28 setembro 2006

ASSISTENCIALISMO

Diz aqui no Globo (coluna do Merval), segundo Tasso Jereissati, que no Nordeste tem até Kombi distribuindo "crédito consignado" sem avisar do desconto em folha; que tem políticos que induzem eleitores a pegar o dinheiro como se fosse doação governamental. Segundo ex-presidente do Incra, há um chamado "PRONAFINHO", misterioso, que libera até R$ 1 mil para cada família, apenas com documento de identidade e carta do Sindicato da Contag. Eles é que controlam essa picaretagem, transformando empréstimo em esmola, pois nunca será pago. Há também rebates e descontos que o BNB ou o BB fazem, semelhantes às normas do Pronaf para assentados. As liberações estariam acontecendo em todo o Nordeste. "É um Bolsa Família nas contas do sistema financeiro, mas com aval do Tesouro, portanto sem riscos para o banco".
Por outro lado, há recordes no aumento do número de endividados e no comprometimento da renda com dívidas.
Frei Betto, o ex-assessor especial do Planalto e um dos formuladores do Fome Zero, em entrevista a um jornal italiano, define o Bolsa Família como "assistencialismo puro, que não muda a estrutura social e faz recair rapidamente na miséria". Os beneficiados veriam no dinheiro que recebem do governo "um salário" e, diz Betto, "logicamente vão retribuir nas urnas".

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