Soneto da separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente
2 comentários:
Dulce.
Acho lindo esse poema do Vinícius!
Que bom que você está sempre por aqui...
Estou novamente sem o meu computador e sem tempo para "blogar"(rs)
beijos
Heli
Estava mesmo estranhando sua ausência. Você faz falta, menina!...
Espero que volte logo.
beijos
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