10 julho 2010

AUSÊNCIA



Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

4 comentários:

Suziley disse...

Linda poesia de Drummond, Heli. Parabéns!! Um bom final de semana para você, chegando junto envio um grande abraço ;)

heli disse...

Suziley.
Também desejo a você um excelente final de semana.
Como é bom tê-la sempre por aqui chegando junto, sempre com palavras carinhosas.
Pois é amiga, Drummond sempre nos encanta com seus versos e suas palavras sempre chegam junto com os nossos sentimentos.

ney disse...

heli,
Bela imagem, linda poesia de Drummond. Abraço/ney.

heli disse...

Ney.
Eu adorei esta parte do poema:
"A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim".
Desejo a você um excelente final de semana.
Abraços
heli