Desencanto
Eu faço versos como quem chora
De desalento. . . de desencanto. . .
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente. . .
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
– Eu faço versos como quem morre.
2 comentários:
Lindos versos Dulce!
Tristes, mas muito envolventes.
Heli,
você já repaou que há sempre beleza quando a poesia é triste? É porque é escrita com a alma, com os sentimentos que oprimem o poeta...
bja.
Postar um comentário