Espaço disponível para que todos possam "chegar junto" com textos, fotos, artigos, links...
18 julho 2007
Pra não dizer que não falei de flores !
(Geraldo Vandré)
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Pelos campos a fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Inda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Vem, vamos embora. que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Nas escolas, nas ruas, campos construções
Somos todos soldados armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Os amores na mente as flores no chão
A certeza na frente, a História na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Acordar e saber que está atrasado...
Mas ter certeza de que tem um emprego!
Ver a caixa do correio cheia de contas...
Mas receber uma carta do amigo!
Ter um monte de recados na secretária...
Mas no meio deles, um que diz: "Tô morrendo de saudades!"
Ver que no almoço a mãe fez salada de beterraba...
Mas o prato principal está apetitoso e é o seu preferido!
Estar num engarrafamento. ..
Mas ligar o rádio e ouvir a sua música predileta tocando lembrando de alguém especial!
Brigar com o cachorro porque ele comeu seu sapato...
Mas ser recebido por ele com uma festa todos os dias quando você chega em casa!
Ser feliz é chegar em casa exausto...
Mas ainda assim ser arrastado pra balada por uma porção de amigos!
Enfim, ser feliz é ter um monte de problemas...
mas ser capaz de sorrir com as coisas do dia-a-dia !!!
Muita energia positiva para você.
15 julho 2007
14 julho 2007
A religião, o circo e os palhaços sem picadeiro.
"O Papa que não é nada Pop equivocadamente declarou que a Igreja Católica é a única de Deus. E as outras Igrejas são do Diabo? Mas quem é o Diabo? Um anjo malvado, que rouba o dinheiro do povo? Aquele cara sacana que engana o povo e nunca vai preso?
Deixamos de lado a religião... Segundo Marx ela é o ópio do povo. Mas que povo? Os espectadores animados diante da TV Globo, Sbesteira e tantas emissoras inúteis do nosso Brasil... Estamos a mil o Pan chegou... No Brasil tudo é maravilha... A banda do Zé pretinho chegou pra animar a festa... Mas a nossa piscina está cheia de ratos.. No Senado, no baixo, em toda parte... Quem roubou nossa coragem? Estamos perdidos diantes das imagens... Tantas e confusas imagens de violência, roubo e sacanagem daqueles que dizem ter Ética... Mas o que é ter Ética? Mas podemos confundir Ética com éter... A mesma coisa, não é a mesma coisa. Se dois e dois são quatro... O povo brasileiro não pode e nem deve ficar de quatro para os exploradores... Não somos palhaços... Somos trabalhadores e merecemos um pouco de respeito".
Nonato Nogueira. Professor de História, Filosofia e Sociologia.
12 julho 2007
08 julho 2007
SOBE! Senador Pedro Simon (PMDB-RS)
Quando ingressei na vida pública, há cinco décadas, eu apertei o botão de subida do elevador da política, no seu sentido mais puro. E ele subiu. Parou em muitos andares. Abriu e fechou. Muitas vezes, parecia que as portas emperravam, presas a grades e a paus-de-arara. Mas, mesmo assim, abriam-se, com o esforço de todos os passageiros. Havia uma voz, que anunciava cada etapa dessa nossa subida, na busca do destino almejado por todos nós. "Liberdade", "democracia", "anistia", "diretas-já". Não era uma voz interna. Ela vinha das ruas, e ecoava de fora para dentro. Vi gente descer e subir, em cada um dos andares deste edifício político. Comigo, subiram Ulysses, Tancredo, Teotônio. Já nos primeiros andares, vieram Covas, Darcy, Fernando Henrique. Mais um ou outro andar, Lula, Dirceu, Suplicy. Outros mais, Marina, Heloísa. De repente, o elevador parou entre dois andares. Alguém mexeu, indevidamente, no painel. Parece que alguns resolveram descer e fizeram mau uso do botão de emergência. O Covas, o Darcy, o Ulysses, o Tancredo, o Teotônio já haviam chegado a seus destinos. Sentimos, então, uma sensação de insegurança e de falta de referências. Apesar dos brados da Heloísa, parecia que nada poderia impedir a nossa queda livre. A cada andar, uma outra voz, agora de dentro para fora, anunciava, num ritmo rápido e seqüencial: "PC", "Orçamento", "Banestado", "Mensalão", "Sanguessugas", "Navalha", "Xeque-Mate". Alguns nomes, eu nem consegui decifrar, tamanha a velocidade da descida. E o elevador não parava. Nenhuma porta se abria. Haveria o térreo, de onde poderíamos, de novo, ganhar as ruas. É que imaginávamos que seria o fundo do poço do elevador da política. Qual o quê, não sabíamos que o nosso edifício tinha, ainda, tantos, e tão profundos, subsolos. Daí, a sensação, cada vez mais contundente, de que o baque seria ainda maior. Quantos seriam os subsolos? Até que profundezas suportaríamos nessa queda livre? Mais uma vez de repente, o elevador parou, subitamente. Uma fresta, uma sala, uma discussão acalorada. Troca de insultos. Uma reunião da Comissão de Ética da Torre Principal do Edifício. O Síndico teria pago suas contas pessoais com o dinheiro do Condomínio, através do funcionário do lobby de um outro edifício. E, por isso, teria, também, deixado de pagar pelos serviços de manutenção do elevador. Mais do que isso, o zelador também não havia recebido o seu sagrado salário, para o pão, o leite, a saúde e a educação da família. Idem o segurança. Mas, havia algo estranho naquela reunião: os representantes dos condôminos, talvez por medo de outros sustos semelhantes, em outros solavancos do elevador, defendiam, solenemente, o Síndico. Ninguém estava interessado em avaliar a veracidade das suas informações. Nem mesmo as contas do Condomínio. Queriam imputar culpa ao zelador e ao segurança. Ou, quem sabe, teria o tal Síndico informações comprometedoras, gravadas nos corredores soturnos do edifício, a provocar tamanha ânsia solidária? Não se sabe, mas, tudo indica, isso jamais será investigado, enquanto vigorar a atual Convenção de Condomínio. Há que se rever, portanto, essa Convenção. Há que se consertar esse elevador. Há que se escolher um novo ascensorista. Há que se eleger um novo síndico. Há que se alcançar o andar da ética. A voz das ruas tem que ecoar, mais alto, nos corredores deste edifício. A voz de dentro, parece, insiste em continuar violando os painéis de controle. Até que não haja, mais, subsolos. E, aí, o tal baque poderá ser irreversível. Não haverá salas de comissões de ética. Porque não haverá, mais, ética. Quem sabe, nem mesmo, edifício.
07 julho 2007
Férias.
Esperei muito que esse dia chegasse e estou saindo de viagem por uns dias...
Assim que der, eu volto....
06 julho 2007
TESTE DA MEMÓRIA
O número de acertos sai no fim.
http://www.terra.com.BR/istoedinheiro/quiz/publicidade/slogan/
05 julho 2007
PIADA
SE MENTIR, SAIBA MENTIR
O executivo saiu do escritório, encontrou a sua secretária no ponto de ônibus e caía a maior chuva. Ele parou o carro e perguntou:
- Você quer uma carona?
- Claro... respondeu ela, entrando no carro.
Chegando no edifício onde ela mora, ele parou o carro para que ela saísse e ela o convidou para entrar no seu apartamento.
- Não quer tomar um cafezinho, um whisky, ou alguma coisa?
- Não, obrigado, tenho que ir para casa.
- Imagine, o Sr. foi tão gentil comigo, vamos entrar só um pouquinho.
Ele subiu, atendendo ao pedido da moça. Ao chegarem no apartamento, ele tomava seu drink enquanto ela foi para dentro e voltou, toda gostosa e perfumada. Depois de alguns gorós, quem pode agüentar??? Ele caiu, literalmente. Transou com a secretária e acabou adormecendo. Por volta das 4:00 hs da manhã, ele acordou, olhou no relógio e levou o maior susto. Aí ele pensou um pouco e disse à sua secretária:
- Você me empresta um pedaço de giz? Ela entregou-lhe o giz, ele pegou, colocou atrás da orelha e foi pra casa. Lá chegando, encontrou a mulher louca de raiva e ele foi logo contando....
- Quando saí do trabalho dei carona para a minha secretaria, depois que chegamos no prédio onde ela mora, ela me convidou para subir e me ofereceu um drink, em seguida, ela foi para o banho e retornou com uma camisola transparente e muito linda, e após vários goles acabamos indo para a cama e fizemos amor, aí dormi e acordei agora há pouco...
A mulher deu um berro e falou:
-Seu mentiroso sem vergonha, estava no bar jogando sinuca com os seus amigos, nem sabe mentir, até esqueceu o giz aí atrás da orelha....
Pois é, na vida, tudo é relativo: ... Um fio de cabelo na cabeça é pouco, na sopa é muito!
03 julho 2007
Livro didático causa polêmica
Prefeitura da cidade protestou o conteúdo do livro.
Um dos autores diz que nada foi inventado e que tudo foi pesquisado.
O livro "Geografia, Sociedade e Cotidiano", aprovado pelo Ministério da Educação para crianças da sexta série das escolas públicas do Rio, mostra como a cidade está dividida entre áreas de atuação de traficantes. O material está sendo distribuído a professores, para que avaliem o conteúdo. A prefeitura da cidade protestou.
Logo no primeiro capítulo, os autores apresentam um mapa do município do Rio de Janeiro dividido em áreas onde atuariam as quadrilhas que comandam o tráfico de drogas. Os pontos são distribuídos pela ilustração de acordo com as regiões da cidade. Há ainda uma foto que mostra uma operação da Polícia Civil numa favela.
De acordo com o Ministério da Educação, todo o livro didático, antes de ser aprovado e entrar para a lista oficial, é analisado por uma equipe de especialistas. Segundo os critérios estabelecidos pelo próprio Ministério, são retirados dessa lista os livros que tenham informações erradas, preconceito ou discriminação de qualquer natureza.
Prefeitura protesta
O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, criticou o livro num texto divulgado pela internet. Ele questionou se o Ministério da Educação analisou o material. Segundo ele, o conteúdo é um atentado ao ensino de geografia para crianças de doze anos.
A diretora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Eloiza de Oliveira, estranha o fato de o livro ter sido aprovado pelo Ministério. "Outra questão é o impacto muito forte da violência. Parece que não há mais nada no estado. Eu jamais colocaria isto num livro didático", disse.
Segundo Márcio Vitielo, um dos autores, nada foi inventado e todo o conteúdo foi pesquisado. "Esses dados foram publicados pela imprensa. O mapa não é uma criação nossa. Nós colocamos uma informação que faz parte da realidade do país", disse. O Ministério da Educação informou que, por enquanto, ninguém vai comentar as críticas ao livro.
O Globo, 3 jul. 2007.
A ALMA IMORAL
http://www.archives.scene4.com/sep-2006/html/carvalho-portsep06.html
02 julho 2007
COMENTANDO OS COMENTÁRIOS DE ONTEM
Vamos tentar continuar, quem sabe um dia o Jards volta, do jeito que anda este Rio ele deve estar realmente super ocupado, ainda mais agora que vai ser papai.
Mas, depois do que falei ontem, fiquei pensando... Se viemos de um longo período colonial, onde por razões inexplicáveis, os europeus, poderosos e "evoluídos", iam a Àfrica arrancar seres humanos de suas terras e famílias, para escravizá-los cruelmente nesta terra do Brasil, e de toda a América, que também invadiram e detonaram culturas, em nome da Igreja e sob o olhar permissivo dela, podemos considerar que evoluimos, apesar do vandalismo de hoje, da corrupção, do crime organizado, da agiotagem oficial, da falta de ética.
Mas precisamos de muito mais, porque agora. além dos seres humanos, é a natureza que está ameaçada, e se ela der o troco, não vai ter CEP, Habeas Corpus, imunidades, ela vai ser bem mais cruel que o "MERCADO" de hoje, que na sua voracidade, teima em não respeitá-la. ///
BEZERRO DE OURO
Frase publicada no CORREIO BRASILIENSE de hoje:
" SABE AQUELE BEZERRO DE OURO QUE O POVO DE ISRAEL ADOROU ENQUANTO MOISÉS SUBIA AO MONTE SINAI ?
POIS É....RORIZ COMPROU.
Um mundo complexo demais...
Gostei das suas colocações e estava aqui pensando nesse mundo complexo em que estamos inseridos e nas impossibilidades de comprender os novos valores, a nova ética, o nova moral que se instala diante de nós, sim, parece ser uma nova interpretação de todos esses princípios que nos assustam e deixamos a perplexidade aflorar em nós simplesmente numa constatação simplória de que esse mundo é complexo demais para entendermos....
E seguimos para mais um dia....
01 julho 2007
TRANSFORMAÇÕES
Pois é, Heli, tudo está ficando mais difícil de se definir, a sociedade está se dando conta que é responsável, consciente ou inconscientemente, por tudo que estamos vivendo. Assim como o CEP distingue um criminoso do outro, os seus motivos, as suas sentenças, é a sociedade em todas as suas classes, que alimenta a corrupcão, a droga, a falta de ética, de valores, a exclusão social, e cria todo um ambiente propício a esse estado de coisas onde ela se sente insegura. E numa dimensão maior ainda, ela aceita que o "MERCADO" seja o todo poderoso dono de nossas vidas, de nossas vontades, corações e mentes, o TER sobrepondo o SER, em detrimento do que temos de mais sagrado, nossa vida e sobrevivência, que é a NATUREZA, e essa será bem mais impiedosa que o mercado na hora do acerto de contas.
Também no campo da alma, da inteligência emocional, da razão, da religião, do amor, das relações, estamos precisando encontrar soluções que nos permitam viver com mais sabedoria, alegria, respeito ao próximo, à natureza, rompendo com padrões, transgredindo preceitos, revendo conceitos, de modo que possamos descobrir nossas verdades, nossas identidades, individualidades e singularidades, tendo plena consciências de nossas limitações, e sem preconceitos, falsas ideologias, hipócritas moralidades, nos descobrirmos mais integrados, coerentes e humanos.
Esta semana esteve aqui em Niterói a peça teatral a "ALMA IMORAL", monólogo da atriz Clarice Niskier, baseado no livro do mesmo nome, de um autor que está criando uma nova consciência e grande polêmica com suas colocações e constatações. VEJAMOS:
O novo livro de Nilton Bonder, A alma imoral, mostra que, num mundo de interdisciplinaridade, religião e biologia, tradição e sobrevivência, continuidade e mutação não são áreas desconexas. Mas do que tudo, num mundo que redescobre o corpo, faz necessária uma nova linguagem para descrever a natureza humana. Os milenares conceitos de corpo e alma, propõe Bonder, são o primeiro registro de uma proposta biológica - de estudo da vida e de suas leis.
Num texto que provoca a comparação entre preservação e evolução com tradição e traição, A alma imoral aponta para um paraíso onde os únicos mandamentos eram "multiplicar-se" e lidar com a questão da "transgressão". A consciência humana é formada desta descoberta fantástica de que nossa tarefa não é apenas a procriação, mas, nas condições certas e na medida certa, transcender a nós mesmos. Esta traição para nós mesmos, que é vital para a continuidade da espécie, gera o conceito de alma.
Para Bonder, a alma é o elemento do próprio corpo que está comprometida com alternativas fora deste corpo. E, enquanto o corpo forja a moral para garantir sua preservação através da procriação, a alma engendra transgressões. Esta alma que questiona a moral, assumindo-se muitas vezes imoral, é apresentada através de incontáveis transgressões em textos e conceitos antigos.
Um livro de profundo impacto na reflexão sobre o certo e o errado, a obediência e a desobediência, as fidelidades e as traições. Um convite a conhecer as profundas conexões entre o traidor e o traído, entre a marginalidade e a santidade, entre a alma e o corpo.
Sobre o autor
Nilton Bonder é rabino com função de líder espiritual da Congregação Judaica do Brasil. É graduado em engenharia mecânica pela Universidade de Columbia e doutor em literatura hebraica pelo Jewish Theological Seminary.
Reconhecido internacionalmente, seus livros já foram lançados nos Estados Unidos e Europa com grande sucesso. A cabala da comida, A cabala do dinheiro, O segredo judaico de resolução de problemas estão entre seus títulos mais vendidos. Seu livro anterior, Portais secretos, foi lançado pela Rocco em 1996. A alma imoral é seu décimo primeiro livro.
Através das questões do bolso, A cabala do dinheiro apresenta uma visão ecológica que não se baseia na Natureza, mas no Mercado. Expõe, assim, a conflitante luta humana pela preservação da Natureza, quando todo esforço cultural e civilizatório se faz contra a Natureza e a favor do Mercado. Nilton Bonder sintetiza a visão que tinham os rabinos, segundo qual a Natureza é bem mais violenta e cruel que o Mercado.
E até a internet:
"Portais Secretos - Acessos Arcaicos à Internet"Ed. Rocco
Quem poderia imaginar que a concepção do Microsoft Windows estaria conectada com os princípios dos profetas do Antigo Testamento? Nilton Bonder. Este rabino moderno, gaúcho jovem e erudito, conseguiu associar a estrutura da cibernética aos fundamentos da filosofia arcaica do judaísmo. Ele descobriu, por exemplo, que a primeira definição de rede – a Net original – está na Ética dos Ancestrais, livro que é parte da Mishná, do século 2 a.C.: "A rede está aberta sobre tudo o que é vivo."Já naquele tempo, portanto, os judeus enxergavam longe, a milênios de distância, através de "janelas", ou seja, "windows". "As janelas, ao contrário das portas, não nos levam a outro lugar, mas nos deixam ver", explica Bonder, rabino da Congregação Judaica do Brasil, na Barra da Tijuca, no Rio. Ele usou então as janelas do Windows 95 como uma metáfora na qual se debruça para ver a filosofia dos profetas bíblicos, os quais não trabalhavam na dimensão do tempo ou do espaço, mas com a idéia da realidade virtual. Permitiam-se o "acesso" – um conceito que, aliás, está em Gênesis, enquanto que o Talmud seria a primeira página interativa da humanidade.Internet x espiritualidade – essa insólita articulação foi possível com a formação erudita de quem estudou Filosofia, Antropologia, História, Psicologia, Línguas Clássicas, Hebraico e Aramaico no Jewish Theological Seminary, filiado à Universidade de Columbia, em Nova York. Lá, Bonder ordenou-se rabino, no final dos anos 80. A técnica de aliar os preceitos bíblicos às questões populares o transformou em best-seller de quase dez títulos, que totalizam mais de 500 mil exemplares vendidos no Brasil, uma marca invejável.
Um jovem piloto experimentava um monomotor muito frágil, uma daquelas sucatas usadas no tempo da Segunda Guerra, mas que ainda tinha condições de voar...Ao levantar vôo, ouviu um ruído vindo debaixo de seu assento. Era um rato que roia uma das mangueiras que dava sustentação para o avião permanecer nas alturas.Preocupado pensou em retornar ao aeroporto para se livrar de seu incômodo e perigoso passageiro, mas lembrou-se de que devido à altura o rato logo morreria sufocado.Então voou cada vez mais e mais alto e notou que acabaram os ruídos que estavam colocando em risco sua viagem conseguindo assim fazer uma arrojada aventura ao redor do mundo que era seu grande sonho...Moral da história:Se alguém lhe ameaçar, voe cada vez mais alto...Se alguém lhe criticar, voe cada vez mais alto...Se alguém tentar lhe destruir por inveja e fofocas, e por fim, se alguém lhe cometer alguma injustiça, voe cada vez mais alto...Sabe por quê?Os ameaçadores, críticos, invejosos e injustos são iguais aos \"ratos\", não resistem às grandes alturas. Pense nisso...
VIOLÊNCIA.
Rapazes que espancaram doméstica, no Rio, são obedientes às leis ditadas por uma sociedade que endeusa a falta de limitesMARIA RITA KEHLESPECIAL PARA A FOLHA
Antes de mais nada, como já se notou, existe o viés social.De um lado existem "jovens" que ocasionalmente cometem atos delinqüentes. É o caso de Júlio, Leonardo e seus colegas, espancadores da Barra /. Inspiram-nos cuidado semelhante ao que dispensamos aos nossos filhos. Tentamos compreender: o que aconteceu? (Psicólogos são chamados a justificar.) E existem os outros, os que já são bandidos antes de chegar (quando chegam) diante do juiz.A execução sumária confirma, a posteriori, o veredito que a imprensa divulga sem questionar: "A polícia matou 18 "suspeitos" em confrontos com supostos "bandidos'"... Ninguém persegue o resultado das investigações sobre as tantas chacinas que caem no esquecimento.O que distingue uns dos outros é o número do CEP: na Barra, nos Jardins /, no Plano Piloto / vivem os jovens. Os outros, adultos anônimos desde os 14, vêm de bairros que não figuram no mapa: "Periferia é periferia em qualquer lugar". Qualquer delegado de bom senso percebe na hora a diferença. Se a cor da pele confirmar o veredito, melhor. A sociedade, representada pelo dr. Ludovico Ramalho, pai de Rubens Arruda, se tranqüiliza: as travessuras dos "jovens", adultos infantilizados das classes A e B, não ameaçam a segurança da gente de bem. Espancaram uma doméstica, mas pensavam que fosse prostituta. Ah, bom.Nos bairros onde vivem os jovens não há solidariedade com os chacinados das favelas, com os executados a esmo em Queimados /, com os meninos abatidos na praça do Jaraguá, em SP /. Os movimentos "pela paz" nunca se manifestam por eles.Ninguém de foraMas, quanto mais o Brasil maltrata seus pobres, quanto mais a polícia sai impune dos excessos cometidos contra os anônimos cujas famílias não protestam por temor de represálias, quanto mais o país confia na lógica do "nós cá, eles lá", mais o gozo da violência se dissemina entre todas as classes sociais. Para pacificar o país, seria preciso redesenhar o mapa do respeito e da civilidade de modo a não deixar ninguém de fora. Uma sociedade que assiste sem se chocar, ou sem se mobilizar, ao extermínio dos pobres -bandidos ou não- está autorizando o uso da violência como modo de resolução de conflitos, à margem da lei.Tomemos o ato de delinqüência cometido pelos meninos "de família" da Barra, no Rio. Que a culpa seja dos pais, vá lá. As declarações do pai de Rubens Arruda são reveladoras. Não que ele não transmita valores a seu filho.Mas serão valores relacionados à vida pública? Não terá o dr. Ludovico educado seu filho para "levar vantagem em tudo"? Esse pai não admite que o filho seja punido pelo crime que cometeu. Há aqueles que não admitem que a escola reprove o jovem que tirou notas baixas, os que ameaçam o síndico do condomínio que mandou baixar o som depois das 22h etc. Olham o mundo pela ótica dos direitos do consumidor: se eu pago, eu compro. Entendem seus direitos (mas nunca seus deveres) pela lógica da vida privada, como fizeram as elites portuguesas desde a colonização.Quem disse que os jovens não lhes obedecem? Obedecem direitinho. Param em fila dupla, jogam lixo nas ruas, humilham os empregados -igualzinho a seus pais. Vez por outra, quando os pais precisam impor alguma interdição, já não se sentem capazes. O que nos coloca a pergunta: que valores, que representações, no imaginário social, sustentam o exercício necessário da autoridade paterna? Em nome de que um pai ou uma mãe, hoje, se sentem autorizados a coibir ou mesmo punir seus filhos? A autoridade não é um atributo individual das figuras paternas. A autoridade dos pais -e da escola, que também anda em apuros (quem viu "Pro Dia Nascer Feliz", de João Jardim?) -deriva de uma lei simbólica que interdita os excessos de gozo. Uma lei que deve valer para todos. O pai que "tem moral" com seus filhos é aquele que também se submete à mesma lei, traduzida em regras de civilidade, de respeito e da chamada boa educação. Cliente especialMas em nome de que, no imaginário social, a lei simbólica se transmite? Já não falamos em "Deus, pátria e família", significantes desmoralizados em nome dos quais muitos abusos foram cometidos, sobretudo no período de 1964 a 1980. No lugar deles, no entanto, que outros valores ligados à vida pública foram inventados pela sociedade brasileira? Em nome de que um pai que diz "não pode" responde à inevitável pergunta: "Não posso por quê"?Ocorre que a palavra de ordem que organiza nossa sociedade dita de consumo (onde todos são chamados, mas poucos os escolhidos) é: você pode. Você merece. Não há limites pra você, cliente especial. Que o apelo ao narcisismo mais infantil vise a mobilizar apenas a vontade de comprar objetos não impede que narcisismo e infantilidade governem a atitude de cada um diante de seus semelhantes -principalmente quando o tal semelhante faz obstáculo ao imperativo do gozo. O que queriam os rapazes que espancaram Sirlei Dias de Carvalho Pinto? Um celular usado? Um trocado para comprar mais um papel? Descontar a insegurança sexual?"No limits", diz um anúncio de tênis. Ou de cigarro, tanto faz. E os meninos obedecem. No fundo, são rapazes muito obedientes. Se a ordem é passar dos limites, pode contar com eles.MARIA RITA KEHL é psicanalista, autora de "Ressentimento" (Casa do Psicólogo). Colaborou Paulo Fernando Pereira de Souza.
Jards....Cadê você???
Jards.
Aconteceu algo que eu não tomei conhecimento?
Sei que foram enviados alguns virus através do orkut para todos os meus amigos, mas espero que isso não tenha sido um problema aqui também.
Responda por favor o que aconteceu???
Senti sua falta aqui...
29 junho 2007
13 junho 2007
09 junho 2007
PERDI O RUMO
06 junho 2007
ANDEI SUMIDO...
02 junho 2007

Por Rosana Zakabi e Leoleli Camargo:Um absurdo ocorrido em Brasília veio em boa hora. Ele é o sinal de que o Brasil está enveredando pelo perigoso caminho de tentar avaliar as pessoas não pelo conteúdo de seu caráter, mas pela cor de sua pele.
30 maio 2007
DEFICIÊNCIAS

DEFICIÊNCIAS
- Mario Quintana -
Escritor gaúcho nascido em 30/07/1906
e morto em 05/05/1994
"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.
Vamos mudar de casa???
Cientistas que localizaram 28 novos planetas orbitando outras estrelas no último ano dizem que o nosso sistema solar está longe de ser único e que pode haver bilhões de planetas habitáveis. As descobertas mais recentes elevam o total de exoplanetas (planetas que estão fora do nosso sistema solar) a 236, disseram pesquisadores nesta segunda-feira em uma reunião da Sociedade Astronômica Americana, em Honolulu, Havaí.
"Estamos começando a ver que nossa casa não é uma raridade no universo", disse Geoffrey Marcy, professor de Astronomia na Universidade da Califórnia em Berkeley, que comandou a equipe.
"Somos facilmente capazes de detectar planetas gigantes, como Júpiter e Saturno, em torno de outras estrelas. A maioria orbita distante da estrela, como nossos próprios Júpiter e Saturno orbitam o sol", disse Marcy em entrevista por telefone.
"É uma estrutura comum entre sistemas planetários." Novas técnicas permitem detectar planetas que não sejam enormes, embora objetos do tamanho da Terra ainda não possam ser vistos, disseram os pesquisadores, que divulgaram detalhes das suas conclusões no site exoplanets.org.
Quatro dos sistemas também têm múltiplos planetas, a exemplo do Sol, que tem oito planetas (Plutão foi "rebaixado"), além de objetos menores em sua órbita. "Estamos descobrindo que a maioria das estrelas tem não um só planeta, mas que, quando encontramos um, existe um segundo, um terceiro ou um quarto", disse Marcy.
"O atributo que realmente mais nos empolgou é este novo planeta que achamos há três anos", disse Marcy. Esse planeta, que orbita a estrela Gliese 436 e é parecido com Netuno, intriga os cientistas porque parece estar coberto de água ¿ embora seja dura como pedra e quentíssima, devido a pressões intensas que criam um estado químico não visto na Terra.
Reuters
Muito frioooooooooo....
Vou me "mudar " pro RIuuuuuuuuuuuu...hehehe...
Ia queria poder fazer como algumas espécies que migram no inverno....iria para um lugar bem quentinho...
29 maio 2007
Miguxês
Se estava difícil dar conta das questões da língua, agora vai melhorar...heheheh
NOVah LinGUah dos jOvenxXx
C vc estive tenu dificuldadis p entende a koluna dista semana...xame sua filha adolescenti i pessa a ela p t ajudah....u ke p vc eh 1 tarefa ardua...1 verdadeiru emaranhadu d siglas i deturpassoes da nobre lingua portugueza...p ela serah algu transparenti i intuitivu... sua filha faz parti d 1 gerassaum ke por konta da net - i da tecnologia em gerau - tah transformanu a linguagi i a manera komu as pessoas c komunicam. Mas nem todu mundu exagera na dose: u miguxes - kyberdialetu ke vc tah lenu nesti momentu - eh 1 das manifestassoes + extremas disti fenomenu...usadu principalmenti pelas meninas i entre grupus d amigus...kom 1 certa konotassaum d "qdu a amizadi eh verdadera...eh assim ke a genti c fala"...... d manera gerau us jovens "soh" encurtam as palavras...kriam siglas i novas grafias p palavras kom acentus...... afinau d kontas...nada + xatu du ke escreve kom acentuassaum. Tudu komesso kom us bbs...na epoca em ke a net engatinhava nu mundu i nu brasiu era 1 sonhu distanti. Us bbs eram mini (i bota mini nissu) internets privativas...kom usuarius kadastradus...trocas d arkivus i foruns d discussaum... dpois veiu u e-mail ...u xat...irc...icq i u msn...... foi nestas "siglas" ke esta nova lingua surgiu...difundiu-c i hj eh praticada intensamenti...... sem eskece...eh klaru...du sms...ke kom u boom da telefonia movel tb deu 1 boa forssa au movimentu...... nu kasu especificu du msn...existi ainda a febre dus emoticons - akelas imagenzinhas animadas ke vc podi kolah nu seu textu.... Esta nova linguagi iconografica tb foi adotada kom fervor pelus jovens: alguns xegam a escreve "frases" inteiras soh kom emoticons.
Só daqui a alguns anos teremos condições de mensurar o fenômeno: por enquanto não há registro "oficial", por mais que os grandes dicionários - agora com versões online - tentem surfar essa onda adicionando palavras e neologismos criados pelos adolescentes.
A única estrutura hoje capaz de absorver este conteúdo tem sido a enciclopédia coletiva Wikipedia, pois os próprios usuários colaboram com sua construção. No mundo de carne e osso, as primeiras conseqüências começam a aparecer e não são boas. Ainda não é o caso do Brasil, mas há países onde os jovens usam tanto a Rede e SMS que na escola já escrevem redações com forte presença de "miguxês". Estão desaprendendo a escrever. Tanto no sentido lingüístico quanto no físico: faz anos que digitamos muito mais do que pegamos a caneta para escrever. A juventude sempre teve seus códigos e gírias para não ser entendida pelos pais ou pela polícia. Hoje, pais ou aqueles que têm nos adolescentes ótimos consumidores, não precisam mais ficar ligados no que eles andam dizendo.
U LANCi AGoRAH eH SaBe u ki elExXx AnDAm DigITANU POr AIH... I PRAh tau...FaXXAh 1 kUrSU inTeNSivu dI "MIgUxXxeIxXx"...u Link abAIxXxu tI LEVarAh Au MIguxXxEitor...1 SiTi ki TraNsformaH QQ tExXxTU em poRtUGueixXx KoRRetU em 1 daxXx 3 (!!!) vERsoexXx exXxisteNtixXx dIStI DiAletu... Foi kUM elE ki EStAH kOLunAH FOi EScRITah...eH 1 boM koMEXXu I GaRanTiah di BOaxXx risaDAxXx......
Jornal do Brasil, 28 maio 2007.
27 maio 2007
A ADVOGADA BONDOSA
...Certa tarde, uma bem sucedida advogada estava sendo conduzida em sua limusine para seu sítio quando observou dois homens maltrapilhos comendo grama ao lado da estrada.
Ela ordenou imediatamente ao motorista que parasse, saiu do veículo e perguntou:
-Por que vocês estão comendo grama?
-Porque nós não temos dinheiro para comprar comida - respondeu um dos homens.
-Bem, você pode vir comigo para o sítio - disse a advogada.
-Senhora, eu tenho uma esposa e três filhos aqui.
-Traga-os também - replicou a advogada.
-E quanto ao meu amigo?
A advogada virou-se para o outro homem e disse:
-Você pode vir também.
-Mas, senhora, eu também tenho esposa e seis filhos - disse o segundo homem.
-Eles podem nos acompanhar também - disse a advogada enquanto se dirigia de volta à limusine.
Todos se acomodaram como puderam na limusine e, quando já estavam a caminho, um dos acompanhantes disse:
A senhora é muito gentil.Obrigado por levar a gente com a senhora.
A advogada respondeu:
-De nada.Vocês vão adorar meu sítio. A grama está com quase um metro de altura!
OS COOPTADOS
Cooptar é verbo transitivo direto. Mestre Aurélio explica o significado: “admitir numa sociedade com dispensa das formalidades de praxe”. No Brasil de hoje, dispensa-se muito mais do que formalidades. Uma anestesia geral engaveta a consciência crítica e as convicções transitam diretamente para o esquecimento. Há aceleração do crescimento da mediocridade, dos ganhos financeiros – legais ou não – e da violência.
Assim, arquivados os sonhos e um projeto de nação, a lógica limitadora do “menos ruim” avassala corações e mentes. A naturalização dos escândalos e a degeneração política, com a alta do clientelismo rasteiro e do desinteresse, ameaçam a emergência da massa à condição de provo emancipado da demagogia e do paternalismo.
Assim, o crítico feroz de ontem, que considerava o presidente da República “avesso ao trabalho e ao estudo, fugidio de tudo o que lhe traga dificuldade e inapto para o cargo”, torna-se o palaciano de hoje, pensador do futuro com amnésia do passado. Adesão tão sinistra quanto a de partidos que, na última campanha eleitoral, demarcavam contra aquele que “traíra compromissos trabalhistas históricos”. Para calar a voz dissonante, não há mistério: ofereça-se um ministério. E aos adesistas de sempre, para os quais ser da situação e condição fisiológica de reprodução de mandatos, abram-se cargos a mancheias, sem qualquer preocupação com o saber técnico dos ocupantes.
Assim, a oposição conservadora, perplexa ao ver o adversário novamente vitorioso empunhar bandeiras que foram suas, como a do modelo econômico permanente e a “governabilidade a qualquer preço”, confunde-se com o mapa de navegação, muda de nome, mas não de projeto. Que é o de não ter projeto de governo exceto o de monitorar, suavemente, o funcionamento do mercado, deus-regulador de vida, corretor natural de todas as injustiças, desde Adam Smith.
... ... ... pulando alguns trechos...
Assim, a reprimarização da economia vira janela de oportunidade singular para o desenvolvimento (in)sustentável: o modernizante império das plantations do imenso canavial, abençoado pelas virtudes renováveis do agrocombustível, coloca véus na exploração do trabalho e na desertificação dos campos dos campos. O ciclo peromissor do etanol poder se tornar nossa contribuição nefasta ao aquecimento global.
... ... ... pulando trechos...
Assim, judicializa-se a questão criminal e o crime vai capturando também esferas do judiciário. Sem integração e reestruturação de policias e presídios, o engodo de mais prisão e “retirada de circulação” encobre a galopante e letal circulação de armas e cumplicidades. A venda de sentenças reforça a exaltação, para a juventude, da trajetória esperta e magistral onde tudo se compra para subir no tribunal do poder, do prestígio e do efêmero que pereniza.
Assim, a convocação operária, liderada pelo gigantesco aparato das grandes centrais sindicais, oferece casas no lugar de causas e imóveis sorteados para domesticar a mobilização. Pão individual, algum circo e preito ao capital substituindo consciência e organização dos que vivem do trabalho.
Assim... Ah, não! Não há apenas neoconformismo neste país em que os governantes costumam sair da História para cair na vida. Nem todos se acomodaram na terra de Macunaíma, “o herói sem nenhum caráter”. Nem tudo se diluiu. O pulso ainda pulsa e, aos poucos, cresce a consciência do grande mal-estar. Santo Agostinho dizia que “só mudamos impulsionados por um grande amor ou por uma grande dor”. Uma molecular rede, em todos os aspectos da vida social, revela que há solidariedade e luta cidadã. A percepção aguda de nossas dores aumenta, e nos põe em movimento.
CHICO ALENCAR é deputado federal.
Veja na íntegra em O Globo de hoje.
23 maio 2007
O TAMANHO DAS PESSOAS
William Shakespeare
Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento.
Uma pessoa é enorme para você, quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado.
É pequena para você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade, o carinho, o respeito, o zelo e, até mesmo, o amor.
Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto com você.
E pequena quando desvia do assunto. Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.
Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas.
Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande.
Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas que se agigantam nas críticas e se encolhem quando estão diante dos olhos que sabem "seus segredos íntimos e suas atitudes covardes fruto de sua própria insegurança".
Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.
Uma pessoa é única ao estender a mão; e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma.
O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande...é a sua sensibilidade, sem tamanho...
E ainda dizem que "interferência" é atrapalhar o caminhar do próximo. Na maioria das vezes é despertar a "coragem e a capacidade" nos covardes e incompetentes.
A esperança está na certeza que estes se rendem diante da própria imagem diante do espelho que se olham a cada dia mais infelizes.
William Shakespeare
NO INSS
Um aposentado vai ao INSS e a atendente pede sua carteira de identidadepra confirmar sua idade. Ele procura nos bolsos e percebe que esqueceuo documento em casa.
- Vou até lá buscá-la e volto em seguida.
A mulher lhe diz:- Desabotoe a camisa.Ele abre a camisa revelando o cabelo grisalho do tórax e ela comenta:
- Esse cabelo prateado é prova bastante para mim, e processa odocumento pedido.
Quando ele chega em casa e conta para a mulher a experiência no guichêdo INSS, ela lhe diz:- Você devia ter baixado as calças.
Ia conseguir uma aposentadoria por invalidez...
Estrelas....
Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!
Mario Quintana - Espelho Mágico
22 maio 2007
ESTRELA CADENTE II
Na visão fantasiosa dos meninos dava gosto ver as flores desfilarem juntas, inseparavelmente juntas. Uma, alva como o lírio, a boca de carmim, os dentes alvos tal o marfim e os cabelos negros como a noite, além, era claro, dos sorrisos fartos e que mais pareciam sementes jogadas sobre os campos que esperavam as chuvas, e mais das vezes parecendo um postal antigo, tal a beleza que irradiava. A outra, morena, também com a boca de carmim, os dentes alvos como o mármore, os cabelos também negros e o riso farto como o sol e mais das vezes parecendo com alguma coisa que houvesse germinado da própria terra, telúrica, a aquecer os campos semeados, tal uma deusa. A primeira, Mirian, um nome clássico. A segunda, Eluza, um nome brejeiro e com os ares do sertão. Na nossa visão infantil ficávamos maravilhados com aquelas duas flores das tardes sertanejas. Mas elas estavam longe das nossas pretensões por serem moças já em idade de casamento. Tínhamos que nos contentar com as meninas da nossa idade: que sorriam das janelas, que mandavam recados, ou então com as que temiam mesmo serem abordadas para um elogio, tal a inocência dos nossos anos.
Hábito comum era o de escrever poesia nos albuns de recordações, que as meninas cobriam com capas delicadas. Uma vez escrevi num certo album: "Teus cabelos são fulvos, fulvos \ como a tarde ao por do sol.\ São bonitos, são profusos \ tal a canção do rouxinol." Mas nada nos dava a certeza da conquista. Por vezes tudo falhava. E sobrevínha-nos algum sofrimento. E naquelas horas costumávamos analisar os nossos fracassos. E numa daquelas ocasiões, sempre durante a noite, Guido chegou e foi nos dizendo:
– Sei de um jeito que não falha !
Foi grande o nosso espanto. E quase todos perguntamos, ao mesmo tempo:
– Então fale logo.
Guido brincou com os dedos da mão, olhou-nos e ficou rindo. Insistimos. Ele pediu calma, todo importante. Depois, mais importante ainda, começou:
– Muito simples ! Basta olhar o céu durante a noite, esperar uma "estrela-cadente" correr no firmamento e fazer um pedido dizendo o nome da menina que deseja amar. Depois passar na igreja e rezar uma oração em agradecimento.
Ficamos perplexos e intrigados e desconfiados com a simplicidade da questão. Foi aí que Guido insistiu:
– Mas não é simples. Só se tem direito a uma única escolha.
Respiramos fundo e quase falamos ao mesmo tempo:
– Assim é fogo! Isso é uma armadilha!
Noites e noites fiquei a olhar o céu, abrindo a janela depois que os meus pais dormiam, em busca da minha "estrela-cadente". Na hora em que uma corria no firmamento eu ficava tomado de dúvidas sobre o nome da menina escolhida, e perdia a minha estrela e a minha chance. E nos dias seguintes procurava reconferir meus sentimentos. Mas, um dia, uma menina vinda de outra cidade ribeirinha me acendeu os sentimentos. E pensei:
– É ela ! Não tenho dúvidas !
Na mesma noite olhei o céu. A "estrela-cadente" passou. Fiz o pedido. Na manhã seguinte fui à Igreja-Matriz e rezei. Esperei ! E tivemos um frágil e inocente ensaio de amor.
Noutro dia, lá do passado ( o do destino ? ) mudei-me para a capital.
Anos depois, numa noite, me disseram:
– Ela se casou com um professor do ginásio !
Olhei o céu e fiquei a rastrear estrelas. Depois ri e me lembrei de que nem precisei de estrela-candente nem de orações para encontrar o meu grande amor, uma professorinha tímida no olhar e no sorriso, que vi pela primeira vez atravessando uma pracinha, numa linda manhã de sol
ESTRELA CADENTE
Estrela cadente é um fenômeno astronômico que acontece raramente. As estrelas cadentes são cometas ou meteoritos que caem sobre a Terra. Estrelas cadentes são fenômenos luminosos produzidos pela entrada na atmosfera terrestre de um conjunto de meteoróides que surgem quase simultaneamente e parecem provir da mesma região do céu dando a impressão de uma chuva de estrelas. Os meteoróides tem a tendência de girar em torno do Sol em enxames e a Terra passa através de vários enxames todos os anos. No momento que a Terra atravessa uma dessas correntes de meteoros, ocorrem as denominadas chuvas de estrelas cadentes. Toda chuva de meteoros parece ter sua origem num ponto particular do céu denominado de radiante. Alguns enxames de meteoros estão associados a determinados cometas.
É tradição popular formular um desejo quando se vê uma "estrela cadente".
Estrelas Cadentes
Na verdade não são estrelas, são meteoróides que entram na atmosfera terrestre, sofrem intenso atrito com o ar que envolve nosso planeta. O aquecimento gerado pelo atrito faz com que os meteoros cheguem a pegar fogo. Com isso ocorre a emissão de luz própria, permitindo que eles possam ser vistos.

Estrela cadente
A estrela caiu rapidamente deixando um riso dourado no céu.
Estrela cadente, atenda meu pedido,
Que seja só um a atender.
Arranque este meu sofrer,
Transforme meus jardins,
Coloque flores nos canteiros vazios -flores rubras - ,Mas deixe os espinhos.
Minhas mãos já se acostumaram a eles.
Estrela cadente,
Mate minha sede com suco gelado de graviola.
Deixe escorrer pela minha garganta a seiva grossa e úmida
Que alegra o peito e o sexo.
Não! Não diga não!
Não me deixe pros abutres:Estas aves de bicos finos já perfuraram minha alma
E agora, com paciência,
Estão destruindo meus sonhos.
Levaram pelas garras a única coisa que é minha:a dor.
Estrela cadente,
Traga na sua cauda um anjo bom de cabelos loiros eolhos azuis.
Ficarei aqui fitando o céu com olhos gulosos,
Preso às minhas mordaças a esperar
Que por este céu uma estrela despenque,
Deslize suave e venha pousar,
Como borboleta amarela,
Bem na palma da minha mão.
CADÊ NÓS?

20 maio 2007
Van Gogh e Liz Taylor
...quem pode, pode!!!!
Tribunal decide que Liz Taylor pode ficar com tela de Van Gogh
Por Aque a atriz Elizabeth Taylor poderá ficar com uma tela de Van Gogh, que pode ter sido roubada por nazistas, porque a família que era sua proprietária no passado demorou demais a pedir sua devolução.
Por Adam Tannerdam Tanner SAN FRANCISCO (Reuters) - Um tribunal de apelações dos EUA decidiu na sexta-feira
SAN FRANCISCO (Reuters) - Um tribunal de apelações dos EUA decidiu na sexta-feira que a atriz Elizabeth Taylor poderá ficar com uma tela de Van Gogh, que pode ter sido roubada por nazistas, porque a família que era sua proprietária no passado demorou demais a pedir sua devolução.
"Isso afirma minha grande crença no processo judicial norte-americano. Estou muito grata", disse Taylor em um comunicado. "É magnífico ter o Monsieur Vicente Van Gogh na minha sala de estar."
Liz Taylor, 75 anos, comprou o quadro de 1889 "Vista do Asilo e Capela de Saint-Remy" num leilão da Sotheby's em Londres, em 1963, por 92 mil libras --mais ou menos 257 mil dólares na época. A tela fica em sua residência na região de Los Angeles.
Pintada por Van Gogh no final de sua vida, o quadro vale muitas vezes mais hoje no mercado de arte extremamente valorizado.
A família Orkin, composta de descendentes canadenses e sul-africanos de Margarete Mauthner, uma judia que fugiu da Alemanha em 1939, moveu uma ação contra Taylor em 2004, afirmando que a tela foi confiscada pelos nazistas e deveria ser devolvida sob os dispositivos da Lei de Ressarcimento das Vítimas do Holocausto, promulgada nos EUA em 1998.
Elizabeth Taylor disse que ela é a proprietária de direito do quadro e afirmou que, antes de ser comprada por ela, a pintura passara por dois marchands judeus, sem qualquer sinal de coerção nazista.
"Temos prova de que o quadro foi vendido no final dos anos 1920", disse após a decisão Jonathan Bloom, um advogado de Taylor.
Em sua decisão, o painel de três juízes da 9a Corte Distrital de Apelações dos EUA confirmou a decisão de um tribunal de nível inferior, decidindo que a família Orkin esperou tempo demais para reivindicar a devolução do quadro, que se sabia estar na posse de Taylor há muito tempo.
"Fica claro que a aquisição do quadro por Taylor poderia ter sido descoberta pelo menos desde 1990, quando ela o ofereceu num leilão internacional, e provavelmente desde 1963, quando ela o adquiriu num leilão internacional altamente divulgado", escreveu o juiz Sidney Thomas.
De acordo com o juiz, qualquer reivindicação de devolução da tela "perdeu valor em ou antes de 1993, três anos após o último anúncio público de que ele pertencia a Elizabeth Taylor."
Estrela de filmes como "Gata em Teto de Zinco Quente", "Cleópatra" e "Assim Caminha a Humanidade", Elizabeth Taylor começou a colecionar obras de arte na década de 1950, com a ajuda de seu pai, que era marchand, e já foi dona de obras de Monet, Renoir, Degas e outros mestres.
19 maio 2007
Os vendedores de doenças
As estratégias da indústria farmacêutica para multiplicar lucros espalhando o medo e transformando qualquer problema banal de saúde numa “síndrome” que exige tratamento...
Quem quiser dar uma espiadinha ....
18 maio 2007
17 maio 2007
DISALOJA...
- Eu estou numa maré braba. Estou sem crédito na praça, devendo todo mundo. Não vejo solução. Já pensei em me matar. Estou desempregado e sem dinheiro, cheio de contas e carnês atrasados. Não há nada que dê jeito nessa situação. Já perdi a esperança! Acho que já estou doente e vou morrer mesmo...
O Evangélico então diz:
- Calma! Não é nada disso... Você precisa de ajuda espiritual. Você conhece a minha igreja? Pois é, na quarta-feira, tem uma Sessão de Descarrego onde todos são curados ou aliviados, com uns 20 pastores e muita fé. Vai lá... Vamos te salvar!
Na quarta-feira, o cidadão vai. No meio do culto é chamado ao palco e, entre outros, um pastor o agarra e brada:
- Sai desse corpo, demônio! Disaloja! Esse corpo não te pertence! Em nome de Jesus, te afasta deste homem bom!
E colocando a mão em sua testa, brada:
- Estou ordenando: Em nome de Jesus, Disaloja... Disaloja... Disaloja!
E o cidadão assustado começa a gritar:
- Casa Bahia! Arapuã! Lojas Americanas! Ponto Frio Bonzão! C&A! Lojas Marisa! Riachuelo! Lojas Renner!
O CASAMENTO... Antes e depois
Ela sente uma mão dele acariciando o ombro dela.
Ela: "Ah, que sensação gostosa!"
A mão dele passa pelos seios dela.
Ela: "Nossa, querido, isso é maravilhoso!"
A mão dele passa entre as coxas dela.
Ela: "Oh, amor, não pare!"
E eles fazem amor a noite toda.
../............... ../...
Após alguns anos de casados, marido e mulher deitados na cama.
Ela sente uma mão dele acariciando o ombro dela.
Ela: "Ah, que sensação gostosa!"
A mão dele passa pelos seios dela.
Ela: "Nossa, querido, isso é maravilhoso!"
A mão dele passa entre as coxas dela.
Ela: "Oh, amor, não pare!"
Mas ele para.
Ela: "Por que você parou???"
Ele: "Achei o controle remoto..."
HELI
QUEM É AFONSO ALVES ???
QUEM É AFONSO ALVES ???
15 maio 2007
13 maio 2007
A escola, as mães, a vida....
E pode estar certo, sempre é fundamental aquela conversa que seus "mestres" tiveram no sem momento de formação.
Oque ocorre é que muitas vezes queremos resolver as coisas pela força e esquecemos que no diálogo franco, está a solucão mais fácil para as coisas que nos incomodam.
Eu tenho alunos com muitos problemas familiares, mas quando eles estão na escola, a nossa sala torna-se um lugar de respeito mútuo e eles adoram estar ali...e eu também!!!
Nesta semana um aluno justificava o fato de não ter feito sua tarefa de casa porque uma tia saiu da prisão e foi para sua casa e causou grande agito(segundo ele) por lá e por isso ele não fez a lição de casa!
O que me deixou feliz, foi a confiança que ele demonstrou sentir em mi, pois ele me disse que faria tudo certinho para o dia seguinte, e que ele teve um motivo justo de não realizar a atividade porque foi perturbado em seu ambiente familiar e preferiu chegar na escola, explicar o ocorrido e contar com minha compreensão...
Esse garoto tem problemas seríssimos na fala, é gago e tem soro positivo de HIV....
Não é fácil, mas temos que acreditar na vida, na formação de seres sem esperança e seguir em frente...
E tem mais
Eu amo os "meus 6 fora dos padrões", tanto quanto aos que estão dentro dos padrões esperados, e eles retribuem a esse amor de forma impossível de descrever...
Pois é....
Dia especial!
Recebi uma mensagem de um grupo que participo que achei interessante:
Bom! Falamos do dia das mães, a fêmea raça humano, das fases da vida, um pouco do lado bom, outro tanto do lado não tão bom, Não diria mal, diria mais ou menos, sofrível, para não denegrir tanto. Resolvi fazer uma homenagem às fêmeas do reino animal, chamados " irracionais". Coloquei entre aspas, porque eles são assim chamados, mas só matam para comer, para defender a si e a sua prole, enquanto nós, os " racionais", matamos indiscriminadamente, pelo ódio, pela perversão, por ganância, pelo descaso, pelo desamor, por psicopatas que estão soltos nas ruas das cidades em todo mundo.
Moro num apartamento com 100 metros quadrados, que além de criar meus filhos, criei ao mesmo tempo, uma poodle, uma tartaruga, tinha um aquário de água salgada de 180 litros, uma gaiola com nove periquitos, e outra com seis hamsters, e um pinto que minha filha trouxe da escola, que cresceu e dei, acabando na panela do dito cujo. Os hamsters fugiam de noite, e levavam comida na boca e depois encontrávamos os locais onde eles deixavam e se reproduziam como loucos; os periquitos faziam um barulho imenso, numa gaiola grande, é claro; a tartaruga que não cheirava nem fedia, vivia andando sem muito alarde; a poodle quando ficava estressada, partia para a revanche, do tipo, derrubar o cesto de lixo do banheiro e levar os papeis para a sala, subia na mesa e coloca-los lá, entre outras coisas. Até hoje, eu não sei como ela fazia isso! Os visinhos começaram a reclamar, e com toda a razão.
Meu foco principal nesse momento é a gaiola dos periquitos. O que há de especial? No inicio era apenas um casal, que procriou a valer. Na última ninhada, a fêmea, amarelinha, ficou tão estressada que resolveu partir para ignorância. Explico. Ela estava com uma ninhada de cinco filhotes, cuidando deles, e os quatro machos adultos que restavam na gaiola, pois eu havia dado o que pareciam ser dois casais, queriam usufruir o direito de acasalar. Só ai, tomei conhecimento do tamanho da minha ignorância. Eram quatro machos e uma fêmea dentro da gaiola. Eles sabiam quem era o macho e a fêmea, eu não.
Os meus filhos deram nomes a todos eles, e ela chamava-se Elis. Elis quando se assoberbada de trabalho e acuada por quatro machos, resolveu por fim na exploração. Seu estado de estresse era tamanho que ela emagreceu, os olhos ficaram fundos, numa irritação que supera qualquer mulher em fase de TPM. Certo dia, ouvi os " gritos" de horror na gaiola, fui até lá para ver uma cena dantesca. Um dos machos resolveu mexer com a garota, logo quando ela estava cuidando dos filhotes. Não deu outra, ela partiu para o ataque, montou em cima do pobre macho, e largou o bico pra cima, voaram penas a valer, ferido na cabeça, conseguiu se desvencilhar dela, mas ela agarrou-o pela pata, e tome bicada. Tentei apartar, mas foi em vão. Meu marido interferiu e agarrou o pobre do macho, e ela partiu para atacar o dedo do meu marido, bicou ele também, pois ela queria mesmo era acabar com ele. Mas não parou por ai. Peguei uma gaiola menor e separei a fêmea e os filhotes. Certo dia, fui mudar a água, colocar comida, limpar a gaiola, e inadvertidamente, deixei a fêmea fugir. Ela foi embora, abandonando os filhotes, voou e se refez, quis voltar pro ninho, mas não lembrava onde era o andar e foi para na casa da vizinha, que não me devolveu a fêmea. Fiquei observando a cena da área de serviço, sem poder fazer nada. Tentei alimenta-los, mas não deu, coloquei-os dentro da gaiola dos machos. A coisa ficou preta. Eles mataram um a um, não mataram todos de uma vez.
Sabem que aconteceu! Desses cinco filhotes uma era fêmea; essa eles alimentaram até que ela criou penas e saiu da toca. Para felicidade deles tinha uma fêmea novamente no lar. Perdi a paciência e dei os periquitos. Que alivio!
Fatos seguintes. Dei os periquitos, dei os hamsters, devolvi os peixes ao mar, vendi o aquário, dei a tartaruga para o zoológico, e fiquei apenas com a Kika (poodle), que a essa altura havia se tornado numa lady, mais comportada, mas fina, pois atualmente está 10 anos. Mas, até esse momento, ela fez muita travessura. Se suas vontades não fossem satisfeitas, podia contar que viria retaliação.
Resolvi cruza-la e ela pariu três filhotes, dei dois e fiquei com a filha que se chama Belinha que nasceu na mesma época da Belinha de Ana Maria Braga. Aliás, a minha Belinha, que carinhosamente chamamos de Bebe, e ela atende tanto por um como pelo outro, é mais bonita, pois é albina. Tem olhos e focinho castanho. A Belinha também se acha dona do pedaço, e de vez em quando, parte para a ignorância do tipo, rasgar o meu colchão porque ela havia ficado sentida por eu ter batido nela, em decorrência dela de uma arte anterior, por não descido para passear com ela, fez xixi na minha cama. Limpei o colchão, coloquei álcool e sai, quando retornei, ela havia arrancado pedaços. Tive que comprar outro novo. Dessa vez, coloquei-a de quarentena por dois dias sem ter direito a deitar no sofá da sala.
Falando em mãe, a Kika, a Elis sempre deram exemplo de dedicação. A ainda hoje, Kika defende sua cria, se alguém resolver fazer alguma coisa com a Belinha, e olha que ela já está com quatro anos, ela parte para cima do desavisado, vira uma fera. A Belinha é dona do meu segundo filho. E, isso implica que eu não posso se quer, sentar em sua cama. Aliás, eu sou o último recurso que ela procura em caso de aperto. Em compensação, Kika esta sempre ao meu lado. Acho que o nome disso é ciúme.
Mas, algo me chamou a atenção. Do mesmo modo em que vão as últimas conseqüências para defender sua ninhada, para garantir seus direitos, sentem-se no direito da abandonar o ninho. Há muitas mães humanas que fazem o mesmo. Fico pensando, será que temos o direito de critica? Ser mãe tanto no reino animal, quanto no reino do ser humano não é nada fácil. Precisa-se de muita dedicação, amor, desprendimento. Exige-se muito mais do que se pode humanamente agüentar. Inclua nessa lista a paciência, muitas vezes, deixar de usufruir muitas coisas em favor dos da sua casa. Claro que há exceções! Acho que muitas! Mas, essa é outra história
PENSANDO AQUI...
Há algumas outras situações de casos excepcionais, de crianças com dificuldades; outras que chegam de escolas num nível mais baixo; outras que foram excluídas de escolas mais rígidas, que buscam alcançar melhor rendimento e expulsam o grupo problema. Nem sempre é só a família que está ausente, podem existir outros motivos. Tem até aqueles que dizem que pode ser deficiência do professor, que numa boa aula todos prestam a atenção.
Não é um assunto muito da minha área, mas vivi um pouco isso na minha época de escola. Teve um tempo que acho que pertenci a esse grupo de 6, não levava muito a sério, devo ter sido disperso e inconveniente. Eu estudava no Salesiano e fui chamado com outros para uma conversa com os orientadores educacionais, O Padre Elíseo e o Valmor (Psícologo), pessoas muito queridas no colégio. Puxa! Foram bons papos, elas sabiam conversar. Começavam dizendo que éramos meio moleques, mas bons meninos, que acreditavam na gente, e a coisa funcionava.
Foi nessa época, que de 11 matérias, eu estava no vermelho em 7 (no meio do ano), e me dei conta que não era esperto, era um otário (Mané). Ai parti para mudar de rumo, e cheguei no final do ano só em 3, mas tive que repetir. Dai em diante foram só conquistas, com a ajuda de bons professores que existiam, e cheguei na Universidade Federal direto, sem aquele ano de curso vestibular, recuperando o ano que havia perdido. Sempre vale a pena.
Pois é Heli, é uma nobre tarefa a sua, vale a pena acreditar.
Já o nosso amigo Jards pega a turma complicada lá na marginalidade, mais difícil ainda, uma tarefa arriscada, principalmente nos nossos dias. Não conte pra ele, mas lá no fundo, eu torço para ele voltar para a Arquitetura, formação que conquistou na Universidade Federal. Mas essa é uma decisão dele, que nem depende só dele, porque esse mercado de trabalho é muito difícil, competitivo, conquistar um espaço não é nada fácil.
E já que falei de montão nessa minha volta, vou me alongar: Sexta-feira fui ver o O HOMEM-ARANHA. Nossa! Até ele caiu na violência. Foi possuído por uma gosma preta e ficou mau, batendo em todo mundo e até na noiva no meio do salão. O tal do homem areia é um exagero e acho que embolou o meio de campo, o Homem-Aranha não é mais aquele... achei um tédio, não merece mais a noiva. Acho que essa turma das novelas da Globo andou metendo a colher na história do Aranha, o cara ficou complicado, polêmico.
E voltando um pouco ao assunto anterior, ainda dentro do cinema. Fui numa sessão de versão dublada do Aranha, a garotada aprontou no cinema (o grupo dos 6), toda hora tinha confusão, lanterninha, gerente, bate boca, os que reclamam são mais exaltados que a criançada. Sai da confusão, fui acabar de ver o filme no corredor, em pé. Eu sei que a omissão tem culpa nisso tudo que está ai, mas não era minha tarefa, tinha gente especializada para isso. Eu já estou meio velho, tenho os filhos, os netos, pago meus impostos, acho que faço a minha parte, dou o melhor de mim.
Até a ÉTICA está no grupo dos 6, dos 40 ladrões, a turma não pára de crescer. //////////
APARECENDO
Heli,
Feliz dia das mães!
10 maio 2007
TRIÂNGULOS
Leio esse tipo de texto e fico a me perguntar?
Onde foi que eu errei???Hehheh
TRIÂNGULOS
Rubens Portugal
Você pode olhar para uma turma de 1ª a 4ª série de duas maneiras diferentes. Você pode ver,pura e simplesmente, 34 crianças sentadas em suas carteiras com sua professora à frente, ou então 34 triângulos. Cada triângulo consiste na professora em um dos vértices. Nos outros dois vértices, você vê a criança e sua respectiva mãe. Você pode escolher, portanto, uma dessas duas maneiras de ver.
Quando optamos por ver triângulos, significa que temos 34 situações familiares por trás de cada criança. Quando escolhemos simplesmente 34 crianças em suas carteiras, podemos estar desprezando a família como importante fator.
Ausência e irresponsabilidade
Estatisticamente, numa turma com 34 crianças há a média de seis que nos preocupam muito mais do que as demais. O inferno existe, sim: é o dilema que a professora enfrenta diariamente. Ou ela dá atenção redobrada e estressante para os seis peraltas inquietos e desatentos ou cuida dos 28 não preocupantes.
As duas alternativas são traiçoeiras.
As professoras experientes percebem que têm, na verdade, 28 crianças tranqüilas, misturadas com seis triângulos preocupantes. Por quê? Porque no caso das 28, a professora já sabe que as mães existem no imaginário ou no plano afetivo de cada uma delas. No caso das seis problemáticas ou preocupantes, a professora experiente também já sabe que a causa dos problemas está no vértice complicado, a mãe.
Os seis triângulos preocupantes têm, infalivelmente, o vértice crítico na mãe que ou é ausente, ou irresponsável, ou interditada. Não importa saber a causa da ausência, da irresponsabilidade ou da interdição. Importa perguntar como dar a orientação correta para a criança que está desamparada na floresta da vida. Na mitologia romana, Remo e Rômulo, os fundadores de Roma, estavam assim abandonados e foram criados por uma loba, conforme nos conta Virgílio em seu poema épico, Eneida.
Um rumo para os preocupantes
O ideal é tratar as crianças problemáticas individualmente em laboratório psicológico, dando a elas atenção personalizada.
Nas redes públicas do Brasil, é inviável essa solução ideal. Está, pois, nos ombros dos dirigentes escolares encontrar maneiras práticas para ajudar a professora a sair do seu inferno diário. As 28 crianças disciplinadas merecem o melhor da sua atenção e ternura.
Por outro lado, os seis triângulos problemáticos constituem-se em sobrecarga insuportável se não se conseguir oferecer tratamento personalizado, talvez em outros horários (contraturno) para aquelas seis crianças e se não pudermos oferecer assistência familiar adequada para as mães.
O assunto merece a atenção das autoridades educacionais em todos os níveis. Basta lembrar que estamos falando de 7.500.000 Rômulos ou Remos. O poeta romano Virgílio ficaria assombrado diante dessa nossa pretensa mitologia brasileira.
09 maio 2007
O ÚLTIMO CHEQUE
A filha faz 18 anos e o pai está todo feliz por emitir o último cheque da pensão que paga à ex-mulher, há 17 anos e 11 meses.
Pede à filha para levar o cheque e que retorne rapidinho para contar-lhe como ficou a cara da BABACA da mãe dela, ao dizer-lhe que este é o último cheque dele que ela verá.
A filha entrega o cheque à mãe, ouve o que ela diz e volta à casa do pai para dar-lhe a resposta.
- Diga filha, qual foi a reação da BABACA DA SUA MÃE?
- Ela mandou lhe dizer que você não é meu pai.
07 maio 2007
UMA MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL
Está chegando o dia das mães! Todo o ano é a mesma coisa. As propagandas para você gastar seu dinheiro comprando presentes, que na maioria das vezes, está mais para presente de grego, pois compram-se ventiladores, máquinas de várias modalidades e usos, ferros, liquidificadores, vassouras, etc.
E as músicas então! Vocês lembram da música: “mamãe, mamãe, mamãe... eu te lembro chinelo na mão, avental todo sujo de ovo; se eu pudesse, queria outra vez mamãe, começar tudo, tudo, de novo...”, cantada pelo Agnaldo Timoteo. Fala sério! Nem pensar! Que mãe relaxada, provavelmente descabelada, com a camisola da noite que não teve tempo de tirar. Minha nossa, é de arrepiar! Cadê o tempo para a vaidade, para cuidar das unhas, cortar e escovar os cabelos, comprar um vestido dentro do orçamento para deixar de ser a “Catarina renegada” Puxa, que aflição!
Ser esposa, mãe, cuidar da casa, trabalhar fora, estudar, são atribuições que tem sido somada a vida da mulher. No inicio de tudo, quando o homem ainda vivia em “estado de natureza”, como afirma Rousseau, todas as coisas eram comuns. Depois surgiu a sociedade, a necessidade de legitimar a família, para que pudessem deixar seus bens. A partir daí surgiram funções especificas. Pois bem, para a mulher ficou a parte mais pesada. Além de gestar uma criança nove meses, acompanham mudanças físicas que inclue o desgaste físico da mulher, dos enjôos, dos inchaços, das varizes, segue-se horas de dor para que finalmente o mundo possa ver o rosto de seu novo habitante, da depressão pós-parto, a perda das formas, mas, isso não é o fim, é o começo de uma vida de muito trabalho, preocupação, alegrias e tristezas. Nós somos o sexo frágil? Essa não é a minha leitura!
Comecei a fazer o levantamento do dia de uma mãe, cansei só de falar. Imaginem-se vivenciar essa rotina. Levanta entre as 5 e as 6 horas da manhã, corre para cozinha, faz o café, cuida dos filhos menores, apronta-os para a escola, prepara o lanche, tomam café, descem apressados, entram no carro, ou vão para o ponto de ônibus, deixa as crianças, volta para casa, lava os pratos do café, arruma a cozinha, coloca a roupa na máquina, varre a casa, forra as camas, tira a poeira dos moveis, corre para a cozinha, começa a preparar o almoço, enquanto isso corre e estende a roupa, retorna ao fogão, termina o almoço, corre para pegar as crianças na escola, chegam em casa, almoçam todos. E, ela continua: lava os pratos, arruma a cozinha, vai descansar, porque ninguém é de ferro. Levanta, prepara o café enquanto ensina as tarefas das crianças. No dia de passar toda a roupa lavada? Lavar o fardamento escolar, então? Nem a super Nany dá conta. E quando eles adoeciam?
Quando a mãe que trabalha fora, dobram-se os encantos. A pobre vitima da natureza carrega consigo a culpa de não estar presente nas horas mais importantes, como a primeira palavra, quando começaram a andarem sozinhos, e tantos outros momentos, cuja preocupação aumenta, por medo de ver seu filho criado pela empregada, ou passar o dia numa escola, porque é preciso trabalhar para dar, para ter, para usufruir o melhor.
O tempo vai passando, eles vão crescendo, e as preocupações vão mudando. Agora, eles já fazem as tarefas sozinhos, tomam banho, vestem-se, arrumam o quarto quando dá na telha, mas, agora a preocupação é com o horário em que chegaram em casa, diante da marginalidade e insegurança em que estamos vivendo. Vêm os namorados e namoradas, os sentimentos, os hormônios, os medos que acompanham os pais. Deles também! Os filhos crescem, mas as preocupações também! Passamos à vida orando, incentivando, alertando, corrigindo, orientando, brigando com eles e por eles. Cada mãe tem dentro de si, o espírito de uma leoa capaz de atacar aqueles que ousarem mexer com a sua ninhada.
Aí, um belo dia, sua prole cresceu o suficiente para encontrar alguém e decidem fazer o mesmo que você e seu marido fizeram. Com o passar do tempo, você antes tão necessária, agora se vê esquecida, como um trapo velho, sendo visitada a cada mês. Aquela jovem do passado que criou, cuidou para que esses filhos crescessem com saúde, tivessem o melhor, freqüentassem boas escolas, que passou horas ensinando as tarefas da escola, outro tanto no fogão, outro tanto limpando, espanando, lavando para que eles crescessem sadios e felizes. Hoje está velha, cansada de guerra, vivendo do saudosismo, queixando-se das dores que acompanham a velhice. Pelo menos hoje temos as filmadoras, as fotos digitais, o MSN para matar a saudade. Ah! Agora somos chamadas de sogra. Nossa que coisa mais horrorosa! Tem piada para todos os gostos: “sogra não pode morar nem tão perto, nem tão longe...”
Precisamos olhar para os idosos ao nosso redor para nos certificarmos que, se tivermos chance de envelhecer, talvez tenhamos as mesmas dores, a mesma sensação de abandono, etc. Qual é a sua idade? Olhe para o lado, veja a idade do seu vizinho, e me fale sobre a sua postura?
Quanto a mim, estou deixando o borralho, fiz uma dieta, fui para academia, despedi a empregada, para poder paga-la, depois resolvi estudar, ai despedi a faxineira, sai da Academia e, engordei de novo! Agora, sou estudante, cuja finalidade é passar em algum concurso. Os analistas econômicos afirmam que no futuro não haverá mais emprego. Eu espero que o emprego não acabe tão cedo, pois eu preciso de um. Atualmente, vivo de fazer bico. Imaginem! Aos 50 anos, tenho um mestrado, uma pós-graduação, três graduações e não arrumo emprego. Em compensação já escrevi dois livros, e um terceiro a caminho. Até 2001 Eu era doméstica. Hoje abomino a faxina, abandonei o ferro, e tenho feito discursos homéricos para que os de casa me ajudem.
Aprendi a usar a máquina do tempo. Chamo de máquina do tempo, pois a internet encurtou as distancias, reduziu o tempo de comunicação, aproximou as pessoas quando estão em longas distancias. Ah! Ia esquecendo, para aprender a usá-la comecei como todo mundo começa, catando milho, e quando pedia ajuda, meus filhos diziam: “mãe Ti vira”. Ta bom ou quer mais? Eu espero ficar bem velhinha com weblog, orkut, e-mail, sites para escritoras amadoras e o que mais aparecer.
Esperavam um discurso meloso, cheio de lagrimas da velha? Isso nem me passou pela cabeça! Não sou de comemorar dias como das mães, da mulher, do negro, do índio, do idoso, da sogra, pois quem tem dia no calendário faz parte da lista dos excluídos, e eu persigo a inclusão direta e efetiva.
Agora, desejo para todas as mães, as que estão a caminho, e as que sonham com a maternidade. Espero que o próximo dia 13 de Maio seja o dia da libertação, não só dos negros, mas de todos os oprimidos, incluindo as mães. Almocem juntos, troquem presentes. Afinal, a vida é breve e precisamos de momentos como esses para estreitar relações, estabelecer comunhão, e aproveitar o momento para expressar nosso afeto, e apreço por todos os que estão ao nosso redor!
BOM DIA DAS MÃES EM FAMÍLIA!
Cristina Nóbrega
06 maio 2007
05 maio 2007
04 maio 2007
CPI DO APAGÃO
Encontro com os amigos do blog lá, eu quero a minha de calabreza, Coca Cola com gelo e limão.
03 maio 2007
O papa e os mendigos da Sé
O papa e os mendigos da Sé
Roberto Malvezzi*
O delegado responsável pela segurança de Bento XVI decidiu varrer os mendigos da Sé para segurança do papa. Esse fato me chamou a atenção porque foi ali, com os mendigos da Sé, que eu e outros colegas fizemos nosso batismo na “opção pelos pobres”. Um deles é o Ruben Siqueira, da CPT do São Francisco.
Na década de 1970, através da OAF (Organização do Auxílio Fraterno), nós andávamos pelas madrugadas de São Paulo encontrando com o povo da rua. Naquela época, era apenas uma conversa e uma sopa. Mas foi a partir da sopa que as irmãs que faziam o trabalho acharam que, apesar da condição de indigência, aquelas pessoas mantinham sua dignidade e capacidade de reação. Foi proposto, então, um encontro com elas. E o encontro aconteceu numa velha casa ali pelas imediações da Sé. Compareceram umas cinqüenta pessoas que viviam nas ruas. No dia do encontro, estava entre o povo da rua o missionário americano Lourenço, que vivia nas ruas de Recife e havia sido preso pelo regime militar. Foi solto quando da visita de Jimmy Carter. D. Hélder havia dito a respeito dele: “Para entender esse trabalho é preciso ter olhos que vejam e coração que sinta”.
Depois compareceu ao encontro D. Evaristo Arns. Ficou ali umas duas horas, conversou com o pessoal e disse uma frase que até hoje não me esqueço: “Rezo por vocês todas as noites, principalmente quando está muito frio, para que o sofrimento de vocês não seja tão terrível”.
Depois, durante a missa, alguém perguntou a eles se iam à missa. Um deles respondeu: “Eu vou, mas quando entro o pessoal me expulsa da Igreja”. O outro completou: “Quando está muito frio, eu vou ali no pátio do mosteiro passar a noite, mas os monges jogam água fria na gente para expulsar a gente de lá”.
Bom, depois viemos morar no sertão; afinal, quem morava debaixo das pontes era o “Ceará, o “Paraíba”, o “Pernambuco”, o “Baiano” etc. Portanto, o problema começava longe das pontes e viadutos de São Paulo. O trabalho com o povo da rua evoluiu muito e hoje temos a pastoral do povo da rua organizado no Brasil inteiro.
Talvez seja mais seguro e mais cômodo fazer a segurança do papa afastando os mendigos de seu convívio. Eles importunam. Talvez seja mais fácil que apenas os banhados, perfumados e bem-vestidos se aproximem de Bento XVI. Porém, embora o papa pareça uma pessoa simples e generosa, seria bom que ele tivesse contato com os mendigos. Eles poderiam, por exemplo, estar na primeira fila da missa que será celebrada na catedral. O papa iria ver que eles fazem parte da paisagem da cidade e de todo continente latino-americano. Ainda mais que eles são um desafio evangélico e pastoral para a Igreja. O pessoal põe o papa numa redoma de vidro, longe da realidade dura da vida. Ele, que é um intelectual fino e europeu, com pouca vivência pastoral, teria a mesma chance de D. Helder, D. Arns, Lourenço etc. de ver como é dura a vida dos pobres latino-americanos.
Enfim, pode ser mais fácil para a segurança e menos incômodo para os bem-vestidos que os mendigos estejam longe do evento. Mas seria infinitamente mais cristão que eles estivessem presentes.
* Roberto Malvezzi, o Gogó, é coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Fonte: http://www.correiocidadania.com.br/artigos/politica/o-papa-e-os-mendigos-da-se.html
02 maio 2007
NOTÍCIAS DE SAMPA
Estão pensando que é sacanagem? Prestem a atenção nas notícias.
Aliás o Papa disse hoje, em português (demais!), que o Brasil é uma 'grande nação' (um espetáculo).