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27 agosto 2008
26 agosto 2008
27 DE AGOSTO

Foi bem longo esse meu caminhar, aqui reduzido a algumas palavras para adequar aos tempos corridos de hoje.
Morávamos num quarto de uma casa de cômodos, daquelas bem velhas, tábuas corridas, tetos bem altos, interruptores pendurados nos fios que vinham das lâmpadas que pouco iluminavam, um só banheiro no corredor para todos da casa. No pequeno quarto vivíamos eu, meus pais, e meu irmão mais velho, o mais novo nasceu 7 anos depois.
Era uma vila de casas iguais, e lá no final uma escadaria de pedra levava a moradas ainda mais humildes, na verdade um cortiço. Rua Paissandu, repleta de palmeiras até hoje, desde a Praia do Flamengo até o Palácio Laranjeiras, sede do Governo do atual Estado do Rio de Janeiro. Na época, a cidade do Rio de Janeiro era o Distrito Federal, Capital do Brasil. Nasci ali bem próximo, na Rua das Laranjeiras, na ainda existente Maternidade Escola, sendo assim um carioca da gema.
E ali fui crescendo indo a Praia do Flamengo com meus pais, passeando na Praça Paris, Parque do Guinle, Praça São Salvador, ou no movimentado Largo do Machado, ainda tenho todas as fotos bem nítidas, clicadas pelo meu pai com uma máquina fotográfica tipo caixote, acho que marca KAPSA.
Logo cedo passavam o leiteiro e o padeiro. No botequim do português, bem próximo da vila, eu ficava de olho no chocolate “refeição”, no chiclete Adams, lembro de tudo daqueles bons tempos de criança. Por ali passava o Getulio Vargas com seus batedores em direção ao Palácio do Catete, sede do Governo Federal.
Depois fomos morar em Nilópolis, ligada ao centro do Rio pelos trens da Central do Brasil, uma vida mais tranqüila de subúrbio, de “casas simples com cadeiras nas calçadas”, hoje um agitado município. Na época Nilópolis já se destacava ao enfeitar o coreto da praça, no Natal e Carnaval, talvez por conta de uma animação que veio a criar a Escola de Samba Beija-Flor.
Eu estudava em escola pública. Comprava carvão para minha mãe usar no fogão, querosene para o lampião (sempre faltava luz). Colecionava figurinhas que vinham nas balas Ruth. Eu adorava tomar os refrigerantes Crush e Grapette, e bem próximo abriram um posto que já vendia sorvetes da Kibon: Jajá de côco, Tonbon de limão, Chica-Bom, chocolates lingote, kibamba, kikoisa, delicados, jujubas... os palitos premiados trocávamos por lápis de cor, bichos de louça, plástico etc.
Meu pai ligava o radio na Nacional e ouvia PRK30, Hora do Pato, depois vieram novelas, Jerônino o Herói do Sertão, que começou em quadrinhos, depois no radio, até na TV. Chegou a TV Tupi, Espetáculos Tonelux, Virginia Lane, Mara Rúbia.
Depois viemos para Niterói na época dos bondes, trolley-Bus (ônibus elétrico) e lotações, as barcas substituíram os trens na minha ligação com o Rio, agora pela Baia da Guanabara.
Tínhamos um carrilhão, relógio cuco a nos acordar toda hora; bomba de flit para matar os mosquitos, logo apareceram as enceradeiras e não precisávamos mais passar o pesado escovão no chão, com palha de aço ou lustrador. Depois chegou o famoso SINTEKO impermeabilizando e deixando com brilho duradouro os pisos de tacos de madeira, acabando a trabalheira.
Eu tive patins, patinete e a bicicleta que virou mania até hoje. Os carros americanos foram dando lugar aos carros “nacionais”, Rural e Aero-Willys, DKW Vemag e Vemaguete, Dauphine, Gordini, Simca-Chambort, caminhão FNM (Fiat), e depois o reinado do Fusca e do Corcel.
Geladeiras, máquinas de lavar roupa, ventiladores, vitrolas alta fidelidade, Long Play, chegou a modernidade. Nos cinemas já tínhamos poltronas estofadas, ar refrigerado, CinemaScope (telas grandes), e os lanterninhas sempre vigiando o “escurinho do cinema”, querendo impedir nossos abraços e beijos com a namorada, sabores drops dulcora, mentex, chiclets de bola de fruta e hortelã.
Eu fumava, todos os atores de Hollywood fumavam, nem se falava em problemas com cigarros. E depois do Continental, do Hollywood, Luix XV, eu passei para os cigarros de filtro, e assim achávamos que estava tudo resolvido. Mas o cigarro ficou para trás há 12 anos – UFA!
Nas festas, ao som de Ray Conniff, Nat King Cole, The Platers, Severino Araujo e outros, usávamos perfume Lancaster, nos cabelos gumex ou glostora, penteados com pentes flamengo, e dançávamos dois para lá, dois para cá, e já existia o cheek to cheek (rosto colado). O jeans chegou para ficar até hoje, no início era a calça LEE, a Lewis. Depois inventaram uma aqui mais fininha, a topeka, mas não durou muito.
Prestei o serviço militar num periodo de paz e democracia na artilharia de costa, na histórica Fortaleza de Santa Cruz, na entrada da Baia da Guanabara, bem próxima das montanhas e praias do Rio e Niterói, na entrada da barra, do outro lado a imensidão do oceano. Nos estudos me formei em Economia pela Universidade Federal, e no concurso público cheguei ao Serviço Público Federal. Trabalhei 5 anos em SAMPA, onde fiz bons amigos e tenho boas lembranças, um período de grande amadurecimento aprendendo a viver num outro contexto, distante da família, amigos, raízes.
Um namoro de 10 anos, o casamento, uma convivência de 48 anos; um casal de filhos e 4 netos renovando e encantando a vida, dois já adolescentes, as meninas mais novas.
Depois tudo começou a acontecer de um dia para o outro nesse mundo de tecnologia, demos saltos para o futuro e chegamos na lua, mas que ainda continua sendo dos namorados. O disco de vinil virou fita, que virou CD, a era digital, e aquele curso de dactilografia que fiz (asdfg/çlkjh), ainda está sendo útil, mas agora aqui no teclado do computador, que tem o mundo na telinha do monitor.
Valeu a viagem, o aprendizado, o perceber que nem sempre temos todas as respostas, mas podemos harmonizar com essa grandeza da CRIAÇÃO em tudo a nossa volta, essa exuberante natureza que não temos respeitado. É um eterno aprendizado, muitas coisas a superar e tentar melhorar sempre. Fazê-lo com amor, paz, respeito ao próximo, generosidade, dignidade, ética e LIBERDADE.
Fico feliz de ter chegado até aqui e considero uma conquista, mas tomara que tenha muito chão pela frente e novas histórias para contar. Valeu a pena! Uma aventura e tanto... e vamos em frente. ney/////
NA LUZ DOURADA DA TARDE A REVOADA DE POMBOS
Clique em PLAY > na imagem acima (som).
Os pombos em revoada, uns gostam, outros não por causa da sujeira que fazem, e muitos jogam milho e eles ficam por lá. As crianças gostam, correm atrás para vê-los voar...
25 agosto 2008
AVES NO CÉU AZUL DA ORLA, UMA LUZ QUE PARECE OUTONO, EMBORA SEJA INVERNO E AS FLORES JÁ ANUNCIEM A PRIMAVERA.




RELACIONAMENTOS
http://estrategiaempresarial.wordpress.com/2008/07/28/relacionamentos-por-arnaldo-jabor/
http://rascunhos.llt.com.br/2005/01/crnica-de-arnaldo-jabor.html (esta não seria do Jarbor, conforme comentário no final).
24 agosto 2008
ENSEADA DE JURUJUBA -

PAIXÃO POR CINEMA

Sempre viajei nos bons filmes, desde criança. Cinema Paradiso é um filme inesquecível que diz bem dessa paixão que é o cinema, e já existe nas locadoras na versão completa com direito a final quase feliz, ao menos bem mais feliz.
A ESPERA.
Dois anos te esperaria.
Dize: devo esperar mais?
Ou não vens porque inda é dia?
Duas horas te esperei.
Duas mais te esperaria.
Se gostas de mim não sei...
Algum dia há de ser dia ...
Duas horas vão passadas
Sem que te veia passar.
Que coisas mal combinadas
Que são amor e esperar!
Quadras de Fernando Pessoa - http://pt.poesia.wikia.com/wiki/Categoria:Quadras_de_Fernando_Pessoa
23 agosto 2008
Contemplação
Não acuso. Nem perdôo.
Nada sei. De nada.
Contemplo.
Quando os homens apareceram
eu não estava presente.
Eu não estava presente,
quando a terra se desprendeu do sol.
Eu não estava presente,
quando o sol apareceu no céu.
E antes de haver o céu,
EU NÃO ESTAVA PRESENTE.
Como hei de acusar ou perdoar?
Nada sei.
Contemplo.
Parece que às vezes me falam.
Mas também não tenho certeza.
Quem me deseja ouvir, nestas paragens
onde somos todos estrangeiros?
Também não sei com segurança, muitas vezes,
da oferta que vai comigo, e em que resulta,
pois o mundo é mágico!
Tocou-se o Lírio e apareceu um Cavalo Selvagem.
E um anel no dedo pode fazer desabar da lua um temporal.
Já vês que me enterneço e me assusto,
entre as secretas maravilhas.
E não posso medir todos os ângulos do meu gesto.
Noites e noites, estudei devotamente
nossos mitos, e sua geometria.
Por mais que me procure, antes de tudo ser feito,
eu era amor. Só isso encontro.
Caminho, navego, vôo,
- sempre amor.
Rio desviado, seta exilada, onda soprada ao contrário,
- mas semore o mesmo resultado: direção e êxtase.
À beira dos teus olhos,
por acaso detendo-me,
que acontecimentos serão produzidos
em mim e em ti?
Não há resposta.
Sabem-se os nascimentos
quando já foram sofridos.
Tão pouco somos, - e tanto causamos,
com tão longos ecos!
Nossas viagens têm cargas ocultas, de desconhecidos vínculos.
Entre o desejo do itinerário, uma lei que nos leva
age invisível e abriga
mais que o itinerário e o desejo.
Que te direi, se me interrogas?
As nuvens falam?
Não. As nuvens tocam-se, passam, desmancham-se.
Às vezes, pensa-se que demoram, parece que estão paradas...
Confundiram-se.
E até se julga que dentro delas andam estrelas e planetas.
Oh, aparência...Pode talvez andar um tonto pássaro perdido.
Voz sem pouso, no tempo surdo.
Não acuso nem perdôo.
Que faremos, errantes entre as invenções dos deuses?
Eu não estava presente, quando formaram
a voz tão frágil dos pássaros.
Quando as nuvens começaram a existir,
qual de nós estava presente?
Cecília Meireles
(1901-1964)
22 agosto 2008
OS CAMINHOS DO CORAÇÃO - Carlos Holbein
Muitas vezes, observa-se que o destino de uma criatura sofre bruscas mudanças e subverte os caminhos do coração. Ainda que seja injusto, convenhamos, são incontáveis os casos em que a “roda da vida” manipulou os acontecimentos. Seja atropelando sentimentos, seja cerceando talentos ou mesmo modificando o rumo de algumas histórias.
Sabemos que o ser humano é detentor de fortes contradições e que a sua busca por uma vida melhor nem sempre logrou êxito. Pois é. Eu também tenho me perguntado: que “fotografias” levarei desta vida? Que histórias terei para contar ainda “desse lado”? Isso porque o percurso da gente é tão repleto de causos que, no fim das contas, o que nos cabe mesmo é ser bons contadores de histórias. Apenas isso!
Bem, eu não posso dizer se terei sucesso ou não, uma vez que ainda estou plantando os acontecimentos. O certo é que tenho procurado, ao menos, não deixar que as fotografias adquiram um insípido “amarelado” e se “desgarrem” do meu álbum. Se eu conseguir isso, meus amigos, já será uma vitória...
Contudo, não é lá uma tarefa muito fácil. Isto porque as nossas emoções estão presentes e, ironicamente, acabam dificultando o processo. Por sorte, Fernando Pessoa nos deixou um importante legado: ...nem sempre consigo sentir o que sei que devo sentir. / O meu pensamento só muito devagar atravessa o rio a nado / porque lhe pesa o fato que os homens o fizeram usar. / Procuro despir-me do que aprendi, / procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram, / e raspar a tinta com que me pintaram os sentidos.
De fato, eu tenho que reconhecer que o meu olhar, ultimamente, tem se voltado muito para o “porão” da memória. Justifico: é que de lá eu venho extraindo lembranças e lições do que já vivi. Tentando, com isso, dar mais significado aos inúmeros episódios e, em última análise, sentido a vida!
Sei também que em diversas ocasiões eu agi como na canção: ...dei pra sonhar / fiz tantos desvarios / rompi com o mundo / queimei meus navios. Mas, tudo bem... Faz parte do jogo da vida. Afinal, são os esconderijos da memória. São os nossos sonhos brincando no labirinto. Daí, então, eu reafirmar: que maravilha é viver! Mesmo que o amor, por vezes, se desencontre, ainda assim ele sempre será bem acolhido. Eu continuarei acreditando que o afeto mora ao lado. O que sei é que se a gente pudesse incorporar um pouco mais o que as músicas dizem, ah!, como seria bom... Por certo, elas nos diriam com orgulho: Se eu pudesse por um dia / esse amor, essa alegria / eu te juro, te daria / se eu pudesse esse amor todo dia. / Chega perto, vem sem medo. / Chega mais, meu coração. / Vem ouvir esse segredo / escondido num choro-canção.
Ah, se a vida tivesse mais poesia! O mundo seguramente seria mais leve. E os ventos que correm por esse mundo, mundo, vasto mundo, cortando os caminhos da gente, soprariam em nossos ouvidos outro desafio de Drummond: Ninguém me fará calar, / gritarei sempre que se abafe um prazer, / apontarei os desanimados, / negociarei em voz baixa com os conspiradores, / transmitirei recados que não se ousa dar nem receber, / serei, no circo, o palhaço, / serei médico, faca de pão, remédio, toalha, / serei as coisas mais ordinárias e humanas, e também as excepcionais...
O que espero desta vida, minha gente, é poder celebrar o amor sem arrependimento e sem pudor. É poder pular a “fogueira das fantasias” sem medo de me queimar.
Se quiser, veja na íntegra em http://www.poltronaespecial.pro.br/agosto01.html
O OURO DA DETERMINAÇÃO E SUPERAÇÃO PESSOAL - Mauren Maggi

21 agosto 2008
20 agosto 2008
O TRONCO DO IPÊ - José de Alencar
A história tem como cenário a Fazenda Nossa Senhora do boqueirão, na zona da mata fluminense. Um velho tronco de ipê, outrora frondoso, representa a decadência da fazenda. Bem próximo, numa cabana, mora o negro Benedito, espécie de feiticeiro, que guarda o segredo da família. Mário, o personagem central, que viveu desde criança na fazenda, juntamente com a prima Alice, descobre que o pai da moça, Joaquim, é o assassino de seu pai. Desesperado, Mário tenta suicídio, pois não pode se casar com a filha de um assassino. Mas o negro Benedito o impede, contando-lhe o segredo: Joaquim não matou o pai de Mário. Ele foi tragado pelas águas do Boqueirão e está enterrado junto ao tronco do ipê. Mário reconcilia-se com a vida e casa-se com Alice.
Ipê roxo (Tabebuia avellanedae)
É o primeiro dos Ipês a florir no ano, inicia a floração em junho, e pode durar até agosto, conforme a árvore. São muito utilizadas no paisagismo urbano, por sua beleza e desenvolvimento rápido. O ipê-roxo é muito usado em medicina popular. Da entrecasca faz-se um chá que é usado no tratamento de gripes e depurativo do sangue. As folhas são utilizadas contra úlceras sifilíticas e blenorrágicas. A espécie também tem propriedades anticancerígenas, anti-reumáticas e antianêmicas.
TRAVESSIA DE LANCHA RIO/NITERÓI
Clique em PLAY > na imagem acima
A lancha chegando no Rio, à esquerda a Ilha Fiscal (do último baile do império), ao fundo Niterói, a Baia da Guanabara, um avião descendo no Santos Dumont. Foram anos de Rio/São Paulo e Rio/Niterói, indo para o trabalho, rotina do dia-a-dia, agora eu sou turista (aposentado), foi só um passeio, um almoço com a turma do trabalho.
19 agosto 2008
AS QUATRO ESTAÇÕES II

Clique sobre a imagem para ampliá-la
No post "as quatro estações" eu disse:
Mas este Rio e Niterói estão mesmo em 4 estações, uma madrugada fria e um amanhecer de nevoeiro, comuns no INVERNO; logo chega o sol e o calor, que aconteceu por quase todo mês de julho e agora agosto, o tal de "VERANICO", e engana as amendoeiras que pensam que é OUTONO e jogam as folhas coloridas pelo chão; o YPÊ acha que é PRIMAVERA e fica florido, como os BOUGANVILLES e muitas outras, um festival de cores, temperaturas, céus.
Ai estão fotos da Praça da República em Niterói-RJ., onde estão localizados o Fórum, a Biblioteca Pública e Câmara Municipal, e esse magnífico Ypê roxo anunciando a primavera.
CHEGANDO JUNTO NUMA POLTRONA II


Em julho deste ano eu postei um texto falando do aconchego de uma poltrona, de se poder viajar no tempo, com música e poesia, ou ver um filme, no meu caso sou um cinéfilo desde criança. E nele coloquei alguns endereços falando sobre esse contexto, que ficou assim:
Pode-se ler livro, revista e jornal. Pode-se ouvir música, e de boa qualidade. Pode-se, ainda, deleitar-se com a poesia e a sétima arte. Trabalhar com imaginação e voar. A poltrona é isso.Pode-se muito mais, veja esse belo texto de CARLOS HOLBEIN, que fala do aconchego de uma poltrona e de como podemos viajar no tempo e na imaginação, e que fala de dois inesquecíveis filmes - ASSÉDIO E RETRATOS DA VIDA. Endereço abaixo ou no link acima.http://www.poltronaespecial.pro.br/agosto01.htmlEdição baseada no filme L'Assedio: http://www.youtube.com/watch?v=jocBqEXx1N8Bolero - Retratos da Vida (já comentado aqui): http://www.youtube.com/watch?v=ZMDjmGjsLBQ
E hoje, navegando na internet, nos blogs da Andréa (autora do texto do post anterior), encontrei uma poltrona que ela descreveu lá em 2007, que fala também desse ambiente acolhedor que nos permite viajar no tempo, com o texto em inglês, que vou transcrever aqui traduzido tornando o blog bilingue, CHEGANDO JUNTO em outro idioma, pegando uma carona no blog da Andréa:
Wednesday, february 14, 2007
OLD http://www.virtualgravesite.blogspot.com/
Here I am, sitting in my old chair, thinking about nothing. Maybe some day I’ll think about important things, but not today. This day is an old one. A day for rest only, and for trying to remember how things were. Are you following me? Can you understand how old my thoughts are tonight? They smell like flowers and burnt sugar, they feel like silk and pure mountain water. The taste in my mouth is orange from the tree and chocolate from a box. Can’t you feel it? The rain is friendly and falls like sweet tears from the sky. The rain is old, too. It fell on me, a long time ago, on a sunny day in a countryside landscape. The drops make me fell new and the smell of the earth is fresh. Can’t you feel it? My skin is cold but it doesn’t feel wrong, my fingers run over the keyboard like bird’s wings. Wings.... I have wings in my mind, always had, this is old news too. I hear the sound of the wings, like a million bats crossing the night. Old things, old thoughts, old wings. I’m happy I can feel old like that, happy that the sounds, smells and feelings are still present in my spirit. Now, stay still, the moment can run away from here if you don’t stay very, very still. I can hear the pages of the books turning like a mad windmill. A thousand words jump from their pages and make a dance for my old thoughts. Time to rest, leaving all behind me, leaving, for tomorrow, the old things of my mind.
ORLA DOS VELHOS, MOÇOS E CRIANÇAS...
Clique em PLAY > na imagem acima (som)
Um dia de inverno de noites frias, que parece outono com as folhas no chão, e primavera de ypês e bouganvilles floridos, e verão (veranico) de dias quentes. Na orla os velhos jogam cartas, os jovens praticam esportes, uns descansam e pegam sol, outros caminham e pedalam. Os ônibus e carros levam os que vão trabalhar.
AINDA SOBRE A VELHICE...
Dividir experiências e memórias é o que nos resta. Não que não haja algo mais, mas se não tivermos para quem contar o que trazemos no peito o que fazer com toda essa bagagem? Vemos nossas mães e avós relembrando os velhos tempo, historias que já conhecemos, mas que sempre trazem algum detalhe novo, alguma pequena melhoria no roteiro. Não é somente para nosso entretenimento que cada momento de peso em suas vidas é repetido, mas, mais do que tudo, para lhes lembrar que suas vidas tiveram momentos marcantes, que suas vidas não foram em vão vividas. Nossos pais e avós nos lembram constantemente do que aprenderam nos tempos em que honra, dedicação e respeito queriam dizer algo mais que palavras vazias. Tentam, através de suas experiências, nos ensinar que somos responsáveis pelo que acontece ao nosso redor e que nossos erros podem ser concertados ou pelo menos minimizados se ousarmos nos responsabilizar por eles. Mães, pais, avós e avôs nos brindam constantemente com perolas que ignoramos por serem tão constantes. Falhamos em perceber que no meio do borbulhar constante de recordações está a chave para descobrirmos quem somos, pois de suas experiências resultou nossa educação, falha ou não. Passamos tempos demais tentando ignorar o que os velhos falam quando deveríamos lhes emprestar um instante nossos ouvidos e nos maravilhar por quantas mudanças foram capazes de passar, a quantos revezes sobrevieram e quantos amores lhes foram negados. Entender suas vidas é acharmos soluções para as nossas, pois cada vez que lamentam não ter seguido um caminho é como uma placa luminosa nos dizendo “Não desperdicem suas oportunidades. Não ignorem seus desejos”.
Andréa Claudia Migliacci -
18 agosto 2008
VIVA AS MENINAS DO FUTEBOL BRASILEIRO
17 agosto 2008
VELHICE (clique aqui)

14 agosto 2008
QUATRO ESTAÇÕES


13 agosto 2008
12 agosto 2008
CHEGANDO JUNTO NOS BONS TEMPOS...
Se a canoa não virar,
Olê olê olá
Eu chego lá
Rema, rema, rema, remador
Quero ver depressa o meu amor
Se eu chegar depois do sol raiar
Ela bota outro em meu lugar
Eu fiz serenata pra ela
cantei uma linda canção
ela não veio à janela...
Vai minha tristeza e diz a ela
que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece que ela regresse,
porque eu não posso mais sofrer...
... ai, ai, ai,ai, tá chegando a hora, o dia já vem raiando meu bem, eu tenho que ir embora. ...
10 agosto 2008
MEUS PAIS EM SANTOS-SP

SER PAI (DIA DOS PAIS) - Artur da Távola
09 agosto 2008
SIMPLESMENTE SER...
Dá-me a tua mão
Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.
De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.
Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio.
*******************************************
TRADUZIR-SE
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
Ferreira Gullar
08 agosto 2008
CHEGANDO JUNTO NAS OLIMPÍADAS 2008

Foi uma bela festa de abertura das OLIMPÍADAS essa que a China fez, unindo o mundo num momento de paz e alegria, que nos faz acreditar na humanidade. INESQUECÍVEL !
Mas, infelizmente, fora da festa, a liberdade e o respeito ao próximo estão longe de ganhar medalhas, os desentendimentos e guerras continuam.
As cinco argolas representam cada uma um continente sendo que a azul é a Europa , a preta é a África, a vermelha é a Ásia , a amarela a América e a verde a Oceania. Os aros são colocados dessa forma para indicar união entre os continentes.
07 agosto 2008
06 agosto 2008
CINEMA NOS ANOS DOURADOS.


05 agosto 2008
MOMENTOS INESQUECÍVEIS

CHEGANDO JUNTO COM QUINTANA
Tão bom viver dia a dia...
A vida assim jamais cansa...
Viver tão só de momentos
Como essas nuvens do céu...
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência...esperança...
E a rosa louca dos ventos
presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...
Mario Quintana.
04 agosto 2008
SONIA BRAGA E UMA VIAGEM NO TEMPO (clique aqui)
Lute contra o suicídio da humanidade! Leia "Notícias do Meio Ambiente"
Por intermédio do MPEG, o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá, a Universidade do Estado do Maranhão, a Universidade do Estado de Mato Grosso e a Embrapa Amazônia Oriental receberão este mês equipamentos de informática, GPS, desumificadores de ar, medidores de oxigênio e PH, paquímetro, dinamômetro, entre outros.
O Programa de Pesquisa em Biodiversidade está estruturado em três componentes: Coleções , Inventários e Projetos Temáticos. Segundo o MPEG, um de seus principais objetivos é a formação de uma rede de pesquisa para a geração de dados que permitam avaliar a riqueza, a diversidade local e a compreensão dos processos que influenciam a distribuição das espécies na Floresta Amazônica.
Com um modelo descentralizado de gestão, o programa estabeleceu Núcleos Regionais (NR) de pesquisa em todos os estados da Amazônia Oriental, com sítios de pesquisa associados. Esses NRs agregam grupos de pesquisa que replicam, por sua vez, protocolos padronizados de coleta em todos os sítios escolhidos.
Na porção oriental da Amazônia, existem quatro NRs implantados, no Pará, Amapá, Maranhão e Mato Grosso. Os sítios escolhidos para desenvolvimento dos trabalhos de coleta de dados são as florestas Nacionais de Caxiuanã (PA), Nacional do Amapá (AP), a Reserva Biológica do Gurupi (MA) e o Parque Nacional Juruena (MT).
Mais informações: http://marte.museu-goeldi.br/ppbio
03 agosto 2008
01 agosto 2008
SENTADO NO MURO

Composição: André Garibalde.