13 maio 2007

PENSANDO AQUI...

Esse texto do triângulo, dos vértices, das 34 crianças e 6 problemáticas, da ausência da família, foi colocado pelo autor de forma bem realista, até com um pouco de frieza. É uma verdade, uma constatação, um fator muito estressante para toda a turma, para o professor principalmente, responsável pela turma. Difícil aturar uma aula interrompida a todo o instante.
Há algumas outras situações de casos excepcionais, de crianças com dificuldades; outras que chegam de escolas num nível mais baixo; outras que foram excluídas de escolas mais rígidas, que buscam alcançar melhor rendimento e expulsam o grupo problema. Nem sempre é só a família que está ausente, podem existir outros motivos. Tem até aqueles que dizem que pode ser deficiência do professor, que numa boa aula todos prestam a atenção.
Não é um assunto muito da minha área, mas vivi um pouco isso na minha época de escola. Teve um tempo que acho que pertenci a esse grupo de 6, não levava muito a sério, devo ter sido disperso e inconveniente. Eu estudava no Salesiano e fui chamado com outros para uma conversa com os orientadores educacionais, O Padre Elíseo e o Valmor (Psícologo), pessoas muito queridas no colégio. Puxa! Foram bons papos, elas sabiam conversar. Começavam dizendo que éramos meio moleques, mas bons meninos, que acreditavam na gente, e a coisa funcionava.
Foi nessa época, que de 11 matérias, eu estava no vermelho em 7 (no meio do ano), e me dei conta que não era esperto, era um otário (Mané). Ai parti para mudar de rumo, e cheguei no final do ano só em 3, mas tive que repetir. Dai em diante foram só conquistas, com a ajuda de bons professores que existiam, e cheguei na Universidade Federal direto, sem aquele ano de curso vestibular, recuperando o ano que havia perdido. Sempre vale a pena.
Pois é Heli, é uma nobre tarefa a sua, vale a pena acreditar.

Já o nosso amigo Jards pega a turma complicada lá na marginalidade, mais difícil ainda, uma tarefa arriscada, principalmente nos nossos dias. Não conte pra ele, mas lá no fundo, eu torço para ele voltar para a Arquitetura, formação que conquistou na Universidade Federal. Mas essa é uma decisão dele, que nem depende só dele, porque esse mercado de trabalho é muito difícil, competitivo, conquistar um espaço não é nada fácil.

E já que falei de montão nessa minha volta, vou me alongar: Sexta-feira fui ver o O HOMEM-ARANHA. Nossa! Até ele caiu na violência. Foi possuído por uma gosma preta e ficou mau, batendo em todo mundo e até na noiva no meio do salão. O tal do homem areia é um exagero e acho que embolou o meio de campo, o Homem-Aranha não é mais aquele... achei um tédio, não merece mais a noiva. Acho que essa turma das novelas da Globo andou metendo a colher na história do Aranha, o cara ficou complicado, polêmico.

E voltando um pouco ao assunto anterior, ainda dentro do cinema. Fui numa sessão de versão dublada do Aranha, a garotada aprontou no cinema (o grupo dos 6), toda hora tinha confusão, lanterninha, gerente, bate boca, os que reclamam são mais exaltados que a criançada. Sai da confusão, fui acabar de ver o filme no corredor, em pé. Eu sei que a omissão tem culpa nisso tudo que está ai, mas não era minha tarefa, tinha gente especializada para isso. Eu já estou meio velho, tenho os filhos, os netos, pago meus impostos, acho que faço a minha parte, dou o melhor de mim.
Até a ÉTICA está no grupo dos 6, dos 40 ladrões, a turma não pára de crescer. //////////

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