Velhas pedras que pisei
Saiam da vossa mudez
Venham dizer o que sei
Venham falar português
Sejam duras como a lei
E puras como a nudez.
Minha lágrima salgada
Caíu no lenço da vida
Foi lembrança naufragada
E para sempre perdida
Foi vaga despedaçada
Contra o cais da despedida.
Visitei tantos países
Conheci tanto luar
Nos olhos dos infelizes
E porque me hei-de gastar?
Vou ao fundo das raízes
E hei-de gastar-me a cantar.
Um comentário:
Disse bem de todo esse aprendizado, ínclusive a lágrima salgada, naufragada... mas ficaram fortes as raízes, sustentando o cantar.
Refletindo sobre o seu texto, e repensando a minha rua, resolvi ampliar este comentário num novo texto (post). Não sei se vou conseguir, mas vale tentar, tirar da mudez, trocar, somar, chegar junto. Abraço, ney.
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