12 julho 2011

FELICIDADE REALISTA

Corrigindo.

O texto abaixo é de Martha Medeiros


A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote
louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser
magérrimos, sarados, irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema:
queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor.. não basta termos alguém com quem podemos
conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar
pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente
apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes
inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos
sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o
que dá ver tanta televisão.

Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.

Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você
pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um
parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando
se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção.
Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo.
Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se
sentir seguro, mas não aprisionado.
E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda,
buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e
um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato,
amar sem almejar o eterno.

Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza,
instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde
só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas
desta tal competitividade.

Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as
regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo.

Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça de que a
felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir
embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não
sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração.
Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade...


6 comentários:

Bel Talarico disse...

Heli, sabes que fico feliz com sua visita. Achei muito bom o texto. Para mim felicidade é poder continuar com esse pouquinho de visão; Quando o oftalmo mediu a pressão semana passada, veririficando o resultado da ciryugia e disse que estava ótima. Dei um sorriso e disse a ele. Dr. que alegria ouvir isso. Estou com muita dificuldade de ler, estou com os pontos ainda. Mas tenho um programa que le para mim. Beijos querida. Fique com Deus.

heli disse...

Bel.

Você é um exemplo de superação.
Fico super feliz ao saber que deu tudo certo em sua cirurgia e que você continua firme, mesmo tendo caminhos difíceis para percorrer.
também fico muito feliz com a sua visita.
Forte e carinhoso abraço.

Eva disse...

Oi Heli querida, que saudades daqui, eu adoro teu blog, tem faltado tempo, mas logo eu corrijo isso, amei esse poema do Mario Quintana, ele é mestre com as palavras e a simplicidade de sua expressão é comovente e profunda. bjinhos, minha amiga querida, tudo de melhor para você, amei o post!

heli disse...

Eva.
Tua visita é sempre bem vinda.Você erradia sempre, uma energia positiva e estar contigo é muito bom.
Falta tempo, sim, mas aos poucos a gente coloca as "visitas" em dia.
Estou gozando de alguns dias de férias e espero estar mais tempo com os amigos nesses dias.
bom te ver
beijos

Vera Lúcia disse...

Querida Heli, lindo texto. Parabéns! A felicidade é muito simples, tão simples que muitas vezes não a percebemos. Quantas vezes já passou por nós e nem a vimos. Fiquemos atentos, quando ela passar, para agarrá-la, custye o que custar. Bjm!

heli disse...

Vera,
Como é bom tê-la aqui conosco.Sua presença constante e seu carinho nos faz muito bem.
Pois é, para ser feliz, temos que aprender a valorizar as coisas simples da vida;
beijos