Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou...
O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou...
Em caras de presidentes
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot...
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou...
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou...
Por que não, por que não...
Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento,
Eu vou...
Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou...
Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzilS
em fome, sem telefone
No coração do Brasil...
Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou...
Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Por que não,por que não...
Alegria, Alegria" é uma canção da autoria de Caetano Veloso que foi um dos marcos iniciais do movimento tropicalista em 1967.
Caetano Veloso, em parte inspirado pelo sucesso de A Banda, de Chico Buarque, que havia concorrido no Festival de música da Record do ano anterior, quis compor uma marcha assim como a canção de Chico. Ao mesmo tempo, queria que fosse uma música contemporânea, pop, lidando com elementos da cultura de massa da época.
A letra possui uma estrutura cinematográfica, conforme definiu Décio Pignatari, trata-se de uma "letra-câmera-na-mão", citando o mote do Cinema Novo. Caetano ainda incluíu uma pequena citação do livro As Palavras, de Jean-Paul Sartre: "nada nos bolsos e nada nas mãos", que acabou virando "nada no bolso ou nas mãos".
Como a idéia do arranjo incluía guitarras elétricas, Caetano e seu empresário na época, Guilherme Araújo convidaram o grupo argentino radicado em São Paulo Beat Boys. O arranjo foi fortemente influenciado pelo trabalho dos Beatles.
Caetano Veloso, em parte inspirado pelo sucesso de A Banda, de Chico Buarque, que havia concorrido no Festival de música da Record do ano anterior, quis compor uma marcha assim como a canção de Chico. Ao mesmo tempo, queria que fosse uma música contemporânea, pop, lidando com elementos da cultura de massa da época.
A letra possui uma estrutura cinematográfica, conforme definiu Décio Pignatari, trata-se de uma "letra-câmera-na-mão", citando o mote do Cinema Novo. Caetano ainda incluíu uma pequena citação do livro As Palavras, de Jean-Paul Sartre: "nada nos bolsos e nada nas mãos", que acabou virando "nada no bolso ou nas mãos".
Como a idéia do arranjo incluía guitarras elétricas, Caetano e seu empresário na época, Guilherme Araújo convidaram o grupo argentino radicado em São Paulo Beat Boys. O arranjo foi fortemente influenciado pelo trabalho dos Beatles.
Fonte:Wikipedia
3 comentários:
É uma das músicas mais bonitas dele.
Adoro quando ele fala: Eu tomo uma coca cola, ela pensa em casamento...
uma canção me consola...
Essa música marcou muito a minha vida.
Um abraço.
Amapola.
Essa música marcou muito a minha vida também.
Adorei o texto que você destacou e eu destacaria ainda:"Sem lenço, sem documento Nada no bolso ou nas mãos Eu quero seguir vivendo, amor"...
Quero agradecer pela sua presença carinhosa em nosso blog.
És bem vinda sempre!!
Beijos
heli
heli,
Bela postagem. Realmente uma bela música, que me marcou muito, assim como toda a minha geração. Eu estava em SAMPA, ia na Record assistir muitos programas, num deles Caetano era sempre o primeiro a apertar um botão e cantar uma canção que tivesse a palavra dada pelo apresentador. Chegou com toda a sua musicalidade, logo homenageava a cidade com a bela música SAMPA. Bons tempos de muitos talentos e musicalidade, inclusive a BOSSA NOVA que fazia sucesso em todo o mundo. Chico Buarque, aqui também citado, na mesma época se tornava o grande poeta da nossa música. Saudades dessa bela época. ney/
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