crescerem sem que a desigualdade diminua."O Ideb [índice criado pelo MEC a partir das taxas de repetência e notas dos alunos para estabelecer metas de melhoria até 2022], por exemplo, não incorporou essa discussão. As médias poderão melhorar com estratégias não equitativas."Como exemplo de uma dessas estratégias que melhoram as médias sem diminuir a desigualdade, ele lembra que uma escola pode concentrar seus esforços nos alunos medianos e que estão mais próximos da meta, deixando de lado os que estão muito abaixo.

"Nunca tinha tido aula de inglês", diz aluna que mudou para escola particular
DA SUCURSAL DO RIO

No início deste mês, o Pisa (exame internacional que compara o desempenho de alunos) mostrou que o Brasil apresentou, entre 35 nações onde foi possível fazer essa comparação, a maior desigualdade entre a escola pública e a privada. A estudante Érika Correia, 16, comprovou isso na prática.Há dois anos, graças a uma bolsa integral para bons alunos de escolas públicas, ela trocou a Escola Municipal Francisco Cabrita, na Tijuca (zona norte do Rio), pelo colégio particular Mopi, no mesmo bairro."As notas de minha filha eram muito boas, mas eu sabia que a educação do município estava fraca demais. Quando ela entrou para a nova escola, na oitava série, começaram a surgir as dificuldades", diz a mãe de Érika, Fátima Correia.Para não ficar para trás em relação aos colegas, a adolescente teve de se esforçar em dobro. Acostumada a uma carga horária de cinco horas, teve de praticamente dobrar o tempo dedicado aos estudos.Pela manhã, estudava quase seis horas. À tarde, recuperava a matéria defasada em mais três horas de estudo. Nos dias em que não havia monitoria, sua mãe ainda pagava um professor particular."É muito mais puxado. Nunca tinha tido aula de inglês no município. Em português, lá eu tinha apenas um professor para dar aula de redação, literatura e gramática. Aqui, é um para cada", diz a adolescente.A mãe de Érika conta também que sentiu muita diferença no interesse dos pais: "No município, numa turma de 40, apareciam na reunião de pais de cinco a dez, somente. Aqui, eles participam mais, e há uma reunião com cada família".Foi para reduzir desigualdades como essas que um grupo de moradores de Niterói (RJ) criou a Associação Brasileira de Apoio Complementar à Educação. Um dos objetivos da ONG é, desde o início da educação básica, dar aos alunos carentes de escolas públicas o atendimento extraclasse que filhos de pais de maior renda conseguem com mais facilidade.A psicopedagoga Lilian Paiva conta que é comum os professores da rede pública, às vezes sobrecarregados com o número de crianças por turma, fazerem diagnósticos errados dos problemas de aprendizado ou não darem soluções adequadas.Uma dessas situações aconteceu com Júlio Chaffin de Souza, 5, filho de Elaine Chaffin. "A professora disse que meu filho era hiperativo e que não estava conseguindo dar aula por causa dele. Ela então me pediu que o levasse para a escola só depois das 14h. Com isso, ele estava perdendo uma hora de aula [das 13h às 14h] em relação aos demais. Não achei justo." Ela preferiu transferir o filho para outra escola.

Maior desigualdade escolar é em São Paulo
Secretária estadual da Educação diz que o tamanho da população do Estado é uma das explicações para as diferenças

Para economista, se Brasil quiser continuar diminuindo sua desigualdade de renda, será preciso colher avanços na desigualdade educacional
DA SUCURSAL DO RIO
O economista Fábio Waltenberg, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, também pesquisou a desigualdade brasileira a partir das notas de alunos da oitava série em matemática e descobriu que São Paulo é o Estado com a maior diferença.Em sua tese de doutorado -premiada pela Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia-, Waltenberg também aplicou na educação uma medida usada por economistas (o índice de entropia generalizada) para medir a desigualdade de renda.Ele mostra que os Estados mais desiguais são São Paulo, Rio Grande do Norte, Piauí, Pernambuco, Minas e Rio. No outro extremo estão Amapá, Rio Grande do Sul e Acre.O Sudeste, apesar de ter desempenho melhor no Saeb, apresentou mais desigualdade. No Nordeste, acontece a pior situação: médias baixas com altos níveis de desigualdade. O Sul apresentou o resultado mais satisfatório: menos desigualdade e melhores médias.No caso de São Paulo, a hipótese de Waltenberg é que, assim como acontece no Rio e em Minas, há, ao mesmo tempo, os melhores colégios particulares e péssimas escolas nas periferias e favelas.DistânciaUma maneira mais simples -porém menos precisa- de constatar esse resultado é comparando a média de escolas particulares e públicas no Saeb (exame do MEC) em cada Estado. Utilizando a mesma série (a oitava) e a mesma disciplina (matemática) analisada por Waltenberg, a Folha comparou essa distância em 2005.São Paulo, de novo, aparece como o Estado onde a rede privada está mais distante da pública. As regiões Sudeste e Nordeste do país também foram mais desiguais.Para o economista, se o país quiser continuar diminuindo sua desigualdade de renda, será preciso colher avanços na desigualdade educacional."Muitos estudos no Brasil só consideram a quantidade nas comparações educacionais, mas a qualidade é determinante da renda. Não basta transferir dinheiro para os mais pobres. Resolver o nó da qualidade é o caminho para alterar a estrutura de desigualdade."SecretáriaA secretária estadual da Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro, diz que o tamanho da população do Estado (40 milhões) é uma das explicações para a maior desigualdade educacional. "Provavelmente, não existe no Brasil nenhuma rede tão heterogênea quanto a de São Paulo."Ela argumenta, no entanto, que São Paulo tem a maior proporção de jovens de 15 a 17 anos estudando na série adequada para a sua idade (66%). "Aqui, a inclusão dos mais pobres no sistema foi real."Para diminuir a desigualdade, a secretária diz que o governo está melhorando o sistema de recuperação dos alunos com dificuldade de aprendizado e padronizando os critérios de avaliação e o currículo."Cada escola estava avaliando o aluno de uma maneira", afirma. Sou a favor do sistema de progressão continuada, mas, para que ele funcione, é preciso que o aluno seja avaliado constantemente, o que não estava acontecendo. O que estamos fazendo é recuperar as rotinas básicas da escola, que foram abandonadas, mas que precisam funcionar", diz.

Fonte: Folha de São Paulo

23 dezembro 2007

MUDANÇAS


Tem razão, Heli, vamos mudar, como sugeriu o Edson Marques, e você que comprou o vestido verde e usou um brinco só, mas vou logo radicalizar, vou ser um roqueiro, o BONEY. Pois é... everybody comigo!

FELIZ NATAL !


... que haja paz e amor em todos os lares.

Mudanças...

Adorei os conselhos da Clarice, sim e percebi que já fiz muitas mudanças.Uma delas foi engraçado o efeito e o resultado.Eu não gostava de roupas nas cores verdes, aliás, eu odiava roupas verdes, pareciam horrorosas.Certo dia resolvi sair as ruas para comprar uma blusa verde!!!Andei, andei, andei, ou melhor, andamos eu e minha filha!!!De loja em loja, mas a blusa não estava ali, em nenhum lugar!Eu queria uma que eu tinha em mente, mas estava dificil!
O tempo passou e comecei a ter roupas verdes, mas "aquela" que eu queria ainda estava nos sonhos!

Certo dia, saí de casa para acompanhar meu esposo numa loja onde ele ia comprar seus óculos e disse que eu não iria comprar nada naquele dia, não levei cartão de créditos, nem talão de cheques e nem dinheiro deparei-me com um vestido verde numa vitrine.Era aquele vestido, aquela cor, aquele verde!!!Hehe, claro que dei um jeito né!Arrumei a grana com o maridão e fui para casa com o vestido numa sacola!!!

Adoro aquele vestido!!!

Pois é, mudei muitas coisas em meu mundo, tem coisas que se eu contar, vão me chamar de maluca, mas ....acho que sou mesmo!

Já saí de casa com um brinco só, numa orelha e as pessoas ficavam olhando sem dizer nada, mas eu estava a fim de um brinco só...porque dois???


Também mudei muitas coisas em meu interior, mas isso é dificil de ser notado, mas eu sempre digo que vou mudar e vou mudando, cada dia um pouquinho, embora meu esposo sempre diga:

__Você não muda nunca!!!!

Acho que tem coisas que se ele desse uma olhada, veria que mudei e muito!
Tomara que ele não veja as rugas em meu rosto, porque eu não tenho nenhuma e se ele estiver vendo algumas, vou dizer que seus óculos estão defeituosos!!!!

Papai Noel (mais atual que nunca)

Papai Noel arredio
Com semblante tristonho e feio
Trazendo um saco vazio
Pra quem já tá de saco cheio.

Autor: Sei lá!

VAMOS MUDAR

MUDE - EDSON MARQUES

Mude,mas comece devagar,porque a direção é mais importanteque a velocidade. Sente-se em outra cadeira,no outro lado da mesa.Mais tarde, mude de mesa. Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.Depois, mude de caminho,ande por outras ruas,calmamente,observando com atençãoos lugares por onde você passa. Tome outros ônibus.Mude por uns tempos o estilo das roupas.Dê os seus sapatos velhos.Procure andar descalço alguns dias. Tire uma tarde inteirapara passear livremente na praia,ou no parque,e ouvir o canto dos passarinhos. Veja o mundo de outras perspectivas.Abra e feche as gavetase portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama... depois, procure dormir em outras camas.Assista a outros programas de tv,compre outros jornais...leia outros livros, Não faça do hábito um estilo de vida.Ame a novidade.Durma mais tarde.Durma mais cedo. Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.Corrija a postura.Coma um pouco menos,escolha comidas diferentes,novos temperos, novas cores,novas delícias. Tente o novo todo dia.o novo lado,o novo método,o novo sabor,o novo jeito,o novo prazer,o novo amor.a nova vida. Tente.Busque novos amigos.Tente novos amores.Faça novas relações. Almoce em outros locais,vá a outros restaurantes,tome outro tipo de bebidacompre pão em outra padaria.Almoce mais cedo,jante mais tarde ou vice-versa. Escolha outro mercado...outra marca de sabonete,outro creme dental...tome banho em novos horários. Use canetas de outras cores.Vá passear em outros lugares.Ame muito,cada vez mais,de modos diferentes. Troque de bolsa,de carteira,de malas,troque de carro,compre novos óculos,escreva outras poesias. Jogue os velhos relógios,quebre delicadamenteesses horrorosos despertadores. Abra conta em outro banco.Vá a outros cinemas,outros cabeleireiros,outros teatros,visite novos museus. Mude.Lembre-se de que a Vida é uma só.E pense seriamente em arrumar um outro emprego,uma nova ocupação,um trabalho mais light,mais prazeroso,mais digno,mais humano. Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.Seja criativo.E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível semdestino.Experimente coisas novas.Troque novamente.Mude, de novo.Experimente outra vez. Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as jáconhecidas, mas não é isso o que importa.O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o queestá morto não muda!Repito por pura alegria de viver:a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!!!! Edson Marques.
Natal e a esperança

Diário do Nordeste – 23.12.07


JOSÉ COSTA MATOS


Naquela mesma velha noite amiga, noite cristã, berço do Nazareno´, um homem busca repetir, no soneto de Machado de Assis, a beleza espiritual que todos buscamos repetir agora. Sobra-lhe confusão na pergunta:

´Mudaria o Natal, ou mudei eu?

´Porque estamos sem saber o que é Natal e o que somos, na passagem do aniversário do filho de Maria de Nazaré.

A propaganda consumista impõe enganos desse entendimento: arquiteta presépios, arruma jogos de luzes para o deslumbramento dos compradores. Mas desestimula as perguntas sobre os extravios humanos, em tantas encruzilhadas mal sinalizadas.

Os magos procuraram rumo nas estrelas para o encontro do Natal. Trouxeram ouro, incenso e mirra para o Menino, nascido na manjedoura porque os pais não conseguiram lugar nas hospedarias de Belém. E nós não precisamos de rumos? Uma busca orientada exige que pensemos. E tudo nos induz a não pensar. Consumismo é isto.


A ilusão de evitar a angústia é afundar no aturdimento. Para isso, as prateleiras das lojas estão repletas de uísques e champanhe vencedores das barreiras alfandegárias. Porque vêm do trabalho distante de outros povos, dão prestígios aos bebedores, além dos desejados desmontes da reflexão.

E dirão: Jesus Cristo gostava também de festas, também bebia o seu vinho... Sim. Ele assumiu a natureza humana, exceto o pecado. Participava de festas. Aceitou o banquete oferecido por Zaqueu, o cobrador de impostos. Agradeceu as comidas especiais que lhe preparavam em amizade as irmãs Marta e Maria de Betânia.

No entanto, não deixava de ir ao deserto, para as meditações que resgatam a verdade humana, em dias como estes, quando se adensa fumaceiro dos noticiários e há o risco de que as esperanças também anoiteçam.

Ele não ficou insensível aos dramas dos pobres. As multidões o seguiam, sem comer por três dias. E lá estão, nos Evangelhos de Mateus e de Marcos, estas palavras da segunda multiplicação dos pães: ´Eu tenho pena dessa gente´. E ordenou que se multiplicassem os sete pães e alguns peixinhos. Comeram quatro mil, sem contar as mulheres e as crianças...


´Mudaria o Natal, ou mudei eu?



´As filosofias dos últimos séculos mudaram a humanidade. Centraram as formas de vida na substituição de Deus por muitos deuses. E hoje são deuses a conta bancária; o apartamento de cobertura; o automóvel de luxo; o computador que desemprega operários; o prestígio da imagem na televisão...

O esquecimento de Deus amesquinhou o significado do Natal.

O vazio de Deus nas almas se povoou de medos. Medos, muitos pavores.


Séculos antes de Cristo, Isaías falava dos direitos humanos à alegria, com o futuro nascimento do Nazareno. Um retorno à leitura do Profeta do Advento renova o entendimento do Natal como festa do espírito. Porque o Natal vivido apenas com uísque e champanhe e presentes não orienta a viagem da raça humana no tempo.


Mas é possível mudar a direção da mídia. Mudar o pensamento criativo. Mudar a luz negra pavorosamente fixa nas imaginações. Leão Magno, papa de 440 a 461, falou da teofania de Jesus Cristo: ´

Alegremo-nos. Não pode haver tristeza no dia em que nasce a vida, uma vida que destrói o temor da morte.´


Natal, cristãos. Aleluia.

* da Academia Cearense de Letras

Mensagem de Feliz Natal - Frei Betto


"Desejo um Feliz Natal às bordadeiras de sonhos, aos homens que prenham a terra com sementes de vida, às crianças de todas as idades desditosas de maldades, e a todos que decifram nos sons da madrugada o augúrio de promissoras auroras."
"Feliz Natal a quem voa sem asas, molda em argila insensatez e faz dela jarro repleto de sabedoria, e aos que jamais vomitam impropérios porque sabem que as palavras brotam da mesma fonte que abastece o coração de ternura."

Frei Betto mensagem publicada no Estado de Minas de 14/12/2006
Lindo esse poema da Cecília, muito lindo!!!

QUEM TIVESSE UM AMOR...


Quem tivesse um amor, nesta noite de lua, para pensar um belo pensamentoe pousá-lo no vento!Quem tivesse um amor - longe, certo e impossível -para se ver chorando, e gostar de chorar,e adormecer de lágrimas e luar!Quem tivesse um amor, e, entre o mar e as estrelas,partisse por nuvens, dormentes e acordado,levitando apenas, pelo amor levado...Quem tivesse um amor, sem dúvida nem mácula,sem antes nem depois: verdade e alegoria...Ah! quem tivesse... (Mas, quem teve? quem teria?) - Cecilia Meireles.

22 dezembro 2007

PAPAI NOEL - Clique aqui





VOLTAIRE

"Dirijo minha luta não contra as crenças religiosas dos homens, mas contra os que exploram a crença. Detestemos essas criaturas que devoram o coração de sua mãe e honremos aqueles que lutam contra elas. Acredito na existência de Deus. Em verdade, se Deus não existisse, fora preciso inventá-lo. Meu Deus não é um Rei exclusivo de uma simples ordem eclesiástica. É a suprema inteligência do mundo, obreiro infinitamente capaz e infinitamente imparcial. Não tem povo predileto, nem país predileto, nem igreja predileta. Pois para o verdadeiro crente há, apenas, uma única fé, justiça igual e igual tolerância para toda a humanidade."

François-Marie Arouet (21/11/1694 - 30/05/1778), mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire.

Antinatalino‏

ALI NÃO HAVIA

Ali não havia eletricidade.
Por isso foi à luz de uma vela mortiça
Que li, inserto na cama,
O que estava à mão para ler -
A Bíblia, em português (coisa curiosa), feita para protestantes.
E reli a "Primeira Epístola aos Coríntios".
Em torno de mim o sossego excessivo de noite de província
Fazia um grande barulho ao contrário,
Dava-me uma tendência do choro para a desolação.
A "Primeira Epístola aos Coríntios" ...
Relia-a à luz de uma vela subitamente antiqüíssima,
E um grande mar de emoção ouvia-se dentro de mim...
Sou nada...
Sou uma ficção...
Que ando eu a querer de mim ou de tudo neste mundo?
"Se eu não tivesse a caridade."
E a soberana luz manda, e do alto dos séculos,
A grande mensagem com que a alma é livre...
"Se eu não tivesse a caridade...
Meu Deus, e eu que não tenho a caridade!...

(Fernando Álvaro Pessoa de Campos)

VAMOS E VENHAMOS...

... Que se considerarmos esses caminhos percorridos, temos muitos motivos para não comemorarmos essa tal de humanidade: Guerras, extermínios em massa, fornos, fogueiras, inquisições, calabouços, torturas, terror, bombas, fome, discriminação, injustiças, inclusive contra o próprio Cristo, Deus ou homem, não importa, que ora comemoramos o nascimento, sabendo que foi cruelmente crucificado, apesar de sua infinita bondade.
Então, vamos entender que seja um momento de renovação da vida, de acreditar num futuro melhor, para que tenha, ao menos, um sentido ou explicação, embora não se possa justificar sob nenhuma razão. FELIZ NATAL ! ney///

Os brancos são mais iguais - Emir Sader

19/12/2007 07:11
Os brancos são mais iguais
Por Emir Sader

Todos são iguais, mas os brancos são os mais iguais, os mais “civilizados”, os mais inteligentes – e mais ricos, mais poderosos, mais beligerantes, os mais agressivos, os mais discriminadores, os mais exploradores.
Leia o post na íntegra >>

ENTÃO É NATAL...



Clique no link acima "ENTÃO É NATAL" (som).

E BOM NATAL... ANO NOVO também.

SEGUINTE...

Fui mexer aqui acabei mudando, e não sei mais como estava. Se acharem melhor podem voltar ao modelo anterior.

21 dezembro 2007

Nota de esclarecimento - Luiz Carlos Azenha



Até um pedido de entrevista recebi sobre a saída deste site da Globo.com. O fato é que o site não saiu. Tenho um contrato. Posso rompê-lo. A Globo.com também. Vamos à verdade factual: o projeto de um novo site eu venho desenvolvendo desde que pedi rescisão antecipada de meu contrato com a TV Globo, no início de 2007. Dentro da Globo tinha gente achando que era brincadeira. E eu dizia que era sério.Eu acho que o futuro do Jornalismo está na internet. Profissionalmente, não há salário que pague a liberdade de escrever o que me der na telha, o que me coloca 95% das vezes em confronto com o que o Jornalismo das Organizações Globo passou a representar. Houve uma clara mudança interna, uma guinada à extrema-direita. Os incomodados que se mudem? Eu mudei.O novo site foi colocado no ar em fase de testes. É uma arquitetura razoavelmente sofisticada. A Globo.com, que sempre me tratou com grande profissionalismo, havia informado ao Leandro Guedes que não teria como sustentar o site dentro dela, a não ser quando adotasse uma modernização que eu não sei exatamente qual é, em janeiro. Mas a liberdade de criação do Leandro Guedes é total e nós não vamos esperar que a "média" chegue até nós. Vamos em frente. Se a Globo.com mudar, tudo bem. Se não, tudo bem também.Nesta quarta-feira a versão do site hospedada na Globo.com deu pau. Sumiram imagens, sumiram textos, sumiu a capa. Depois a situação foi regularizada. Eu tenho backup de tudo o que foi publicado. O novo formato do site vai ser trabalhado. Tem um milhão de bugs para ajeitar. Parece simples, não é. Como sempre escrevi aqui, deixo a Globo.com absolutamente à vontade: se for necessário, nem é preciso me avisar. É só puxar o plug. O novo modelo do Viomundo.com está aqui. Se eu contar de onde estou atualizando este site, estraga a novidade. Depois que eles tomarem meia dúzia de furos eles vão entender.

Publicado em 20 de dezembro de 2007

Adorei essa parte:

"Aliás, cá entre nós, já comentei em outro artigo que Lula e Mainardi são parecidos. Agora, é o baluarte do pensamento conservador no jornalismo de chapéu, Azevedo, que se parece bem com o governo."

O texto é muito bom.

A Loucura Útil de Cristóvam Buarque



A Loucura Útil de Cristóvam Buarque


Às vezes uma idéia maluca e aparentemente autoritária faz melhor papel do que uma idéia de bom senso e exeqüível do ponto de vista democrático. A idéia do senador Cristóvam Buarque de obrigar – por lei – os políticos a matricularem seus filhos na escola pública é, sem dúvida, uma dessas idéias para serem apreciadas pelos filósofos. Não há como lutar por ela, dado que se trata de uma peça que esbarraria em mil dificuldades, e talvez até na inconstitucionalidade. Todavia, é uma idéia que daqui para diante vou usar como baliza para saber quem é quem na educação brasileira.
Conforme o tipo de crítica que vier à idéia, iremos formando um mapa claro de localização dos mocinhos e dos vilões da política social brasileira. Um primeiro adversário da escola pública já se manifestou. O relator do projeto de Cristóvam forneceu argumentos fracos para desaprovar. O relator foi o delegado Romeu Tuma, que é senador. Ele até falou na inconstitucionalidade, mas a objeção primeira que colocou é hilariante: a escola pública é laica, e ao obrigar o político a colocar seu filho na escola pública, o senador estaria tolhendo a educação religiosa que os pais dos políticos querem dar para os filhos. Cá entre nós, descobrimos, agora, que o velho parceiro dos militares, na Ditadura, na verdade só tinha uma preocupação: Jesus, ou qualquer outra entidade divina.
O outro que se manifestou contra é o blogueiro de chapéu, Reinaldo de Azevedo. Todos nós sabemos que ele não é um liberal, é um sujeito da direita, e mais conservador do que o necessário para o Brasil. Por isso mesmo, sua crítica não tem qualquer elemento de racionalidade no sentido da ajuda ao conjunto maior da sociedade; ele atacou o senador com golpe baixo, falou que o senador precisa “trocar de remédio”. É interessante notar que Azevedo, na sua cruzada contra o ensino público, em especial contra a USP, não percebe que, no caso dele, nem com remédio correto o problema se resolveria.
O senador Buarque atirou no que viu e acertou no que não viu. De fato, o problema da escola pública é político e econômico. Mas este problema não nasceu de questões primordialmente políticas e econômicas, ele nasceu de circunstâncias sociais e, no específico, legislativas. Tudo começou a se complicar para a escola pública nos anos 70, quando, por uma série de razões, os mais ricos começaram a abandonar o ensino público básico. E quando os mais ricos saem de um lugar, esse lugar tende a não ter mais a atenção não só da sociedade, mas do Estado, e se deteriora facilmente. Portanto, realmente a questão da melhoria da escola pública é a questão da clientela. Caso a clientela não seja de várias classes sociais, a escola pública não tem como melhorar. Pois ela não vai ganhar atenção real e contínua por parte dos poderes sociais e políticos.
O raciocínio do senador é, então, semelhante a tantos outros no caso: vamos estabelecer cotas. Há cotas ruins e há cotas necessárias. Exemplo de cota ruim: um deputado do PT quer que a TV a cabo passe uma porcentagem de programas nacionais. Um exemplo de cota que foi necessária: as salas de cinema tiveram de passar filmes nacionais.
Não há cota boa. Mas há cotas que são necessárias. A reserva da escola pública para o político, caso a escola pública fosse boa, seria não só aceita, seria facilmente tornada obrigatória pelo Congresso; e o mesmo relator que hoje é contrário à proposta, faria um discurso a favor. Na verdade, a direita política é contra não por ser liberal-conservadora, mas por ser irresponsável. Pois a cota seria uma forma de fazer o político se mobilizar por interesses próprios e, assim, por meio da “astúcia da razão”, terminar por ajudar toda a sociedade. A idéia não vai vingar, mas ela mostra bem que o MEC e o governo, ao não criarem uma idéia paralela, mais ou menos no mesmo sentido, para negociar, estão muito mais próximos do Reinaldo de Azevedo do que este gostaria. Aliás, cá entre nós, já comentei em outro artigo que Lula e Mainardi são parecidos. Agora, é o baluarte do pensamento conservador no jornalismo de chapéu, Azevedo, que se parece bem com o governo.
Bem, você pode estar achando que eu estou com o problema do ovo e da galinha. Ou seja, os ricos saíram da escola e ela ficou ruim, e eles não voltam porque ela está ruim. Sim, mas o problema não é o do ovo e da galinha, pois eles não saíram por causa dela ter ficado ruim, eles saíram por causa de que ela, a escola pública, foi arrebentada pela Ditadura Militar. E não foi arrebentada por questões econômicas, a médio prazo. Foi arrebentada da noite para o dia, por meio da legislação. A LDBN de 1971, a 5.692/71 fez o estrago geral, e foi ajudada pela Reforma Universitária da época, e dali para diante nunca mais conseguimos consertar a escola pública. E podemos colocar qualquer lei, agora, que não resolveremos o caso. Pois nenhuma lei geral consegue fazer os ricos voltarem para a escola pública. Neste sentido, a loucura do Senador Cristóvam Buarque é uma loucura que aponta na direção correta. O certo seria encontrarmos mecanismos para empurrar, um pouco forçadamente, os ricos para o interior da escola pública de nível médio e fundamental. Poderíamos melhorar um pouco a escola pública e, então, tentar atrair um tipo de classe média para tal escola novamente.
Da minha parte, tenho idéias exeqüíveis e não muito complicadas para a melhora rápida do ensino. Venho oferecendo essas idéias em artigos populares, em especial no Estadão. E também venho entregando essas idéias, por dever de ofício, ao governo. Eis algumas. Por exemplo: 1) entidades lucrativas como bancos, poderiam participar do “adote uma escola”, do mesmo modo que houve o “adote um atleta” no passado; 2) o imposto predial poderia ser escalonado de modo que os ricos realmente pagassem mais, e um algum plus, conseguido aí, poderia ser carreado para a escola pública de regiões carentes; 3) o sistema de loterias poderia ser voltado diretamente para o salário do professor, em especial do professor assíduo e estudioso; 4) a escola normal de nível médio poderia ser colocada no interior do CEFETS, que agora estão sendo reformulados, e isso poderia ser feito no sistema que foi utilizado aqui em São Paulo para a criação e manutenção das unidades do CEFAN, onde a normalista tinha bolsa e se dedicava integralmente aos estudos; 5) a formação dos professores nas faculdades deveria ser alterada, de modo que acabasse de vez o regime das “licenciaturas”, construídas na forma de “disciplinas de conteúdo” + “4 disciplinas pedagógicas” – deveríamos ter uma formação básica para todos, e o trabalho de formação pedagógica do futuro professor deveria ser feito de modo especial e específico, com orientadores disponíveis, sistema de bolsa e uma articulação disso com a promessa – dada pelo governo – de ter “sua escola” ao se formar.
Essas cinco medidas já ajudariam bem. Mas o presidente Lula não entende nada disso, e a oposição a ele quer mais é ver o circo pegar fogo. Então, fica difícil.
Cristóvam pode ser maluco. E eu divirjo dele em quase tudo, em matéria de educação. Mas, desta vez, ele mostrou quem está de fato a favor da escola pública e quem não está. E isto foi um passo positivo.
Paulo Ghiraldelli Jr. “o filósofo da cidade de São Paulo”

BLOG

As letras dos links não poderiam ser maiúsculas, mas não consigo tirar;

Azul sobre preto, nos textos, realça pouco...

O BLOG

Mas sem querer ser chato, já sendo... O nome dos links ficaram maiores que os textos.

AGORA FICOU MELHOR

BOM AQUI É QUE TODO MUNDO PARTICIPA!!!

20 dezembro 2007

SABE...

As letras ficaram pequenas, talvez as imagens fiquem melhor à esquerda, como nos livros, acho que ficou confuso... ???

MAS, que tal as imagens à esquerda?

Será que não ficaria melhor?

Beira de Estrada


ITATIAIA 7/8/07

MOMENTO ROMÂNTICO. Entre, você vai gostar...


MOMENTO BOLERO

Sim, convide-a para dançar, dois pra lá, dois pra cá, flor no cabelo, rosto colado, sensações...
Clique no link acima, belas imagens

Vai viajar mesmo?

A TV não para de afirmar que as estradas estão horríveis e que o caos aéreo já começou. Vai sair de casa mesmo?!

Eu vi Heli.

Você mudou e eu vi a mudança. Tá bem legal.
Mensagem(Carlos Drumound de Andrade)


Desejo a você,
fruto do mato,
cheiro de jardim,
namoro no portão,
domingo sem chuva,
segunda sem mau humor,
sábado com seu amor,
filme do Carlitos,
chope com amigos,
crônica de Rubem Braga,
viver sem inimigos,
filme antigo na TV,
ter uma pessoa especial,
e que ela goste de você,
música de Tom com letra de Chico,
frango caipira em pensão do interior,
ouvir uma palavra amável,
ter uma surpresa agradável,
ver a banda passar,
noite de lua cheia,
rever uma velha amizade,
ter fé em Deus,
não ter que ouvir a palavra 'não',
nem nunca, nem jamais adeus.
Rir como criança,
ouvir canto de passarinho,
sarar de resfriado,
escrever um poema de amor que nunca será rasgado,
formar um par ideal,
tomar banho de cachoeira,
pegar um bronzeado legal,
aprender uma nova canção,
esperar alguém na estação,
queijo com goiabada,
pôr-do-sol na roça,
uma festa,
um violão,
uma seresta,
recordar um amor antigo,
ter um ombro sempre amigo,
bater palmas de alegria, uma tarde amena,
calçar um velho chinelo,
sentar numa velha poltrona,
ouvir a chuva no telhado,
vinho branco,
bolero de Ravel
e muito carinho meu !
Carlos Drumond de Andrade

Jards e Ney

Eu entrei e fiz a alteração.
Outra coisa, mudei o modelo, mas foi apenas para dar um novo toque no nosso blog.
Mudem aí como desejarem....

Tranquilo Ney.

Tem que ir em configurações, permissões, autores do blog.
Tudo bem. Eu ia só dar uma atualizada naquela lista de links.
Valeu. O blog tá indo super bem. Um abração.

JARDS

Não achei esse tal de "Administrador", acho que o cara aproveitou o feriadão de NATAL e viajou, nem o paletó está na cadeira, nem tem recado de "VOLTO JÁ!"... (rs).
"Para sonhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre."
(Carlos Drummond de Andrade)

LAST CHRISTMAS - WHAM


Chegue junto neste Natal...
FELIZ 2008 !

19 dezembro 2007

TUDO POR AMOR


CLIQUE NO LINK ACIMA (TUDO POR AMOR)

LUA PASSAGEIRA...


A lua reapareceu, mas foi assim rapidamente, entre as nuvens, voltou a chover...

EVOLUÇÃO DO ENSINO NOS ÚLTIMOS ANOS

1. Ensino de matemática em 1950:Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo deprodução desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de venda .Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970: Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo deprodução desse carro de lenha é igual a 4/5 do preço de venda ou R$80,00.Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo deprodução desse carro de lenha é R$ 80,00. Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é R$ 80,00. Escolha a resposta certa que indica o lucro:( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

5. Ensino de matemática em 2000:Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção desse carro de lenha é R$ 80,00. O lucro é de R$ 20,00. Está certo?( )Sim ( )Não

6. Ensino de matemática em 2007:Um cortador de lenha vende um carro de lenha por R$100,00. O custo deprodução é R$ 80,00. Se você consegue ler coloque um X no R$ 20,00.( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00
.

PARA MORRER DE RIR

Morrer de rir... trájico e cômico.

chegando junto com ELE

Apesar dos seres humanos, ou desumanos, vamos continuar acreditando na renovação da vida.

Veja LINK acima: Ave Maria com Placido Domingo & Michael Bolton - Nana Mouskouri.

18 dezembro 2007

VÔ DARCI E FELIPE


Sinto muito orgulho do meu pai.
Aliás, toda a familia sente isso!
Dá pra ver na expressão do Felipe, a alegria de estar perto do avô!

Eu e alguns dos meus.


Nesta foto está meu papai, com 86 anos.
Ao lado dele, meu sobrinho que completou 17 anos no último dia 12, minha filha Elaine e eu.
Os amigos que participam do blog há mais tempo, lembram quando perdi um irmão que cometeu suicídio há alguns anos atrás.Esse é o filho dele, que na época tinha 12 anos.
Pois é, a vida é isso!
Alegrias, tristezas, sonhos, fantasias.
REALIDADES que valem a pena!!

PINTURA

O problema é espaço físico, cheiro de tinta, arruma e desarruma tudo, muito trabalho, para não falar na falta de inspiração, dom, formação, e hoje tem o "photoshop", a gente faz e desfaz, apertando teclas, inúmeros recursos, efeitos especiais, tudo prático...

MAS VALEU O ELOGIO.

EU, OUTRA VEZ, HOJE EM CHARITAS - NITERÓI


Aqui estou do outro lado da foto anterior (atrás). Esta é a Igreja de São Francisco Xavier, do tempo dos jesuítas, situada de frente para aquela linda vista (foto anterior). Fica numa pequena elevação, entre frondosas árvores, e onde sopra uma agradável brisa, tombada pelo Patrimônio Histórico. Aqui eu namorava, casei, filho e neto foram batizados e foi a missa de sétimo dia da minha mãe.

EU, HOJE CEDO, EM CHARITAS - NITERÓI


Estilo próprio!

Também gostei dos quadros do Ney!

Sempre é tempo de recomeçar...

Sobre o email ( mensagem)

É por aí mesmo. Chega uma hora na vida da gente que paramos para pensar em algo maior. A criação. Uma coisa é certa, o mundo caminhava sem problemas até o homem disputar o poder e o espaço. Aí emperrou tudo. Sei lá, será que eu estou viajando...

É isso aí Ney!

Seus quadros são muito legais. Não devia ter parado. Estilo próprio.

17 dezembro 2007

GOSTEI DO HAICAI


Salpicam a tela
da minha fase infantil
coloridas pipas

Alberto Murata

********************
O quadro fui que pintei,
nem tem pipas
haicai não tem rima

ney

16 dezembro 2007

DEBATE BOCA

Lugar de criminoso é na cadeia ou na cova. Chega de mentira! Não podemos fingir que não sabemos quais são as razões que geram tanta violência. Maiores penas sim, maiores oportunidades também. Não é um problema só da polícia ou da justiça. Passa pela educação, pela estrutura familiar, pela formação da personalidade. Estamos falando da construção de um indivíduo que deve crescer com a cabeça erguida, tendo chances compatíveis com a dos outros e podendo competir em condições de igualdade por uma vaga no mercado de trabalho, naquilo que ele escolher por vocação, missão ou sonho. Isso para mim é o básico. Ele pode até falhar e não conseguir, mas no mínimo, a chance tem que ter sido dada e só então o estado poderá aplicar uma pena sem remorso. O nosso povo também tem que decidir se quer tratar o ladrão de rolex igual ao "bandido de colarinho branco" ou se prefere tratar o "bandido de colarinho branco" igual ao ladrão de rolex. Qualquer crime gera enorme prejuízo para o povo.
Jardeco7

Pensamentos de um "correria" - Ferréz X Pensamentos quase póstumos - Luciano Huck

Folha de São Paulo
São Paulo, segunda-feira, 08 de outubro de 2007


TENDÊNCIAS/DEBATES

Pensamentos de um "correria"

FERRÉZ

"Ele não terá homenagem póstuma se falhar. Pensa: "Como alguém usa no braço algo que dá pra comprar várias casas na quebrada?" ELE ME olha, cumprimenta rápido e vai pra padaria. Acordou cedo, tratou de acordar o amigo que vai ser seu garupa e foi tomar café. A mãe já está na padaria também, pedindo dinheiro pra alguém pra tomar mais uma dose de cachaça. Ele finge não vê-la, toma seu café de um gole só e sai pra missão, que é como todos chamam fazer um assalto. Se voltar com algo, seu filho, seus irmãos, sua mãe, sua tia, seu padrasto, todos vão gastar o dinheiro com ele, sem exigir de onde veio, sem nota fiscal, sem gerar impostos. Quando o filho chora de fome, moral não vai ajudar. A selva de pedra criou suas leis, vidro escuro pra não ver dentro do carro, cada qual com sua vida, cada qual com seus problemas, sem tempo pra sentimentalismo. O menino no farol não consegue pedir dinheiro, o vidro escuro não deixa mostrar nada. O motoboy tenta se afastar, desconfia, pois ele está com outro na garupa, lembra das 36 prestações que faltam pra quitar a moto, mas tem que arriscar e acelera, só tem 20 minutos pra entregar uma correspondência do outro lado da cidade, se atrasar a entrega, perde o serviço, se morrer no caminho, amanhã tem outro na vaga. Quando passa pelos dois na moto, percebe que é da sua quebrada, dá um toque no acelerador e sai da reta, sabe que os caras estão pra fazer uma fita. Enquanto isso, muitos em seus carros ouvem suas músicas, falam em seus celulares e pensam que estão vivos e num país legal. Ele anda devagar entre os carros, o garupa está atento, se a missão falhar, não terá homenagem póstuma, deixará uma família destroçada, porque a sua já é, e não terá uma multidão triste por sua morte. Será apenas mais um coitado com capacete velho e um 38 enferrujado jogado no chão, atrapalhando o trânsito. Teve infância, isso teve, tudo bem que sem nada demais, mas sua mãe o levava ao circo todos os anos, só parou depois que seu novo marido a proibiu de sair de casa. Ela começou a beber a mesma bebida que os programas de TV mostram nos seus comerciais, só que, neles, ninguém sofre por beber. Teve educação, a mesma que todos da sua comunidade tiveram, quase nada que sirva pro século 21. A professora passava um monte de coisa na lousa -mas, pra que estudar se, pela nova lei do governo, todo mundo é aprovado? Ainda menino, quando assistia às propagandas, entendia que ou você tem ou você não é nada, sabia que era melhor viver pouco como alguém do que morrer velho como ninguém. Leu em algum lugar que São Paulo está ficando indefensável, mas não sabia o que queriam dizer, defesa de quem? Parece assunto de guerra. Não acreditava em heróis, isso não! Nunca gostou do super-homem nem de nenhum desses caras americanos, preferia respeitar os malandros mais velhos que moravam no seu bairro, o exemplo é aquele ali e pronto. Tomava tapa na cara do seu padrasto, tomava tapa na cara dos policiais, mas nunca deu tapa na cara de nenhuma das suas vítimas. Ou matava logo ou saía fora. Era da seguinte opinião: nunca iria num programa de auditório se humilhar perante milhões de brasileiros, se equilibrando numa tábua pra ganhar o suficiente pra cobrir as dívidas, isso nunca faria, um homem de verdade não pode ser medido por isso. Ele ganhou logo cedo um kit pobreza, mas sempre pensou que, apesar de morar perto do lixo, não fazia parte dele, não era lixo. A hora estava se aproximando, tinha um braço ali vacilando. Se perguntava como alguém pode usar no braço algo que dá pra comprar várias casas na sua quebrada. Tantas pessoas que conheceu que trabalharam a vida inteira sendo babá de meninos mimados, fazendo a comida deles, cuidando da segurança e limpeza deles e, no final, ficaram velhas, morreram e nunca puderam fazer o mesmo por seus filhos! Estava decidido, iria vender o relógio e ficaria de boa talvez por alguns meses. O cara pra quem venderia poderia usar o relógio e se sentir como o apresentador feliz que sempre está cercado de mulheres seminuas em seu programa. Se o assalto não desse certo, talvez cadeira de rodas, prisão ou caixão, não teria como recorrer ao seguro nem teria segunda chance. O correria decidiu agir. Passou, parou, intimou, levou. No final das contas, todos saíram ganhando, o assaltado ficou com o que tinha de mais valioso, que é sua vida, e o correria ficou com o relógio. Não vejo motivo pra reclamação, afinal, num mundo indefensável, até que o rolo foi justo pra ambas as partes.

REGINALDO FERREIRA DA SILVA , 31, o Ferréz, escritor e rapper, é autor de "Capão Pecado", romance sobre o cotidiano violento do bairro do Capão Redondo, na periferia de São Paulo, onde ele vive, e de "Ninguém é Inocente em São Paulo", entre outras obras.
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0810200708.htm


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Folha de São Paulo
São Paulo, segunda-feira, 01 de outubro de 2007

TENDÊNCIAS/DEBATES

Pensamentos quase póstumos
LUCIANO HUCK

Pago todos os impostos. E, como resultado, depois do cafezinho, em vez de balas de caramelo, quase recebo balas de chumbo na testa LUCIANO HUCK foi assassinado. Manchete do "Jornal Nacional" de ontem. E eu, algumas páginas à frente neste diário, provavelmente no caderno policial. E, quem sabe, uma homenagem póstuma no caderno de cultura. Não veria meu segundo filho. Deixaria órfã uma inocente criança. Uma jovem viúva. Uma família destroçada. Uma multidão bastante triste. Um governador envergonhado. Um presidente em silêncio. Por quê? Por causa de um relógio. Como brasileiro, tenho até pena dos dois pobres coitados montados naquela moto com um par de capacetes velhos e um 38 bem carregado. Provavelmente não tiveram infância e educação, muito menos oportunidades. O que não justifica ficar tentando matar as pessoas em plena luz do dia. O lugar deles é na cadeia. Agora, como cidadão paulistano, fico revoltado. Juro que pago todos os meus impostos, uma fortuna. E, como resultado, depois do cafezinho, em vez de balas de caramelo, quase recebo balas de chumbo na testa. Adoro São Paulo. É a minha cidade. Nasci aqui. As minhas raízes estão aqui. Defendo esta cidade. Mas a situação está ficando indefensável. Passei um dia na cidade nesta semana -moro no Rio por motivos profissionais- e três assaltos passaram por mim. Meu irmão, uma funcionária e eu. Foi-se um relógio que acabara de ganhar da minha esposa em comemoração ao meu aniversário. Todos nos Jardins, com assaltantes armados, de motos e revólveres. Onde está a polícia? Onde está a "Elite da Tropa"? Quem sabe até a "Tropa de Elite"! Chamem o comandante Nascimento! Está na hora de discutirmos segurança pública de verdade. Tenho certeza de que esse tipo de assalto ao transeunte, ao motorista, não leva mais do que 30 dias para ser extinto. Dois ladrões a bordo de uma moto, com uma coleção de relógios e pertences alheios na mochila e um par de armas de fogo não se teletransportam da rua Renato Paes de Barros para o infinito. Passo o dia pensando em como deixar as pessoas mais felizes e como tentar fazer este país mais bacana. TV diverte e a ONG que presido tem um trabalho sério e eficiente em sua missão. Meu prazer passa pelo bem-estar coletivo, não tenho dúvidas disso. Confesso que já andei de carro blindado, mas aboli. Por filosofia. Concluí que não era isso que queria para a minha cidade. Não queria assumir que estávamos vivendo em Bogotá. Errei na mosca. Bogotá melhorou muito. E nós? Bem, nós estamos chafurdados na violência urbana e não vejo perspectiva de sairmos do atoleiro. Escrevo este texto não para colocar a revolta de alguém que perdeu o rolex, mas a indignação de alguém que de alguma forma dirigiu sua vida e sua energia para ajudar a construir um cenário mais maduro, mais profissional, mais equilibrado e justo e concluir -com um 38 na testa- que o país está em diversas frentes caminhando nessa direção, mas, de outro lado, continua mergulhado em problemas quase "infantis" para uma sociedade moderna e justa. De um lado, a pujança do Brasil. Mas, do outro, crianças sendo assassinadas a golpes de estilete na periferia, assaltos a mão armada sendo executados em série nos bairros ricos, corruptos notórios e comprovados mantendo-se no governo. Nem Bogotá é mais aqui. Onde estão os projetos? Onde estão as políticas públicas de segurança? Onde está a polícia? Quem compra as centenas de relógios roubados? Onde vende? Não acredito que a polícia não saiba. Finge não saber. Alguém consegue explicar um assassino condenado que passa final de semana em casa!? Qual é a lógica disso? Ou um par de "extraterrestres" fortemente armado desfilando pelos bairros nobres de São Paulo? Estou à procura de um salvador da pátria. Pensei que poderia ser o Mano Brown, mas, no "Roda Vida" da última segunda-feira, descobri que ele não é nem quer ser o tal. Pensei no comandante Nascimento, mas descobri que, na verdade, "Tropa de Elite" é uma obra de ficção e que aquele na tela é o Wagner Moura, o Olavo da novela. Pensei no presidente, mas não sei no que ele está pensando. Enfim, pensei, pensei, pensei. Enquanto isso, João Dória Jr. grita: "Cansei". O Lobão canta: "Peidei". Pensando, cansado ou peidando, hoje posso dizer que sou parte das estatísticas da violência em São Paulo. E, se você ainda não tem um assalto para chamar de seu, não se preocupe: a sua hora vai chegar. Desculpem o desabafo, mas, hoje amanheci um cidadão envergonhado de ser paulistano, um brasileiro humilhado por um calibre 38 e um homem que correu o risco de não ver os seus filhos crescerem por causa de um relógio.Isso não está certo.
LUCIANO HUCK, 36, apresentador de TV, comanda o programa "Caldeirão do Huck", na TV Globo. É diretor-presidente do Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias.

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.
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BÚZIOS


Eta lugar bonito, aconchegante, belas praias, um point de turistas de todo o mundo. Ali pelo pôr-do-sol todas as nacionalidades se encontram na Rua das Pedras, crianças, adolescentes, velhos, cada um se veste como quer, apesar do comércio sofisticado e bela arquitetura, harmonizando bom gosto com a identidade do lugar. Eu tentei pintar uma praia, mas não tenho dom nem aprendizado, saiu do meu jeito de ver e conseguir expressar...

HAICAI

O QUE É HAICAI?
Haicai é um poema de origem japonesa, que chegou ao Brasil no início do século 20 e hoje conta com muitos praticantes e estudiosos brasileiros.
É um poema de três versos preferivelmente escrito em 5, 7, 5 sílabas, sem rima nem título, contadas segundo a métrica portuguesa.
É a imagem objetiva de um instante da realidade, sugestiva, mas não explicativa.
Deve ter como eixo um kigo, ou termo-de-estação, evidenciando nosso diálogo com a natureza e a transitoriedade das coisas.

Sob o manto azul
a nuvem passeia.
Sonho...

Itamar Rabelo
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Despontando o sol...
pisca-pisca dos orvalhos
no mar de capins.

H. Masuda Goga
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O poeta e o aviador

Entre teu céu
e o meu
leve sussurro de asas.

Olga Savary
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Um velho parquinho
O progresso destruiu
Sabiá sem ninho

Teruko Oda
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Tem outros conceitos e mandamentos, para quem quiser pesquisar mais.
Puxa! Até a poesia está ficando rápida...

A PAZ

É isso ai, Jards... Chegando junto com o filhão. Eles nos encantam e renovam a vida, um herói do outro numa corrente de amor. Melhor que isso só dois isso, e quando vêm os netos a gente fica babando de vez, todo lambuzado de sorvete no parquinho, andando de carroussel. Vamos torcer e tentar fazer o máximo para que eles tenham um mundo melhor.
Mas aqui em Niterói vá ao parquinho a pé ou de bicicleta, mesmo aos sábados e domingos, quando as placas indicam maior flexibilidade no horário de estacionar, pois as multas não param. Eu acredito mais num trabalho educativo, e estacionar em Niterói é mais caro que no Rio, em em todas as vias públicas, inclusive períodos. Já estamos ficando famosos, e a Cidade tem valores mais significativos para ser conhecida de outra forma, inclusive no turismo, que também fica penalizado. O Estado, através do Detran, tem feito um bom trabalho de educar, por ocasião da renovação de carteira nacional de habilitação, com material informativo e provas.

Quanto à educação, ai dita pelo Cristovam, nem precisamos ir tão lá nos primórdios da república, na minha infância e adolescência os melhores colégios do Rio e Niterói eram públicos, e as universidades ainda são.
Quanto à DEMOCRACIA, temos mesmo que preservá-la, com muito cuidado, pois é através da liberdade que haveremos de nos reconhecer como cidadãos e crescer, no livre debate de idéias e com justiça social. A tirania está sempre de plantão, nas mais diversas formas, bobeou dançou. O voto consciente é o melhor caminho.

"A PAZ / INVADIU O MEU CORAÇÃO" Gilberto Gil


O Espelho da História

Artigo publicado no Jornal do Commercio, no dia 30/11/2007 Cristovam Buarque *
www.cristovam.com.br

Da mesma forma que se faz receita de bolo, é possível fazer uma receita de regimes político autoritários. A Venezuela era uma democracia, e fabricou um regime autocrático por causa de uma sistemática repetição de comportamentos equivocados dos seus políticos.
Manutenção de privilégios, tais como o foro especial para parlamentares, insensibilidade diante dos problemas do dia-a-dia do povo, demora no enfretamento dos problemas concretos da população pobre. Falta de lideranças que antecipem o futuro e manifestem as necessidades de mudança para que o País dê o salto dos novos tempos. Troca de votos por mensalão, falta de substância e de coerência de políticos e partidos, aumento de impostos repudiados e absolvição de colegas condenados pela opinião pública. O Congresso sujeito ao papel legislativo do Executivo, por medidas provisórias, e do Judiciário, por medidas liminares. O povo começa a se perguntar: para que despender tanto dinheiro.
A desmoralização do Judiciário é outro ingrediente, quando seus membros passam a idéia de que dedicam mais tempo aumentando seus salários do que fazendo justiça, dentro de palácios ostentadores, quando falta moradia para o povo.
Sobretudo quando seus salários já são os maiores da sociedade e, em certos momentos, chegam perto de 100 vezes o salário mínimo. A impunidade dos ricos que podem pagar bons advogados ou têm conexões no Judiciário, enquanto os pobres são sempre presos por causa dos mais simples crimes, em cadeias desumanas, ao passo que, se por acaso um rico é preso, tem cadeia especial.
Quando a mídia passa a impressão de que dissemina informações com parcialidade e sem credibilidade, a democracia perde um pilar determinante. Ainda mais quando se limita a denúncia da corrupção ao comportamento dos políticos, ignorando a corrupção nas políticas públicas.
A democracia se esvai no vazio no silêncio dos intelectuais. Sobretudo se, em busca de verbas governamenais, eles se calam diante dos erros dos governos. E se protegem no corporativismo.
Com a cooptação dos movimentos sociais e a passividade das associações de estudantes diante dos governos, dos reitores, do professores, o autoritarismo começa a crescer. Com os sindicatos acomodados, buscando somente pequenas vantagens corporativas, aliados à elite, esquecendo o povo e desculpando o governo, cresce o apoio ao autoritarismo no seio do povo excluído, ainda mais ante a passividade dos universitários perante os erros dos governos.
Mas de todos os ingredientes do bolo autoritário, nada é mais grave do que a insensibilidade da elite diante do sofrimento do povo. O choque entre o luxo e o lixo gera um círculo vicioso que favorece o autoritarismo.
Por mais democrática que seja a formação dos quadros das Forças Armadas, elas não resistem ao abandono, seja pela obsolescência de seus equipamentos, seja pelos baixos salários e pela falta de verbas para manter seu funcionamento, especialmente a alientação de seus recrutas. Isso se agrava se as Forças Amadas percebem que as fronteiras estão abandonadas e a democracia é corrupta e ineficiente. Por mais que sejam democráticas, surgirá entre seus membros um autocrata com grande capacidade de liderança.
Todas essas condições, que ocorrem no Brasil de hoje, se parecem muito com a Venezuela de alguns anos atrás, e nossa omissão pode fazer com que a Venezuela de hoje se pareça com o Brasil, no futuro próximo. Como um espelho da história.

* Professor da Universidade de Brasília, senador pelo PDT / DF.

Preciso continuar lutando. E também sonhando.


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Sete Anos

Artigo publicado na Folha de S.Paulo, no dia - 24/11/2007
Cristovam Buarque *
www.cristovam.com.br

Recentemente na Inglaterra, uma monarquia, um de seus parlamentares foi duramente criticado pela mídia e por pares, por ter confessado que seus filhos estudavam em uma escola privada. Em 2014, a república brasileira comemora 125 anos, mas continua incompleta.
Incompleta porque não conseguiu construir a causa comum de uma nação, nem unificar seu povo, que continua dividido em dois lados que convivem apartados. Apesar do seu regime republicano, o Brasil ainda não é uma república no modelo social.
E o principal indicador é a separação educacional, berço da desigualdade e do abismo social. Durante todo esse período, a casta dirigente prometeu que o crescimento econômico distribuiria a renda, e que o desenvolvimento, unificaria a nação, fazendo dela uma república. Foi uma mentira, porque a elite que substituiu a nobreza conservou todos os privilégios e continuou distante do povo.
Essa divisão social estava presente desde o início. Para representar um país com 65% da população adulta composta de analfabetos, os primeiros republicanos desenharam uma bandeira com um texto escrito. A bandeira de uma república de poucos: os que sabiam ler. De lá para cá, a porcentagem foi reduzida para 13%, mas o total de analfabetos mais que dobrou; passando de 6 para 16 milhões os brasileiros incapazes de reconhecer a própria bandeira.
Essa realidade teria sido completamente diferente se o primeiro decreto republicano, assinado pelo Marechal Deodoro da Fonseca em 15 de novembro de 1889, determinasse que a educação fosse igual para todos, ricos e pobres, brancos e negros, moradores de cidades grandes ou pequenas. E que, para dar exemplo, determinasse que os filhos dos dirigentes republicanos, eleitos pelo povo, estudassem nas escolas dos filhos do povo.
Em vez disso, ao longo da gestão de 29 presidentes, a escola brasileira manteve-se dividida: a dos ricos e a dos pobres. E os parlamentares e governantes republicanos mantiveram seus filhos nas exclusivas escolas dos ricos, e aindarecebem dinheiro público para pagar parte da mensalidade.
É uma pena que os primeiros republicanos não tenham tomado essa decisão, mas ainda é tempo. República significa escola igual para todos. Sem desculpas para que os governantes fujam da escola do país que eles governam. Talvez, se forem obrigados a ter seus filhos na escola do povo, cuidem melhor dela.
Seria moralmente correto implantar imediatamente essa decisão republicana, mas politicamente isso é impossível, por causa do vício histórico dos privilégios. Os dirigentes certamente serão contrários a isso. Reação idêntica aconteceu cada vez que se defendeu a abolição da escravidão. A escravidão deixou o Brasil viciado, e obrigou a abolição a vir aos poucos, sempre com prazos para que seus donos se acostumassem ao que então parecia absurdo: acabar com a divisão entre escravos e livres. Da mesma forma, hoje não é possível adotar de imediato uma escola republicana: equivalente para todos, parlamentares e seus eleitores. Diante dos vícios araigados, é preciso dar um prazo de sete anos para essa decisão ser executada: no 125º aniversário da República, a partir de 2014.
Certamente, os líderes republicanos usarão todos os argumentos para não "condenar" os representantes do povo a colocar seus filhos na escola pública. Dirão que tira a liberdade do cidadão, mas ninguém é obrigado a ser candidato e a ter vida pública. Dirão que isso impede a educação religiosa, mas nada impede a educação religiosa em aulas especiais nas igrejas. Dirão que é anticonstitucional. Mas este é o melhor argumento para justificar a proposta: não é republicana a Constituição que impede que a escola do povo seja boa a ponto de receber os filhos dos eleitos pelo povo.
Além de fazerem um gesto republicano, do ponto de vista simbólico, os governantes certamente cuidarão melhor das escolas do povo, se forem obrigados à sua utilização.
Sete anos é o prazo necessário para acalmar os vícios dos nossos republicanos e evitar um desastre similar à longa esperapela abolição.

* Professor da Universidade de Brasília, senador pelo PDT / DF.