
Espaço disponível para que todos possam "chegar junto" com textos, fotos, artigos, links...
28 março 2010
27 março 2010
Menina 23.225 e outros direitos
"Trata-se de uma questão de direitos humanos, mas não do tipo que a imprensa adora noticiar e comentar: uma menina de onze anos é internada no Hospital Psiquiátrico Pinel..."
Clique no título para ler o texto completo.
23 março 2010
Computador
Estou sentindo muita falta do computador em casa, mas em breve isso será resolvido.
Deixo um abraço carinhoso a todos que nos visitam e um agradecimento especial ao Ney, que continua mantendo o blog, com suas fotos e comentários.
NAMORADEIRAS

Foto ney.
Tão bonitas as namoradeiras, com seus olhares românticos, perdidos e distantes, olhando a vida passar. Decoram, encantam, ocupam, às vezes, lugares de destaque em galerias, artistas famosos vendem peças caríssimas. Muito procuradas em Minas Gerais, Goiás, Vale do Jequitinhonha e outras regiões.
Alguns falam em possíveis preconceitos, como dizem que vendemos a imagem de país do samba e do futebol, mas a arte está sempre acima desses entendimentos, e se expressa livremente. (ney)
21 março 2010
LAGO MUDO

Fotos ney - Lagoa de Piratininga - Niterói-RJ (Brasil).
Lago Mudo (Fernando Pessoa)
Contemplo o lago mudo, que uma brisa estremece. Não sei se penso em tudo, ou se tudo me esquece. O lago nada me diz, não sinto a brisa mexê-lo, não sei se sou feliz, nem se desejo sê-lo. Trêmulos vincos risonhos, na água adormecida. Por que fiz eu dos sonhos, a minha única vida?
20 março 2010
OUTONO

CANÇÃO DE OUTONO (foto ney)
Perdoa-me, folha seca, não posso cuidar de ti. Vim para amar neste mundo, e até do amor me perdi. De que serviu tecer flores pelas areias do chão, se havia gente dormindo sobre o próprio coração? E não pude levantá-la! Choro pelo que não fiz. E pela minha fraqueza é que sou triste e infeliz. Perdoa-me, folha seca! Meus olhos sem força estão velando e rogando áqueles que não se levantarão... Tu és a folha de outono voante pelo jardim. Deixo-te a minha saudade - a melhor parte de mim. Certa de que tudo é vão. Que tudo é menos que o vento, menos que as folhas do chão... Cecília Meireles
19 março 2010
Ausência.
Vou deixar um pensamento de Rubem Alves para marcar minha breve presença por aqui.
CASAS SIMPLES

foto ney. Foi uma aventura e tanto esse longo caminhar, que explica um pouco esse blog miscelânea de assuntos, já que foram momentos diversos.
Tudo começou na Rua Paissandu das belas residências e palmeiras, onde passava o Presidente com seus batedores para o Palácio do Governo bem próximo. O Rio era Capital do Brasil, morávamos numa vila de casas bem antigas. Depois fomos para Nilópolis, na época subúrbio do Rio, o ir e vir nos trens da Rede Ferroviária Central do Brasil. “Casas simples com cadeiras na calçada, na fachada escrito em cima que era um lar...” (Gente Humilde – Chico Buarque).
Já em Niterói passamos dos trens para as barcas atravessando a Baía da Guanabara. Bons tempos das ruas, jogo de bola, pipas, anos dourados, bailes de formatura. Depois 1 ano de Exército, a faculdade de Economia, 5 anos em SAMPA, os filhos, netos, a aposentadoria. Desejo que ainda tenha chão. E vamos nós seguindo, amando, aprendendo, trocando, crescendo.
Existe muita magia e poesia nesses cotidianos, o som dos trens nos trilhos, das barcas apitando, as bandas tocando nos coretos das pracinhas, os namoros, encontros e desencontros, tudo isso vai ficando e refletindo nas águas do tempo, e nos dizendo em muitos momentos, compondo a música da vida. (ney)
17 março 2010
MINHA HISTÓRIA (clique aqui)

MINHA HISTÓRIA - Chico Buarque
(fotos ney)
Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar
Eu só sei que falava e cheirava e gostava de mar
Sei que tinha tatuagem no braço e dourado no dente
E minha mãe se entregou a esse homem perdidamente
Ele assim como veio partiu não se sabe pra onde
E deixou minha mãe com o olhar cada dia mais longe
Esperando, parada, pregada na pedra do porto
Com seu único velho vestido cada dia mais curto
Quando enfim eu nasci minha mãe embrulhou-me num manto
Me vestiu como se fosse assim uma espécie de santo
Mas por não se lembrar de acalantos, a pobre mulher
Me ninava cantando cantigas de cabaré
Minha mãe não tardou a lertar toda a vizinhança
A mostrar que ali estava bem mais que uma simples criança
E não sei bem se por ironia ou se por amor
Resolveu me chamar com o nome do Nosso Senhor
Minha história é esse nome que ainda hoje carrego comigo
Quando vou bar em bar, viro a mesa, berro, bebo e brigo
Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz
Me conhecem só pelo meu nome Menino Jesus
16 março 2010
ESPIRITUALIDADE

foto ney - Igreja São Francisco Xavier - Niterói-RJ.
A vida é um constante aprender, perceber, constatar, que se torna um conhecimento quando formamos uma idéia clara e definida na consciência. São muitas correrias, circunstâncias, nem sempre podemos refletir, encontrar a melhor harmonia espiritual e física. Além disso, sofremos influências de pessoas próximas e do pensamento universal ao longo do tempo.Dos preceitos religiosos foi dito que eu deveria acreditar em todos, como dogmas, mesmo que a missa fosse em Latim. Adorar a Deus, meus pais só poderia amar. Mas tudo bem, em se tratando de amor eu não ia complicar. Estudei em colégio católico, mas convivi bem com todos a minha volta. De um modo ou de outro, cheguei numa espiritualidade de paz e amor, sem verdades absolutas. A foto foi só um dos jeitos de dizer desses sentimentos, o que mais conheci, mas devem todos nos libertar e fazer amar. (ney).
15 março 2010
CHUVA E APAGÃO

12 março 2010
CHEGANDO JUNTO NUMA BOA CONVERSA
GRANDE PAI

ROUPAS NO VARAL II
Depois fomos morar distantes do centro do Rio (Nilópolis), ramal dos trens da rede ferroviária Central do Brasil. A casa bem simples tinha um bom terreno, e para ajudar meu pai nas despesas, minha mãe plantava de tudo no quintal, que vendia também na vizinhança. Lavava roupa para fora, carregávamos as trouxas na cabeça para levar do outro lado da estação, na parte mais nobre da cidade. Depois comprou uma máquina e ficou só na costura, atendendo as encomendas dos alfaiates.
Tenho fotos brincando de correr entre as roupas penderadas no varal, então ficaram na memória essas imagens e bons momentos de criança, cercado de muito amor. (ney).
OS POEMAS
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mario Quintana - Esconderijos do Tempo
11 março 2010
10 março 2010
ROUPAS NO VARAL

Fotos ney.
Somos um Brasil de muitas aquarelas, exaltando nossas qualidades e grandiosidades, como a do "Brasil Brasileiro" de Ary Barroso. Criticas existem sobre esse ufanismo, esse modo encantado de falar de nossas belezas e riquezas, já que atendem aos oportunismos políticos, econômicos e sociais, explorando o entusiasmo e a boa fé do nosso povo.
Mas acho que é mesmo nosso jeito de ser, de dizer com música e poesia, todo nosso encanto por essa imensa diversidade. "E assim fizemos dela um palco iluminado... nossas roupas comuns dependuradas, qual bandeiras agitadas, parecendo um estranho festival. Festa dos nossos trapos coloridos, a mostrar que nos morros mal vestidos, é sempre feriado nacional. A porta do barraco era sem trinco, mas a lua furando nosso zinco, salpicava de estrelas nosso chão. Tu pisavas nos astros distraída, sem saber que a ventura desta vida, é a cabrocha, o luar e o violão (chão de estrelas - Silvio Caldas e Orestes Barbosa).
Nota: Era assim em nossa casa com quintal, os varais de arame sustentados por longos bambus, a roupa pendurada secando no sol e no vento. Na hora da chuva era uma correria para se recolher toda a roupa. E ficou essa imagem de infância. (ney).
A NATUREZA


Fotos e texto ney.
Dentro daquele lago de águas calmas, vi o reflexo de frondosas árvores e exuberantes folhagens; os pingos da chuva formando círculos concêntricos, delicadas e vibrantes ondulações em movimentos harmoniosos. Nele flutuavam fôlhas secas, pequenos insetos executavam seu balé sobre as águas, galhos despontavam de suas profundezas. Lá bem alto a imensidão do céu azul, as nuvens brancas. Ouvi o canto dos pássaros, a música da natureza, senti a brisa fresca, o aroma das flores. E lá estava também a minha sombra, a luz do flash cintilou nas águas do tempo, gravei na memória e na imagem digital os lindos momentos da natureza. Viva a grandeza da Criação! Ney.
09 março 2010
08 março 2010
A ESSÊNCIA HUMANA (clique aqui)

Realidade, verdade, sonho, magia, mistério, criação, vida e amor. Sentir, observar, ler, constatar, conscientizar. Ser um eterno aprendiz, deixar fluir os sentimentos, conhecimentos, a ciência, a razão, o crescimento, a luz, o movimento, a energia, a simplicidade de ser, de sonhar, fantasiar, de se deixar encantar.
Gostei muito do texto (link acima/Título), do Professor Jucimar Gomes de Souza.
06 março 2010
VÔOS DA VIDA

Fotos ney. Clique para ampliá-las. Enquanto uma abelha vibra suas asas 4 vezes por segundo e muitos mosquitos imprimem até 8 batidas, a libélula bate suas asas 50 vezes por segundo, podendo mesmo planar. Sorte minha ter fotografado esses lindos momentos. Ah, e muita paciência, mas valeu a pena.
É linda a vida que voa livre
E sempre sem ter fim.
Descortinando caminhos
Que em meio à poesia
Um dia trouxeram você pra mim.
É lindo o sonho que eu vivi
Junto a você que dorme agora
Enquanto eu, olhando a aurora,
Estou pensando em ti.
Trecho da Música Vôos da vida - Toquinho/Mutinho.
03 março 2010
PAIXÃO POR CINEMA

Obrigado sétima arte por nos encantar a vida. Foi amor a primeira vista, que começou desde muito criança, e cujo THE END final espero que demore ainda muitos anos.
Para mim começou na rua, era o Cine Propaganda Fluminense – seu proprietário colocava uma tela sobre a capota do JEEP, e toda a vizinhança trazia suas cadeiras de casa, as crianças sentavam no chão. Patrocínio do Cicle São Bento, lembro ainda da música da propaganda: Pedalando, pedalando, a favor ou contra o vento, numa linda bicicleta do Cicle São Bento.
Tarzan era o grande herói da noite, lutando contra os malvados caçadores e enfrentando os crocodilos, salvando a bela JANE com a ajuda da Chita e demais animais. Seu grito ecoava por toda a floresta... ooooooooooooh. O coitado nem imaginava que os homens e suas serras iriam destruir quase todas as florestas.
Era no DIA DA CRIANÇA que o Cinema Mandaro abria suas portas gratuitamente para os alunos do colégio onde eu estudava. Ao som de Moonlight Serenade (Glenn Miller), as cortinas abriam-se lentamente. Nesse dia festivo não havia lanterninha que conseguisse colocar ordem no recinto. O Gerente acendia a luz e era um silêncio total, quando apagava voltava a bagunça. Doces lembranças, pena que todo ano era o mesmo filme – O Conde de Monte Cristo. Nas manhãs de domingo o festival Tom & Jerry, Flash Gordon no Planeta Marte.
Chaplin, Gordo e Magro, logo vieram os grandes estúdios de Hollywood, o telão do Cinemascope, as belas estrelas do cinema. Os musicais, os bang bang do faroeste, Walt Disney e suas princesas, o cinema italiano, francês, as chanchadas brasileiras.
O filme CINEMA PARADISO nos diz bem de todos esses encantos. Até a próxima sessão. (ney).
02 março 2010
Todas as opiniões que há sobre a Natureza
Nunca fizeram crescer uma erva ou nascer uma flor.
Toda a sabedoria a respeito das coisas
Nunca foi coisa em que pudesse pegar, como nas coisas.
Se a ciência quer ser verdadeira,
Que ciência mais verdadeira que a das coisas sem ciência?
Fecho os olhos e a terra dura sobre que me deito
Tem uma realidade tão real que até as minhas costas a sentem.
Não preciso de raciocínio onde tenho espáduas.
Alberto Caeiro(heterônimo de Fernando Pessoa)
01 março 2010
ÁGUAS DE MARÇO... (clique aqui)

foto ney - clique para ampliá-la.
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol. .
Vento ventando, chuva chovendo, pingo pingando... pau, pedra, fim, caminho, resto, toco, pouco, sozinho
caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol...
27 fevereiro 2010
BONDE DA VIDA

Nos tempos dos bondes e lotações, jogávamos bola na rua, o famoso “racha”. Os gols (balizas), ficavam entre um poste, ou árvore, e o muro de uma casa, cada gol em calçadas opostas. Passava um carro ou outro, geralmente táxi. Eram aqueles automóveis antigos americanos, tão grandes que dava até para dar uma festa dentro deles.
Quando vinha uma pessoa idosa logo um falava: - Pára a bola!
Se a bola caía numa casa, a gente batia palmas no portão: - Moça, posso pegar a bola no seu quintal? Mas isso já em cima do muro, ou já tendo pulado a grade, ou o portão (quando não tinha cachorro). Tinham aqueles que passavam a faca na bola e devolviam a pelota furada, rindo da gente. Desses nem vou falar, eram mesmo ignorados pela vizinhança.
Mas jogávamos também nos inúmeros terrenos baldios, que viravam campos de futebol. Logo inventávamos de chamar de Associação Atlética ou Futebol Clube alguma coisa, às vezes comprávamos até um jogo de camisas, fazendo uma “vaquinha”, cada um dando um tanto.
Para ser titular, jogar no primeiro time, tinha que ter futebol no pé, ou então ser o dono da bola, esse era sempre o primeiro a ser escalado (rs). Não fui daqueles de chamar a bola de Vossa Excelência, tinha até uma certa habilidade e controle, mas não o suficiente para ser titular absoluto, ficava MUITAS vezes na reserva, ou na reserva do reserva, ou jogava no segundo time, talvez no terceiro...
O outro dia eu estava falando com ELE, em pensamento, num papo informal, dizendo que como bom brasileiro gostaria de ter tido um pouquinho mais de bola e samba no pé. Não estava reclamando não, só trocando uma idéia. Puxa! Chegar aqui já foi bastante, e ainda conquistei um espaço digno.
O bonde da vida passa rápido, troquei a pista e o campo pela arquibancada, o samba e a bola pelo chinelo no pé, mas com ânimo vou seguindo essa viagem com a mesma alegria. Ah! Se o bloco passar, tiro o chinelo e caio na folia. (ney)
TRIATHLON EM NITERÓI NESTE FIM DE SEMANA (clique aqui)
26 fevereiro 2010
NEOLOGISMO
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.
Petrópolis 25/2/1947
Manuel Bandeira
25 fevereiro 2010
POR DO SOL
CHUVA

foto ney (aqui da janela).
Ah! Eu nem acredito. Depois de tanto sol e calor de 40º, ou bem mais, finalmente um dia fresco, chuva fina.
Nunca pensei que fosse gostar de chuva e frio, mas estava demais o calor. E ainda tem as águas de março.
Alma lavada.
Cheiro de terra molhada
Chuva de verão. (Maria Angélica Shiotsuki)
Essa imagem me faz lembrar a música ESTRADA DO SOL - Dolores Duran/Tom Jobim:
É de manhã, vem o sol mas os pingos da chuva que ontem caiu... Ainda estão a brilhar, ainda estão a bailar ao vento alegre que nos tráz esta canção. (ney)
23 fevereiro 2010
Katarina Witt (clique aqui)
São muitos vídeos de suas notáveis apresentações (youtube). Clique no TÍTULO acima (link).
Jogos olímpicos trazem integração, paz, saúde, alegria para o mundo, prosperidade para as cidades sedes, incentivam os jovens ao esporte. Para o Rio de Janeiro foi bastante positivo sediar o PAN, como serão para o Brasil o Mundial de Futebol e as Olimpíadas. O uso desses recursos não prejudicam a economia, ao contrário, geram empregos e crescimento. O desvio de verbas, a corrupção, esses sim prejudicam a sociedade. (ney).
22 fevereiro 2010
PASSAGEM

Chegamos bem devagar, flutuando em águas calmas e protegidas, durante os 9 meses de viagem nem nos damos conta dos acontecimentos, até que percebemos um clarão, ouvimos sons, e um pouco assustados choramos diante do desconhecido.
Logo aprendemos a andar, nadar, mergulhar, a superar as tempestades e calmarias, a seguir os bons ventos, as correntes favoráveis, aproveitar as melhores ondas.
De início, era um navegar sob comando único, mas os tempos mudaram, toda a tripulação passou a conduzir o barco da vida, evitando adernar, ficar à deriva, muito menos afundar.
Estamos aprendendo a resolver os possíveis motins a bordo com liberdade, sem verdades absolutas.
São tantas aventuras... uma imensidão de terra e mar, montanhas, ilhas, rios, estrelas; os portos seguros que encontramos, a terra firme, o sol a nos acordar, a lua a nos fazer sonhar.
Que possamos seguir em frente buscando os melhores caminhos na grandeza da Criação. (ney)
20 fevereiro 2010
Versos de criança.

Vai já pra dentro estudar!
É sempre essa lengalenga
Quando o que eu quero é brincar...
.
Eu sei que aprendo nos livros,
Eu sei que aprendo no estudo,
Mas o mundo é variado
E eu preciso saber tudo!
.
Há tempo pra conhecer,
Há tempo pra explorar!
Basta os olhos abrir,
E com o ouvido escutar.
.
Aprende-se o tempo todo,
Dentro, fora, pelo avesso,
Começando pelo fim
Terminando no começo!
.
Se eu me fecho lá em casa,
Numa tarde de calor,
Como eu vou ver uma abelha
A catar pólen na flor?
.
Como eu vou saber da chuva
Se eu nunca me molhar?
Como eu vou sentir o sol,
e eu nunca me queimar?
.
Como eu vou saber da terra,
Se eu nunca me sujar?
Como eu vou saber das gentes,
Sem aprender a gostar?
.
Quero ver com os meus olhos,
Quero a vida até o fundo,
Quero ter barros nos pés,
Eu quero aprender o mundo!
.
19 fevereiro 2010
O Amor

Pegadas na areia

Sonhei que estava andando na praia com o Senhor,
E através do Céu, passavam cenas de minha vida.
Para cada cena que passava, percebi pegadas na areia;
Uma era minha e a outra do Senhor.
Quando a última cena de minha vida passou diante de nós,
olhei para as pegadas na areia,
Notei que muitas vezes no caminho da minha vida
havia apenas um par de pegadas na areia.
Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis
da minha vida.
Isso aborreceu-me deveras e perguntei então ao Senhor:
- Senhor, Tu me disseste que,
uma vez que eu resolvi Te seguir,
Tu andarias sempre comigo, todo o caminho,
- Mas notei que nos momentos das maiores tribulações do meu viver havia na areia dos caminhos da vida, apenas um par de pegadas.
- Não compreendo...
Porque nas horas em que eu mais necessitava Tu me deixastes?
O Senhor respondeu :
- Meu precioso filho, Eu te amo e jamais te deixaria nas horas da tua prova e do teu sofrimento.
Quando vistes na areia apenas um par de pegadas,
foi exatamente aí que:
EU TE CARREGUEI EM MEUS BRAÇOS!
18 fevereiro 2010
ACEITAR
é o primeiro passo para construir a unidade.
Harmonia entre iguais é tarefa fácil,
entre opostos, um desafio.
Opiniões diferentes podem criar discórdia,
ou enriquecer o produto final,
depende da visão e do nível de altruísmo.
Sustentar a unidade é apreciar o valor do conjunto,
e a singular contribuição de cada um,
permanecendo leal, não apenas uns com os outros,
mas também à meta estabelecida."
Desconheço o autor
17 fevereiro 2010
16 fevereiro 2010
CIDADE FANTASMA II
E o calor está infernal, talvez o dia mais quente do ano... tá feia a coisa.
Quarta-feira de cinzas

foto ney
Toda a terra está envolta nas neblinas e a friagem se difunde pelo espaço...
- longe se ouve, em cadência, passo a passo
o caminhar dos boêmios nas esquinas...
Pela sombra - as estrelas pequeninas
com sono, tem o olhar nevoento e baço...
No silêncio da noite ouço o compasso
do sereno a pingar das serpentinas...
Algum bando tardio passa adiante
- e deixa pela noite uma batida
de samba em agonia - estrebuchante...
Quarta-feira de cinzas já amanhece,
- mais outro carnaval em minha vida,
vida que há muito um carnaval parece!...
J.G. de Araujo Jorge
AMOLADOR DE FACAS, TESOURAS (vídeo aqui)

foto ney - eu amolador (rs).
Uma faca é $10 mil réis, ou 10 cruzeiros, pratas, contos, cruzados, reais. É uma longa história no curso de muitas moedas que tivemos, o amolador com seu carrinho de roda, pedal, correia de couro e esmeril. Para chamar a clientela ele pára em cada esquina, passa uma lâmina de aço no esmeril, tocando hinos de clubes de futebol e outras músicas.
Uma é 10, duas é vinte, promoção de carnaval, vai nessa?
CIDADE FANTASMA
O Rio tem dado muitos sinais de revitalização do carnaval de rua. Tomara que continue assim, porque viajar também está ficando difícil com as estradas cheias. Desde a minha juventude, muitos preferiam atravessar a Baía da Guanabara para brincar no Rio. (ney).
15 fevereiro 2010
CARNAVAL
14 fevereiro 2010
Nós no bloco dos sujos (clicar aqui)

http://fabiomozart.blogspot.com/
13 fevereiro 2010
MINHA BICICLETA FOI NO RITMO DO SAMBA (Clique aqui - vídeo e som)
http://www.blogger.com/video-play.mp4?contentId=7b5d97b50e1e003c&type=video%2Fmp4
CARNAVAL

Quadro Andre, meu filho (clique para ampliá-lo).
Gosto dessa alegria contagiante, desses blocos pelas ruas, samba, batucada, fantasia. Nem preciso de bebidas, vou no embalo, no ritmo, nos sentidos.
Mas veio a idade, as transformações, vamos nos entendendo melhor numa harmonia corpo e alma, a exigir menos corpo, e sem desassossegos grandes (usando as palavras de Fernando Pessoa). Mas está tudo vivo na essência, na incandescência, no amor e no encanto pela vida. (ney).
12 fevereiro 2010
Carnaval 2010

Poderia escrever um texto cheio de rabugice mas não vou. Psicoterapia faz efeito sim!
O Carnaval está aí! Com Globo, engarrafamento, falta d'água e outras mazelas.
Plagiando Adriana Partimpim:
"No carnaval todo mundo pode
Todo mundo pode
Todo mundo pode
pode tudo."
Então vamos brincar o Carnaval com muita alegria. Depois (dele) eu volto. Inteirão, dessa vez, inteirão.
Noite dos Mascarados
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
- Quem é você?
- Adivinha se gosta de mim
Hoje os dois mascarados procuram os seus namorados perguntando assim:
- Quem é você, diga logo...
- ...que eu quero saber o seu jogo
- ...que eu quero morrer no seu bloco...
- ...que eu quero me arder no seu fogo
- Eu sou seresteiro, poeta e cantor
- O meu tempo inteiro, só zombo do amor
- Eu tenho um pandeiro
- Só quero um violão
- Eu nado em dinheiro
- Não tenho um tostão...Fui porta-estandarte, não sei mais dançar
- Eu, modéstia à parte, nasci prá sambar
- Eu sou tão menina
- Meu tempo passou
- Eu sou colombina
- Eu sou pierrô
Mas é carnaval, não me diga mais quem é você
Amanhã tudo volta ao normal
Deixa a festa acabar, deixa o barco correr, deixa o dia raiar
Que hoje eu sou da maneira que você me quer
O que você pedir eu lhe dou
Seja você quem for, seja o que Deus quiser
Seja você quem for, seja o que Deus quiser
Marchinhas de Carnaval II
11 fevereiro 2010
Marchinhas de Carnaval I
Composição: by Benedito Lacerda-Humberto Porto
Ó jardineira porque estás tão triste
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu
Vem jardineira vem meu amor
Não fiques triste que este mundo é todo seu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu
10 fevereiro 2010
CARNAVAL TERIA SUA ORIGEM EM PORTUGAL (Clique aqui)

Carnaval do Rio teria sua origem em Torres Vedras - Portugal, segundo o RJ TV (GLOBO) de hoje. Muitas pesquisas falam dessa origem, inclusive na figura do ZÉ PEREIRA.
Veja no endereço abaixo. Clicando no TÍTULO leva a muitos vídeos do youtube do carnaval de Torres Vedras.
http://5dias.net/2009/02/24/com-o-%C2%ABmagalhaes%C2%BB-nao-se-brinca-a-proposito-do-carnaval-de-torres/09 fevereiro 2010
Podem os educadores mudar a escola?
Temos uma tradição legalista em nossas escolas. Ela se sustenta no modo depensar que chamamos senso comum, isto é, naquilo que as pessoas acreditamsem pensar, naquilo que é repetido sem que se tenha um fundamento real paraacreditar. Fiz uma comparação entre o meu ginásio, o ensino de 1º grau demeus filhos e o Ensino Fundamental que meus netos vão começar a sofrer embreve. Quase não há diferença entre 1950 e 2010: quase todos vão à escola,diminuiu o número de disciplinas, fala-se mais em coisas novas, há reuniões,congressos e “aperfeiçoamento”, mas o currículo, em sua base, segue o mesmo.Se perguntarem às professoras (também aos professores, pois ainda os há,embora poucos, o que constitui outra mudança escolar) quais os conteúdos desua matéria, em qualquer série, elas responderão da mesma forma do Oiapoquao Chuí. É claro que professoras e professores mais lúcidos – são muitos –sabem que isto é uma aberração. Mas são escravos da “legislação”.
Encontro por este Brasil afora muitos grupos de professoras e professoresque pensam. Mas eles e elas são proibidos de pensar, pela pressão docotidiano. E pela prática de muitas outras e muitos outros “educadores” quepreferem ser pilotos de livro didático, passando um amontoado de informaçõesdesligadas da realidade e de que, em geral, todos já ouvimos falar, mas doque não nos lembramos mais a não ser de alguns itens que coincidiram comnossos interesses.
Não, não podemos mais, os educadores, realizar esta revolução que a escola necessita. Embora o Conselho Nacional de Educação e muitos outros organismoseducativos que são “autoridade” digam que as escolas são livres, isto não éverdade. A escola é o campo mais vigiado da prática humana. Ai dela setentar, além da sua prática de transmissão da cultura – e da culturadominante – propor alguma alteração na hierarquia de valores! Ela écontrolada pela lei. Mas, sobretudo, por regulamentos expedidos por órgãosinferiores e pela própria sociedade. Talvez a distribuição gratuita do livrodidático, tão desejada, seja a principal maneira de constranger a escola.Mesmo que a reprovação e a evasão sejam um descalabro, elas são construídaspropositadamente pela escola. Como se manteria a divisão em classes de outra forma?
Só uma ação governamental poderosa pode mudar a escola hoje. Mesmo sabendoque a mudança verdadeira só será possível por uma democratização real dasociedade – incluindo mais igualdade –, hoje pode a autoridade governamentaltransformar o currículo, para que a escola ajude as crianças a assumirem suaprópria identidade, possam munir-se de instrumentos para participar nasociedade, possam assumir um compromisso social e tenham a vivência ligada àtranscendência, pelo menos desenvolvendo a capacidade de ultrapassar seusinteresses mais imediatos.
*Professor, escritor e conferencista
08 fevereiro 2010
07 fevereiro 2010
A Magia de Mário Quintana...
JARDS,
Meu computador esta OK, mas mesmo assim n'ao enviei e-mail, so vou mandar mensagens quando tiver certeza absoluta. N'ao repare a falta de acentos, preciso configurar maquina e teclado na mesma lingua.
Mas ja nos falamos hoje por telefone. FELICIDADES.
06 fevereiro 2010
Segue um texto que recebi do amigo Carlos Moura.
Fábio Reynol - jornalista especializado em ciências e escritor.
Um comerciante decidiu ajudar a combater a "indigência lexical" do país,
mas ao melhor preço do mercado: ouviu dizer que o Brasil sofria de uma
grave falta de palavras. Em um programa de TV, viu uma escritora lamentando
que não se liam livros nesta terra, por isso as palavras estavam em falta na
praça. O mal tinha até nome de batismo, como qualquer doença grande,
"indigência lexical".
Comerciante de tino que era, não perdeu tempo em ter uma idéia
fantástica. Pegou dicionário, mesa e cartolina e saiu ao mercado cavar
espaço entre os camelôs. Entre uma banca de relógios e outra de lingerie
instalou a sua: mesa, o dicionário e a cartolina na qual se lia:
- Histriônico - apenas R$ 0,50.
Demorou quase quatro horas para que o primeiro de mais de cinqüenta curiosos
parasse e perguntasse:
- O que o senhor está vendendo?
- Palavras, meu senhor. A promoção do dia é "histriônico" a cinqüenta
centavos, como diz a placa.
- O senhor não pode vender palavras. Elas não são suas. Palavras são de
todos.
- O senhor sabe o significado de "histriônico"?
- Não.
- Então o senhor não a tem. Não vendo algo que as pessoas já tem ou
coisas de que elas não precisem.
- Mas eu posso pegar essa palavra de graça no dicionário.
- O senhor tem dicionário em casa?
- Não. Mas eu poderia muito bem ir à biblioteca pública e consultar um.
- O senhor estava indo à biblioteca?
- Não. Na verdade, eu estou a caminho do supermercado.
- Então veio ao lugar certo. O senhor está para comprar o feijão e a
alface, pode muito bem levar para casa uma palavra por apenas cinqüenta
centavos de real!
- Eu não vou usar essa palavra. Vou pagar para depois esquecê-la?
- Se o senhor não comer a alface ela acaba apodrecendo na geladeira e terá
de jogá-la fora e o feijão caruncha.
- O que pretende com isto? Vai ficar rico vendendo palavras?
- O senhor conhece Nélida Piñon?
- Não.
- É uma escritora. Esta manhã, ela disse na televisão que o país sofre
com a falta de palavras, pois os livros são muito pouco lidos por aqui.
- E por que o senhor não vende livros?
- Justamente por isso. As pessoas não compram as palavras no atacado,
portanto eu as vendo no varejo.
- E o que as pessoas vão fazer com as palavras? Palavras são palavras,
não enchem a barriga.
- A escritora também disse que cada palavra corresponde a um pensamento.
Se temos poucas palavras, pensamos pouco. Se eu vender uma palavra por dia,
trabalhando duzentos dias por ano, serão duzentos novos pensamentos cem por
cento brasileiros. Isso sem contar os que furtam o meu produto. São como
trombadinhas que saem correndo com os relógios do meu colega aqui do lado.
Olhe aquela senhora com o carrinho de feira dobrando a esquina. Com aquela
carinha de dona-de-casa, ela nunca me enganou. Passou por aqui sorrateira.
Olhou minha placa e deu um sorrisinho maroto se mordendo de curiosidade. Mas
nem parou para perguntar. Eu tenho certeza de que ela tem um dicionário em
casa. Assim que chegar lá, vai abri-lo e me roubar a carga.
Suponho que para cada pessoas que se dispõe a comprar uma palavra, pelo
menos cinco a roubarão. Então eu provocarei mil pensamentos novos em um ano
de trabalho.
- O senhor não acha muita pretensão? Pegar um...
- Jactância.
- Pegar um livro velho...
- Alfarrábio.
- O senhor me interrompe!
- Profaço.
- Está me enrolando ,não é?
- Tergiversando.
- Quanta lenga-lenga...
- Ambages.
- Ambages?
- Pode ser também "evasivas".
- Eu sou mesmo um banana para dar trela para gente como você!
- Pusilânime.
- O senhor é engraçadinho, não?
- Finalmente chegamos: histriônico!
- Adeus.
- Ei! Vai embora sem pagar?
- Tome seus cinqüenta centavos.
- São três reais e cinqüenta.
- Como é?
- Pelas minhas contas, são oito palavras novas que eu acabei de entregar
para o senhor. Só "histriônico" estava na promoção, mas como o senhor se
mostrou interessado, faço todas pelo mesmo preço.
- Mas oito palavras seriam quatro reais, certo?
- É que quem leva ambages ganha uma evasiva, entende?
- Tem troco para cinco?
O amor...Fernando Pessoa
05 fevereiro 2010
A Praça (Clicar aqui)

A Praça
Composição: Carlos Imperial
Hoje eu acordei com saudades de você
Beijei aquela foto que você me ofertou
Sentei naquele banco da pracinha só porque
Foi lá que começou o nosso amor
Senti que os passarinhos todos me reconheceram
E eles entenderam toda a minha solidão
Ficaram tão tristonhos e até emudeceram
E então eu fiz esta canção
A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores e o mesmo jardim
Tudo é igual, mas estou triste, porque não tenho você perto de mim
Beijei aquela arvore tão linda onde eu,
Com o meu canivete um coração desenhei
Escrevi no coração o meu nome junto ao seu
Ser seu grande amor então jurei
O guarda ainda é o mesmo que um dia me pegou
Roubando uma rosa amarela prá você
Ainda tem balanço tem gangorra meu amor
Crianças que não param de correr
A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores e o mesmo jardim
Tudo é igual, mas estou triste, porque não tenho você perto de mim
Aquele bom velhinho pipoqueiro foi quem viu
Quando envergonhado de namoro eu lhe falei
Ainda é o mesmo sorveteiro que assistiu
Ao primeiro beijo que eu lhe dei
A gente vai crescendo, vai crescendo e o tempo passa
Nunca esquece a felicidade que encontrou
Sempre eu vou me lembrar do nosso banco lá da praça
Onde começou o nosso amor
A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores e o mesmo jardimTudo é igual, mas estou triste, porque não tenho você perto de mim
03 fevereiro 2010
CHEGANDO JUNTO NA MINORIA SENSATA (clique aqui)
Eu ainda sem computador (ney).
01 fevereiro 2010
A BANDA(clicar aqui)
http://www.youtube.com/watch?v=5fAxE9ZN8hs