"Em minha longa carreira jornalística, já vi o poder nervoso e inquieto, várias vezes. Jamais, porém, nem nos dias anteriores ao assassinato de Getúlio Vargas, o vi tão desesperado quando se deu conta de que Leonel Brizola poderia vencer as eleições para o Governo do Estado do Rio depois de sua volta do exílio. Ele não propunha a abertura dos saldos bancários, o confisco de passaportes, a reforma agrária. Seu programa era um único golpe de guaxinin no pescoço da naja; um único e mortal golpe: o fim do analfabetismo em geral e, com ele, a garantia da nossa cultura, da nossa individualidade do nosso ser diferente, do nosso ser livre. Nada é mais perigoso do que um homem livre."
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