Recordo ainda... e nada mais me importa...
Aqueles dias de uma luz tão mansa
Que me deixavam, sempre, de lembrança,
Algum brinquedo novo à minha porta...
Mas veio um vento de Desesperança
Soprando cinzas pela noite morta!
Soprando cinzas pela noite morta!
E eu pendurei na galharia torta
Todos os meus brinquedos de criança...
Estrada afora após segui... Mas, aí,
Embora idade e senso eu aparente
Não vos iludais o velho que aqui vai:
Eu quero os meus brinquedos novamente!
Sou um pobre menino... acreditai!...
Que envelheceu, um dia, de repente!...
Mario Quintana
Imagem(google imagens)
9 comentários:
Belo texto, os bons tempos de criança que não voltam mais. E apesar do envelhecimento, permanecemos sempre um pouco meninos. ney/
É verdade, Ney.
A criança que há em nós, está sempre presente, mesmo quando "envelhecemos".
Saudade dos tempos de criança!!!
beijos
Heli
Sabe, minha amiga, tenho para mim que ninguém deveria deixar morrer a criança que traz em si, pois sem ela a vida perde a graça, a beleza, a esperança no porvir... É esta criança que carregamos dentro de nós que nos faz melhores, mais ternos, mais confiáveis na vida...
Maravilhoso Quintana...
Beijos e uma linda tarde para você.
Heli
Quando, a cada dia, me encontro com o despertar, abro o olho, a ver se é verdade. Se é, chamo o menino e digo-lhe, vamos brincar. Assim fazemos, eu a não deixar que ele cresça, ele, de brinquedo na mão, a entreter a velhice que vai chegando.
Então, como Mário Quintana, ficamos os dois um menino.
BJS
Dulce.
Adorei seu comentário e também penso como você, a respeito da criança que deve sempre estar viva dentro de nós.
A criança acredita que tudo é possível.
É feliz com muito pouco...
Ser criança é fazer amigos antes mesmo de saber o nome deles...
Ser criança é ser feliz!!!
beijos
Carlos.
Adorável essa idéia de brincar com seu menino interior.
Acho que isso é que o torna tão especial naquilo que pensas e escreves.
É muito agradável receber seus comentários aqui no chega junto.
beijos
Amiga Heli,
Que Lindo!
Sentimos todos o mesmo quando chegamos aos "enta", a vida passa num ápice.
Ainda me lembro da minha primeira boneca linda que recebi, dos abraços do meu falecido pai,de quando ele nos sentava à sua volta e tocava para nós ou nos contava histórias...tudo isso foi há tão pouco tempo...
Beijinhos
Olá amiga Sónia,
Também acho que sim!
É sempre mais fácil dizer que sim, sim a tudo e a todos.
Beijinhos
Ná
Então,
dizer de uma criança, sim, ainda é fácil, e é gostoso.
Aquela, que não tinha mau tempo de ser feliz. Tinha manias iguais a de outras, brincava com outras,e nem sabia o que era fantasia de verdade.
Na realidade nem sabia o que era verdade ou mentira, mentia porque era bom, era como brincar de esconder-se.
E depois, quando cresce, a criança se reconhece melhor do que antes, melhor do que nunca. Vira brinquedo bom, de coração com saudade. E não faz mal nenhum, como nunca fez.
Adorei o poema e tudo!
Parabéns pela página. A todos!
Abraços,
Rosângela
Rosangela.
Gostei muito do seu comentário.
Esse poema nos faz caminhar no tempo.Tempo de ser criança.
Forte abraço.
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