Espaço disponível para que todos possam "chegar junto" com textos, fotos, artigos, links...
31 outubro 2006
Direto do Tutty Vasques
Serginho Cabral cumpriu promessa de campanha de tomar café-da-manhã com Rosinha Garotinho no Dia das Bruxas. Os fantasmas do Palácio Laranjeiras acharam o futuro inquilino uma simpatia.
PIOR PARA O GERALDO...
NÃO ADIANTA CHORAR
Terceira idade
"Puxa, acho que estou ficando esclerosada" comenta uma delas.
"Ontem me peguei com a vassoura na mão
e não me lembrava se já tinha varrido a casa ou não".
"Isso não é nada" diz a outra.
"Outro dia eu me vi de pé, ao lado da cama, de camisola,
e não sabia se tinha acabado de acordar
ou estava me preparando para dormir".
"Cruz credo" fez a terceira.
"Deus me livre ficar assim! Isola!"
e deu três batidinhas na mesa: toc-toc-toc.
Olhou para a cara das outras e calmamente emendou:
"Esperem um pouco que eu já volto! Tem gente batendo na porta!"
Dinheiro é tudo!
Ele é a fonte de todo o bem.
Faz dentes mais claros. Olhos mais azuis, amplia a dignidade individual, aumenta a popularidade, produz amor e a paz individual e, quando tudo falha, paga o psicanalista.
(Millor Fernandes)
30 outubro 2006
CELULAR NO CIO
Celular japonês alerta mulher sobre período fértil
TÓQUIO (Reuters) - É uma chamada telefônica, uma mensagem de texto ou simplesmente hora de fazer amor? Um novo telefone celular oferecido pela operadora japonesa NTT DoCoMo pode tocar para avisar mulheres que desejam ser mães de que chegou o momento em que alcançaram a parte mais fértil de seu ciclo reprodutivo mensal.Armazenando informações sobre datas de menstruação, a usuária pode programar o telefone para alertá-la três dias antes da ovulação e novamente no próprio dia. A empresa adverte que os cálculos são baseados em uma média de ciclos.O novo celular surge depois da queda histórica da taxa de fertilidade no Japão, para 1,25 em 2005, o que provocou temores de que a população japonesa possa diminuir. A taxa de fertilidade é o número médio de filhos que uma mulher tem durante sua vida.O celular foi idéia da projetista Momoko Ikuta, que deu ao aparelho tons pastéis.O aparelho possui diversas outras funções projetadas para agradar as mulheres, como um banco de dados de receitas, e um botão na lateral que dispara uma "melodia de camuflagem", permitindo ao usuário evitar atenção indesejada fingindo que está recebendo um telefonema.
(Por Isabel Reynolds)
LULA para os pobres! Camarão, lagosta e peixe também...
Reeleito, Lula diz que pobres terão preferência no governo
Da RedaçãoEm São Paulo
O presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva repetiu seu slogan de campanha no primeiro pronunciamento após a confirmação de sua reeleição: "Deixa o homem trabalhar". "Não temos tempo a perder, é trabalhar, trabalhar e trabalhar. É por isso que o povo brasileiro votou e hoje diz nas ruas 'Deixa o homem trabalhar', porque o Brasil precisa de trabalho", afirmou Lula em pronunciamento de cerca de 25 minutos em um hotel em São Paulo na noite deste domingo.
O presidente citou também feitos de seu mandato, afirmando que vários brasilerios "conquistaram cidadania". "O povo sentiu na mesa, no prato e no bolso a melhora", disse, enfatizando que o primeiro mandato serviu para "lançar as bases" e "construir o alicerce" para o segundo mandato.
O petista repetiu promessas de campanha, afirmando que vai melhorar a distribuição de renda e o salário mínimo vai continuar aumentando. Mas o presidente fez uma brincadeira com colegas do movimento sindical, berço político do próprio Lula. "Reivindiquem tudo que puderem reivindicar, e nós [o governo] daremos aquilo que a responsabilidade permite dar", disse Lula, arrancando risos da platéia.
Sobre as políticas sociais, o presidente afirmou que as regiões mais pobres do país terão atenção especial em seu governo. "Os pobres terão preferência no nosso governo. Queremos tornar o Brasil mais justo", declarou.
clique aqui para texto completo
MENOS não é MAIS
EM FATO RARO, ALCKMIN RECEBE MENOS VOTOS DO QUE NO 1º TURNO
Para diretores do Datafolha e Vox Populi, esfriamento do noticiário político e falhas de comunicação de campanha prejudicaram tucano
Fausto Carneiro, do G1, em São Paulo
O candidato derrotado do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, terminou o segundo turno com menos votos do que obteve no primeiro. Alckmin terminou o primeiro turno com 39,9 milhões de votos. Fechou a campanha do segundo turno com 37,5 milhões, o que significa uma perda de 2,4 milhões de votos.
clique aqui para texto completo
O Analfabeto Político
“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, os preços do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo”
29 outubro 2006
Lula bateu. Geraldo aceitou.
60,83% Votos: 58.294.228 *
Geraldo Alckmin- PSDB
39,17% Votos: 37.543.024 *
* Percentuais em relação ao total de votos válidos (excluídos brancos e nulos)
VOTOS APURADOS
Brancos
1,32%
1.351.443
Nulos
4,71%
4.808.497
Pendentes
0%
0
Válidos
93,96%
95.837.252
Total
125.911.486
SEÇÕES
Totalizadas
100%
361.423
ELEITORADO
Não apurado
0%
1.993
Apurado
100%
125.911.486
Abstenção
18,99%
23.914.294
Comparecimento
81,01%
101.997.192
Estado
LULA
GERALDO ALCKMIN
Seções apuradas
Acre
52,37 %Votos:151.530*
47,63 %Votos:137.816*
99,83 %1.192
Alagoas
61,45 %Votos:822.505*
38,55 %Votos:516.059*
100 %5.166
Amapá
70,4 %Votos:191.698*
29,6 %Votos:80.601*
100 %962
Amazonas
86,8 %Votos:1.159.709*
13,2 %Votos:176.338*
100 %4.991
Bahia
78,08 %Votos:5.188.314*
21,92 %Votos:1.456.417*
100 %28.634
Ceará
82,38 %Votos:3.394.007*
17,62 %Votos:725.990*
100 %17.215
Distrito Federal
56,96 %Votos:765.008*
43,04 %Votos:578.137*
100 %4.340
Espírito Santo
65,54 %Votos:1.190.459*
34,46 %Votos:625.852*
100 %6.819
Goiás
54,78 %Votos:1.485.280*
45,22 %Votos:1.226.011*
100 %11.252
Maranhão
84,63 %Votos:2.280.520*
15,37 %Votos:414.108*
100 %12.803
Mato Grosso
49,69 %Votos:711.177*
50,31 %Votos:719.984*
100 %5.922
Mato Grosso do Sul
44,98 %Votos:535.966*
55,02 %Votos:655.491*
100 %4.680
Minas Gerais
65,19 %Votos:6.808.417*
34,81 %Votos:3.635.228*
100 %40.779
Paraná
49,25 %Votos:2.663.423*
50,75 %Votos:2.744.697*
100 %22.702
Paraíba
75,01 %Votos:1.478.378*
24,99 %Votos:492.524*
100 %8.010
Pará
60,12 %Votos:1.840.130*
39,88 %Votos:1.220.560*
99,99 %12.659
Pernambuco
78,48 %Votos:3.260.996*
21,52 %Votos:894.062*
100 %16.822
Piauí
77,31 %Votos:1.216.106*
22,69 %Votos:356.824*
99,93 %6.786
Rio Grande do Norte
69,73 %Votos:1.099.150*
30,27 %Votos:477.212*
100 %6.224
Rio Grande do Sul
44,65 %Votos:2.811.658*
55,35 %Votos:3.485.916*
100 %24.665
Rio de Janeiro
69,69 %Votos:5.532.284*
30,31 %Votos:2.406.487*
100 %28.892
Rondônia
55,33 %Votos:397.327*
44,67 %Votos:320.806*
100 %2.994
Roraima
38,51 %Votos:66.932*
61,49 %Votos:106.890*
100 %781
Santa Catarina
45,47 %Votos:1.481.344*
54,53 %Votos:1.776.776*
100 %12.585
Sergipe
60,16 %Votos:611.337*
39,84 %Votos:404.897*
100 %4.016
São Paulo
47,74 %Votos:10.684.776*
52,26 %Votos:11.696.938*
100 %66.282
Tocantins
70,27 %Votos:447.849*
29,73 %Votos:189.491*
100 %2.935
* Percentuais em relação ao total de votos válidos (excluídos brancos e nulos)
Última atualização: 30/10 08:25h
Origem: TSE
Caderno novo???
Lula fez aniversário de 61 anos na última sexta-feira. Ao cumprimentá-lo, um de seus ministros perguntou qual o presente que o chefe gostaria de ganhar. E o presidente: “Quero um caderno novo”.
O ministro se desconsertou: “Como?” Com um sorriso nos lábios, Lula insinuou que encara o novo mandato como um reinício de ano letivo. Por isso pediu o “caderno novo”. Ele brincou: “Fui aprovado com louvor. Passei de ano. Preciso me esmerar.”
28 outubro 2006
POIS É...
CONFIRMO
Grande debate....Grande debate....
E com estas palavras o Lula Inácio da Silva foi eleito no dia 28 de novembro de 2006...
"Lula celebrou a presença da realidade: “Acho bom que o povo trouxe pra cá os problemas que, graças a Deus, nós começamos a resolver”. Acrescentou: “Qualquer brasileiro sabe que 90% dos programas sociais no Brasil são programas que nós e a sociedade criamos nesse período”. Disse mais: “Meus adversários estiveram no poder desde a chegada de Cabral e não resolveram nada.”
Mas, isso tudo foi algo "previsto nas estrelas", ou melhor, estava escrito nas estrelas...da GLOBO é claro!!!!
27 outubro 2006
Debate-boca
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
- A sua pergunta é extremamente importante.
Está chegando a hora...
A hora está chegando...vamos pensar bem direitinho em quem votar!!!
ELEIÇÕES 2006
PRIVATIZAÇÃO
O Globo - Primeira Página - Em destaque.
Afinal, quem é quem?
ELEIÇÕES 2006
26 outubro 2006
25 outubro 2006
OBSERVE COM ATENÇÃO AS PROPOSTAS DOS CANDIDATOS
VEJA O LINK - O SOM É DISPENSÁVEL.
Tucano admite derrota e culpa marqueteiros
Tucano admite derrota e culpa marqueteiros
Maria Clara Cabral
Direto de Brasília
Faltando três dias para o segundo turno das eleições e com a pesquisa Datafolha apontando 21 pontos de vantagem para o candidato Luiz Inácio Lula da Silva, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) já admite uma derrota de Geraldo Alckmin e tenta achar culpados para o desempenho do tucano. Em sua opinião, um dos pontos que mais pesou contra o ex-governador de São Paulo foram os programas eleitorais.
"O programa de Alckmin é claramente inferior ao de Lula", admitiu o senador. Para ele, em um país tão grande como o Brasil e com os novos termos da campanha, sem showmícios, por exemplo, os programas eleitorais fazem toda a diferença. "O programa tem que ser criativo, inovar todos os dias. Mostrar emoção e indignação. Não pode falar de crise lendo um teleprompter", afirmou.
Apesar das críticas, Álvaro Dias admitiu que agora não há mais tempo de fazer alteração que mude a opinião do eleitor. O senador afirmou também que teve diversos encontros com os marqueteiros responsáveis pela camapanha - encabeçada pela empresa GW, de São Paulo - propondo as mudanças. "Mas os marqueteiros se consideram muito acima dos candidatos", criticou.
"Os programas não estavam no nível de Alckmin. Se perdemos a eleição não foi por causa do candidato, pois ele tem todas as qualidades". Um dos exemplos dado pelo senador do que poderia ter sido diferente foi o modo de tratar o caso dossiê. Em sua opinião, o programa não deveria ter usado todos os dias indagações sobre a origem do dinheio que seria usado para comprar o dossiê contra o governador eleito de São Paulo, José Serra, mas sim, fazer afirmações.
"A campanha deles (do governo) não fez perguntas sobre privatizações, eles afirmaram. Nós também tínhamos que ter afirmado que o dinheiro era de responsabilidade de Lula", disse. "Faltou estratégia e comunicação competente", resumiu.
Redação Terra
Para o fã da Gisele. Quem será?
A top só não contava com um detalhe: foi traída pelo vestido. O resultdo? Para a alegria dos que estavam por lá, Gisele ficou com uma parte do seio à mostra e nem se deu conta...
Foto: http://ego.globo.com/Entretenimento/Ego/foto/0,,6312785,00.jpg
A violência condecorada - Laerte Braga
25.10.2006
A violência condecorada
Um jovem de 19 anos de idade foi assassinado por um pistoleiro fardado e com divisas de sargento, da Polícia Militar de São Paulo. O jovem recebeu ordens de colocar as mãos à cabeça, não reagiu, cumpriu a determinação do assassino e em seguida recebeu um tiro de metralhadora no peito.
Para os PMs que participaram da "operação", uma fatalidade, já que um barulho de escapamento de moto sugeriu um tiro. Para o dono da borracharia onde o jovem estava, uma violência.
Uma hora depois do crime os mesmos PMs voltaram ao local e fizeram nove disparos para intimidar testemunhas. Desceram da viatura e recolheram as cápsulas para evitar identificação pela perícia.
Daniel Felipe Dornelas, a vítima, não tinha antecedentes criminais e era pai de um filho, um menino de trinta dias.
Deve ser isso que Alckmin chama de segurança pública.
Um motoqueiro igualmente sem antecedentes criminais foi morto na semana passada num shopping em Campinas, uma das cidades mais violentas do País. Havia derrubado uns cones desses que se colocam para orientar o trânsito. Um segurança do shopping não gostou, interpelou o jovem e o rapaz respondeu: "o que eu fiz?" Recebeu tiros e morreu.
O shopping é propriedade de Carlos Jereissati, irmão de Tasso Jereissati e um dos sócios da TELEMAR.
O senador, presidente nacional do PSDB, é sócio nos negócios do irmão, embora se digam brigados. Não é impedimento. Os tais "negócios" foram herdados do pai e a TELEMAR acrescida ao patrimônio na corrupção que permeou o processo de venda do setor de telefonia durante o governo FHC.
Seguranças matam no País inteiro. Os caras acham-se donos do mundo.
PMs matam no Brasil de norte a sul. São instrumentos das grandes corporações, do sistema financeiro e do latifúndio.
A impunidade é a regra que dá a esse tipo de bandido fardado ou vestido de autoridade H2O, o direito de fazer o que bem entende.
Refletem a mentalidade das elites, são guardiões da propriedade privada e dos vestidos de dona Lu.
É preciso uma corporação que faça a classe trabalhadora, os excluídos, entenderem o seu "verdadeiro lugar".
Não podem incomodar os donos e nem prejudicar os "negócios".
As polícias militares cumprem esse papel.
E, no caso do jovem Felipe, de vez em quando quase sempre, permitir que a boçalidade dos integrantes dessas corporações se manifeste.
Deve ser isso que Alckmin entende por segurança.
No Rio de Janeiro uma senhora é condecorada pela Câmara Municipal por ter reagido a um assalto e conseguido deter o assaltante. Até aí nada demais.
Demais foi a declaração da dita cuja. "Os mendigos deveriam ser todos jogados no rio".
Os que morrem nas ruas são trabalhadores. A elite é guardada por câmeras, cães ferozes, seguranças e policiais militares.
Em São Paulo, então, corra dos tucanos. No Rio, corra das que tomam banho de água benta, bochecham e gargarejam com água benta e querem jogar os mendigos no rio. Um outro rio.
Lacerda fez isso em tempos idos. No rio da Guarda. A turma da sua polícia prendia os infelizes e os jogava no tal rio. Pela idade da senhora em questão, deve ser sobrevivente dessa época.
Antônio Maria chamava essa turma de malamadas.
Por essas e outras, com certeza, Chico Buarque proclamou que, em caso de necessidade, "chame o ladrão".
Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, trabalhou no Estado de Minas e no Diário Mercantil.
Papel eletrônico flexível tem nova versão
O papel eletrônico pode ser utilizado numa série de produtos e é cotado para substituir o jornal impresso, já que pode ser reutilizado para renovar as notícias a cada dia - ou a cada atualização.
Segundo John Mills, um dos diretores da Plastic Logic, a tecnologia é escalável tanto em tamanho de tela quanto em resolução. "Este é um importante passo na direção da produção em massa de telas eletrônicas flexíveis de 10 polegadas com 150 dpi", explica.
O retorno do escambo
"Olá.
Meu nome é Keiko e vivo em Tóquio, no Japão. Tenho um bom apartamento em Ochanomizu e você é bem-vindo a ficar aqui se tiver menos de 35 for bonito e for branco. Você economiza no custo do hotel (muito caro em Tóquio) e nos divertimos! – mas só se você for um cara branco. Não quero homens asiáticos, desculpem.
O que você ganha?
Você pode ficar em meu apartamento – muito bom – ele será como uma casa para você e eu serei como uma namorada. Hehe. Minha cama é confortável e tenho tevê a cabo com programação em inglês.
O que eu ganho??
Faço sexo divertido com homens europeus e americanos… que adoro. Eles são tão sexys e yummy! Homens japoneses são porcos. E também posso praticar meu inglês com você, por favor."
Não desanimem. De repente brasileiros também podem participar.
[23 comentários]
Publicado por Pedro Doria - 24/10/06 5:01 PM
23 outubro 2006
Essa que é quente, o Estado não compra. Nos EUA é liberada!
Pistola da Taurus é eleita a Arma do Ano
Empresa: Forjas Taurus
A pistola PT 24/7 (foto) acaba de receber o prêmio "Golden Bullseye Award" de Handgun of the Year (em português, Arma do Ano) nos Estados Unidos. A distinção é concedida anualmente pela mais importante publicação da Associação Nacional do Rifle (NRA), a American Rifleman.
Projetado especialmente para satisfazer as exigências da polícia e agentes de segurança, o modelo, que tem design avançado, recebeu elogios do editor da revista, Mark Keefe. Segundo ele, a PT 24/7 "é uma arma de alta tecnologia e está pronta quando você [o atirador] está".
Sobre os vencedores da premiação, o diretor executivo das publicações da NRA, Joe Graham, afirmou que são "produtos extraordinários em termos de inovação, confiabilidade e segurança". Graham não deixou de ressaltar também que o evento de 2005 marca "o terceiro ano em que a Associação promove o reconhecimento de exemplos de destaque na excelência da fabricação de armas de fogo e equipamentos afins".
Para mais informações sobre a Taurus PT 24/7, acesse o site da Taurus International(em inglês).
REFERENDO DAS ARMAS
Pois é, mais uma pergunta de difícil resposta. VIDE LINK.
AINDA NÃO SABEMOS DE NADA...
NO MAR: Quem bateu em quem no choque das embarcações?
NA TERRA: Ninguém sabe de nada.
LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO OU ASSALTO EM DOSE DUPLA
Assaltantes levam o carro com a família dentro; 500 m. depois bando assalta os assaltantes e levam o carro... Vítimas assistem surpresas.
ESPETÁCULO DO CRESCIMENTO X FANTÁSTICO CRESCIMENTO
Lula no Globo: "Quem precisa de universidade é o pobre, porque o rico pode pagar ou até estudar em Paris". Agora é divisão de classes ???
EU CONFIRMO: Deixa o Flamengo trabalhar!!!
Ilha Boa Viagem
Tem umas coisas que a gente não entende mesmo. Essa Igreja da Boa Viagem fica fechada o mês todo. Só abre um domingo por mês. Por quê não transformam o lugar num ponto turístico aberto para visitação. Que tal a igreja com um museu. Nessa viajada pelo nordeste, nós visitamos vários lugares parecidos. Só que tudo muito bem cuidado e arrumado. A igreja da Boa Viagem fica num ponto lindo, bem perto do MAC e poderia muito bem acomodar um museu e um espaço comercial. (café/livraria)
22 outubro 2006
Igreja
Mais uma de português...
uma cidade de pequeno porte no Brasil, resolveu
abrir um comércio, e claro, escolheu o nome do
estabelecimento, unindo "a razão de ser do
negócio" com lembranças da boa terra":
- Motel Nossa Senhora de Fátima!.
Foi um auê! E a sociedade local pediu-lhe outro
nome, unindo "a razão de ser do negócio com lembranças da boa terra".!
Pois aí está: Fados e Fodas.
Li nos jornais que ele ficou zangado com o povo brasileiro por não vencer no primeiro turno...
Numa dessas ele vai começar a arrumar as malas no próximo domingo...
Sou uma pessoa de pouca fé, mas ainda estou 'a espera dessa realizacão neste ano de 2006...
FALTA PORCO PARA O SEGUNDO TURNO
E tem mais: Luisque Inácio ainda não explicou de onde vieram o R$ 1,7 milhão, e o Gelado Alckmin não tem a menor idéia aonde foram parar os dez milhões de eleitores que ele perdeu na última pesquisa. Depois de semanas de investigações secretas, a Polícia Federal descobriu que a dinheirama petista veio dos bicheiros cariocas. Um delegado amigo meu, mediante uma generosa gorjeta, explicou tudo. O esquema foi o seguinte: Josef Dirceu teve um sonho com o presidente e, assim que acordou, correu até a esquina e mandou jogar tudo no burro. Com a bolada rtecebida, a eminência parda do PT resolveu organizar um churrasco beneficente na Granja do Torto para torrar aquela grana. Acontece que alguns petistas, como o Ricardo Bemruimzini, preferem receber a sua verba malpassada, quase crua. Para atender ao paladar sanguessuga do presidente do seu partido, o churrasqueiro e chuveiro oficial do PT, Ducho Lorenzetti, separou um pouco da grana numa quentinha.
- Mas e o assessor psicanalítico Se Freud Godoy? Onde é que ele entra nesta história? - indaguei curioso ao detetive investitivo.
- Elementar, meu caro Agamenon - respondeu o meganha. - O Freu não é especialista em lidar com inconsciente? O inconsciente no caso é o presidente da República.
AGAMENON MENDES PEDREIRA - O GLOBO.
Jards,
Heli,
Veja que no meu post eu digo: investigar, acusar e julgar
Alguns jornais (TV), revistas, blogs... sentenciam. Isso é péssimo! Pois caso nada seja comprovado o "réu condenado pela mídia" não terá o direito de reparação do sofrimento imposto.
Jards...
Quem deveria por direito, estar praticando atos sérios e comprometidos com a população?
Quem deveria estar denunciando os abusos cometidos?
Sei lá, acho que não tem mais jeito, a coisa está chegando a um ponto muito complicado e somente chegando ao fundo do poço é que esse povo vai se dar conta da situação, aí poderá ser tarde demais....
RA e DM
Reinaldo e Diogo;
se eles são isso tudo que eles dizem que são, não podem perder a classe. Afinal eles dizem que são jornalistas. Parecem mais torcedores. Daqueles bem casca.
Não lulei não!
Belo domingo...
Só em pensar que ainda é domingo e que está um belo dia, eu já fico toda animada, pois a minha sala de aula está lá, a minha espera, numa bela e doce segunda -feira num final de outubro...heheheh quase final de ano...
Espero poder dizer que cumpri a minha tarefa!!!!Por isso vamos a luta! Com Lulla ou sem Lulla!!!
Só estou estranhando essa lulada do Jards, mas tudo bem, vivemos numa Democracia com liberdade de algumas ações...vamos aproveitar...
BELO DOMINGO AZUL
21 outubro 2006
CARTA CAPITAL
"Jornalismo é informação e opinião. CartaCapital não hesita em manifestar as suas opiniões, neste momento, na escolha nítida de uma candidatura em lugar de outra, porque respeita seus leitores, a nação e o País."
Revista VEJA. Eu não vejo!
FALA SÉRIO!
MAX GONZAGA NELES!
"eu acredito
na imparcialidade da revista semanal"
"e eu que sou bem informado
concordo e faço passeata
enquanto aumento a audiência
e a tiragem do jornal"
BOMBA... REVISTA VEJA DA PRÓXIMA_SEMANA
20 outubro 2006
NO MÍNIMO - OLHA SÓ
Se tivesse sido combinado, não daria tão certo. "Olhar estrangeiro", documentário sobre os clichês perpretados pelos filmes internacionais que têm o Brasil como personagem, entra em cartaz hoje - apenas três dias depois da divulgação do trailer de "Turistas", produção americana em que um grupo de mochileiros sofre o golpe "Boa noite, cinderela" em uma viagem ao país.
Baseado no livro "O Brasil dos gringos: imagens no cinema" e dirigido por Lúcia Murat ("Quase dois irmãos"), o documentário mostra que a visão estereotipada presente em "Turistas" é a regra dos filmes estrangeiros que têm o Brasil como cenário ou que citam de alguma forma o país.
O problema não é a tanta a violência mostrada em "Turistas" - mesmo porque ela está presente de maneira muito mais acentuada nos filmes brasileiros. O problema é resumir o Brasil a apenas dois ou três de seus aspectos: a sexualidade feminina, a natureza exótica, a alegria e musicalidade dos seus habitantes.
Dê uma olhada na foto acima, uma cena tira de "Feitiço no Rio" (Blame it on Rio), de 1984, um dos filmes de maior sucesso rodados no Brasil. Nela, os personagens de Michael Caine (de camisa social) e Joseph Bologna passeiam pela praia do Arpoador.
Todos os três elementos "típicos" do Brasil estão lá: as mulheres estão todas de topless, uma delas (logo abaixo de Bologna) tem um macaco pendurado em seu ombro e um pouco à esquerda há um sujeito tocando flauta. O Brasil dos gringos resumido em uma imagem.
"Olhar estrangeiro" traz trechos curiosos desse e de outros filmes estrangeiros sobre o Brasil. Como "Próxima Parada: Wonderland" (1999), em que um brasileiro interpretado por um ator latino (José Zúñiga) chaveca uma americana (Hope Davis) cantando uma bossa nova com sotaque espanhol e convidando-o para conhecer a praia de "Su Paulo". Ou "Brenda Starr" (1989), passado no Brasil, mas filmado na Flórida, em que a protagonista (Brooke Shields) desliza por um rio montada em dois jacarés.
Para tentar analisar a razão de tantos clichês perpetrados sobre o Brasil, Murat inverte a câmera em direção aos estrangeiros. A diretora entrevista diversos profissionais envolvidos com os filmes rodados no país, como os atores Michael Caine, Hope Davis e Jon Voight ("Anaconda"), os diretores Greydon Clark ("Lambada - A dança proibida"), Zalman King ("Orquídea selvagem"), Robert Ellis Miller ("Brenda Starr"), Philipe de Brocca (do francês "O homem do Rio") e Philippe Clair (do também francês "Si tu vas à Rio, tu meurs", que tinha como estrela Roberta Close).
Das entrevistas, surge a certeza de que a grande maioria dessas pessoas não fizeram sua lição de casa sobre o Brasil. Caine, por exemplo, aponta a beleza do povo brasileiro como razão para os clichês sobre o país. De Brocca diz que não consegue imaginar um filme com um brasileiro trabalhando. King conta que já chegou aqui com idéias preconcebidas sobre temas como sexo, candomblé e sexo. Decidiu mantê-las mesmo depois de perceber que elas não correspondiam à realidade.
Nesse cenário de estereótipos, Murat aponta duas exceções, não por acaso dois filmes que nunca foram concluídos por seus diretores. O primeiro é o famoso "It's all true", do norte-americano Orson Welles, que registrou belíssimas imagens sobre jangadeiros do Ceará e o carnaval do Rio.
O segundo é desconhecido "Le Grabuge", rodado pelo francês Édourd Luntz no Rio em 1968. A Fox, produtora do filme, não gostou da visão realista do diretor e tentou modificar o filme. Luntz ganhou na Justiça o direito de fazer sua versão, mas a Fox já havia destruído o negativo.
O lado mais saboroso de "Olhar estrangeiro" é o aspecto anedótico dos filmes e das entrevistas. Mas, em certo grau, ele repete o problema das produções que retrata: a superficialidade. Murat consegue demonstrar a ignorância das produções e dos profissionais que tentaram retratar o país. Mas não vai muito fundo na hora de investigar as causas do problema.
O filme deixa de lado uma questão fundamental: em que medida os brasileiros ajudaram a criar essa imagem estereotipada divulgada pelos estrangeiros? Até que ponto o Brasil dos gringos é também um produto nacional?
[10 comentários]Publicado por Ricardo Calil - 20/10/06 12:01 AM
NO MÍNIMO - CONTEMPORÂNEA
Reportagem do NY Times, parcialmente reproduzida no blog da jornalista Tania Menai, discute o hábito dos casais de caminharem de mãos dadas, raro em cidades como Nova York. Depoimento colhido com Drew Fitzherbert, 21 anos, indica que o gesto é considerado comprometedor porque expressa uma relação pública. Os especialistas entrevistados pelo jornal garantem que há diferenças entre andar na rua de mãos dadas e dar as mãos no cinema, por exemplo.
Embora reconheça ser impossível quantificar se diminuiu ou não o número de casais que se dão as mãos, o diretor do serviço de psicologia da Universidade de Cornell, Gregory T. Eells, lembra que costuma ver muito mais gente na rua segurando um telefone celular do que dando as mãos. Peter Shawn Bearman, diretor do Instituto de Pesquisas Sociais e Econômicas da Universidade de Clumbia, diz que andar de mãos dadas em cidades cheias como Nova York é impraticável. Para ele, talvez a proporção de casais de mãos dadas possa estar diminuindo miuto mais por causa da densidade demográfica dos grandes centros urbanos do que por uma queda no valor romântico do gesto.
Segundo Tania Menai, moradora de Nova York há mais de 10 anos, o hábito de dar as mãos é mais facilmente encontrado em casais homossexuais do que hetero. Para os gays, andar entrelaçando os dedos seria uma forma dupla de expressão: compromisso e liberdade de assumir a relação.
Muitos heteros americanos continuam andando lado a lado, com as mãos no bolso. É sempre difícil saber se são irmãos, amigos, ou, quem sabe, casados.
Por aqui, ainda temos fortemente enraizada a cultura de expressar intimidade em público: os dois beijinhos nos amigos, impensáveis em países europeus, por exemplo. Mas com a estabilidade das relações afetivas ameaçadas, será que também vamos nos tornar americanizados na solidão e na distância?
Gesto de maior intimidade até do que o sexo, andar de mãos dadas seria sinal máximo de afeto, carinho, amor, consideração e respeito. Um conjunto de coisas que, infelizmente, estão em extinção nas relações humanas.
[13 comentários]Publicado por Carla Rodrigues - 20/10/06 12:01 AM
19 outubro 2006
SENTI FIRMEZA
João Ubaldo Ribeiro
Vou contar muito resumidamente a história, apesar de ela ter saído em todos os jornais, porque já se passou mais de uma semana e nossa memória não é muito bem-falada. Uma senhora de 67 anos, d. Maria Dora dos Santos Arbex, ao ser atacada por um assaltante, abriu a bolsa, sacou um revólver e deu um tiro na mão do agressor. Desejo manifestar minha modesta opinião sobre o assunto e parte do que, pelo menos até o momento, ele rendeu.
Minha opinião, a julgar pelo que tenho lido, deverá ser considerada perniciosa, retrógrada, reacionária, insensível, censurável, quiçá burra e certamente ignorante, no ver de muita gente. Fico chateado com isso, porque sempre me achei progressista e meu pai se esforçou tanto para que eu tivesse uma formação razoável. Mas não posso fazer nada, porque, como disse, pretendo opinar sobre esse assunto e – digito estas palavras com os dedos trêmulos – a verdade é que estou com d. Maria Dora e não abro. E, desta forma, talvez esteja sujeito a ir em cana na companhia dela, pois todo o episódio demonstrou como é longo e rigoroso o braço da lei, que não irá poupar-me quiçá de uma alegação de cumplicidade (sim, porque estou disposto a abrigar ilegalmente d. Maria Dora em minha casa, caso ela precise foragir-se devido a seu grave delito) ou várias outras malfeitorias que a ordem pública defina.
Todas as desculpas que poderiam ser alegadas em nosso favor são inaceitáveis não só pela lei como pelo pensamento politicamente correto. Começa pelo fato de que d. Maria Dora realmente não podia estar portando uma arma. É proibido por lei, porque o Estado detém o monopólio da violência e não admite que ele seja violado, como sabe, por exemplo, qualquer cidadão do Rio de Janeiro e São Paulo – e, neste último, a polícia foi muitas vezes alvo de bandidos, mas é que os bandidos não foram bem informados. No mais, todo mundo sabe que a lei é justa, mais do que justa, porque o Estado protege a nós todos e ninguém aqui pode queixar-se de falta de segurança. Não só é lei como é realidade. O Estado protege inclusive os fracos e ninguém aqui precisa proteger a si mesmo. Ponto contra nós, d. Dora. Mal comecei e já tenho certeza de que a gente vai se dar mal nesta, de ponta a ponta.
Em segundo lugar, admitamos também, está inteiramente errado a senhora ferir o assaltante. O certo, todo mundo sabe, seria a senhora ser ferida ou morta pelo assaltante. É esse o procedimento adequado, adotado por centenas de bons brasileiros, todos os dias. E a senhora vai e fere o assaltante, sem perceber o egoísmo e a falta de espírito público de seu gesto. Se o assaltante, Deus a livre e guarde sempre, tivesse matado a senhora, seria mais uma oportunidade para lamentarmos a violência urbana, fazermos camisetas com seu nome e abraçarmos o Parque do Flamengo, ou qualquer coisa assim.
Não esqueçamos ainda que a posição politicamente correta é a favor do assaltante. Digo mais, d. Maria Dora, acho que a senhora vai ficar surpresa com isto, mas é verdade: assaltante é esquerda, assaltado é direita. Assim de primeira, sei que é difícil de acreditar, mas, considerando que, se perguntada o que quer dizer esquerda e o que quer dizer direita, a maioria dos auto-intitulados intelectuais de esquerda não saberá o que responder por ignorância mesmo e gaguejará abundantemente, acho que a senhora entenderá com mais facilidade que assaltante é esquerda e assaltado é direita.
Como a senhora sabe, de uns tempos para cá, ninguém é culpado de nada. Considerar alguém culpado de alguma coisa é horrivelmente incorreto, desde o momento glorioso em que a psicanálise e a sociologia invadiram os botequins. Agora todo mundo é vítima, ora das circunstâncias sociais, ora dos traumas psíquicos. Ninguém é mau-caráter, mentiroso, preguiçoso, violento, vigarista etc., é todo mundo vítima de alguma coisa. Culpar alguém, vamos ter de reconhecer, d. Maria Dora, não está com nada. Quer dizer, culpar a senhora pode, porque a senhora não teve a famosa origem miserável, causa principal da delinqüência, segundo as versões botecais das referidas ciências. Eu também não, isso é horrível e venho até escondendo o fato de que, por exemplo, nunca passei fome em minha vida, pois está ficando feio para o Novo Intelectual, o que lá seja isso.
Segundo também soube pelos jornais, o pobre assaltante vivia praticando sua arriscada e ingrata profissão há muito tempo por ali mesmo e costumava, sem que a polícia fizesse nada, achacar ou assaltar os moradores da área, o que teria levado d. Maria Dora a portar a arma. Não houve compreensão por parte desses moradores, como não há compreensão por parte dos moradores de todas as grandes cidades. Deviam cotizar-se para garantir o sustento do infeliz. Deviam oferecer-se como voluntários para o assalto do dia, a fim de que ele não se sentisse um inútil, sem exercer sua profissão e, portanto, socialmente excluído.
Soube finalmente que, para a prisão da d. Maria Dora, mobilizaram-se oito viaturas policiais. Pouco, talvez, mas acabou se revelando suficiente. Não sei qual será o destino judicial dela, mas certamente o do assaltante, se houver, será bastante menos severo. E, além disso, de mau exemplo para baixo, d. Maria Dora já vem sendo desancada pelos especialistas. Portanto, d. Maria Dora, nosso caso está perdido, a lei, a ordem e a segurança estão garantidas. Com a nossa prisão e a de indivíduos que pensarem como nós, a tranqüilidade geral será assegurada. D. Maria Dora, com todo o respeito, mas somos praticamente do mesmo tope etário e podemos dispensar certas frescuras. A senhora já pensou, como eu já pensei e já fiz, em mandar esse pessoal todo à merda? Não resolve, até porque a maior parte já está lá, mas consola um pouco.
Fwd: o fotógrafo
Em um determinado país foi criado um programa
de incentivo à natalidade,
pois o número de habitantes estava caindo e a
proporção de idosos crescia
assustadoramente.
Necessitando de mão-de-obra, o governo decretou uma lei que obrigava os
casais a terem um certo número de filhos.
Previa também uma tolerância de cinco anos após o casamento,fim dos
quais,o casal deveria ter pelo menos um pimpolho.
Aos casais que no fim do prazo não conseguissem ter um filho, o governo
destacaria um agente auxiliar para que a criança fosse gerada.
Neste cenário se deu o seguinte diálogo entre um casal:
MULHER: Querido, completamos hoje 5 anos de casamento!
MARIDO: É... e infelizmente não tivemos nenhum filho.
MULHER: Será que eles vão mandar o tal agente?
MARIDO: Não sei... talvez mandem.
MULHER: E se ele vier?
MARIDO: Bem, eu não posso fazer nada.
MULHER: E eu, menos ainda...
MARIDO: Vou sair, já estou atrasado para o trabalho...
Logo após a saída do marido, bateram à porta:
TOC, TOC, TOC!!!! A mulher abriu e encontrou
um homem de boa aparência à
espera.
Tratava-se de um fotógrafo que saiu para
atender um chamado de uma família
que queria fotografar sua criança
recém-nascida, mas que por um engano, errara o
endereço procurado.
E o diálogo se seguiu:
HOMEM: Bom dia! Eu sou...
MULHER: Ah, já sei! Pode entrar.
HOMEM: Obrigado. Seu esposo está em casa?
MULHER: Não. Ele foi trabalhar.
HOMEM: Presumo que esteja a par.
MULHER: Sim, ele já está sabendo de tudo. Eu também concordo.
HOMEM: Ótimo. Então vamos começar.
MULHER: Mas já? Tão rápido...
HOMEM: Preciso ser breve, pois tenho ainda 16 casas para visitar.
MULHER: Minha nossa! O senhor agüenta?
HOMEM: O segredo é que eu gosto do meu trabalho, me dá muito prazer!
MULHER: Então vamos começar. Como faremos?
HOMEM: Permita-me sugerir: uma no quarto, duas no tapete, duas no sofá.
MULHER: Serão necessárias tantas?
HOMEM: Bem, talvez possamos acertar na mosca
já na primeira tentativa...
MULHER: O senhor já visitou alguma casa neste bairro?
HOMEM: Não, mas tenho comigo algumas amostras
do meu trabalho(mostrou algumas fotos de crianças). Não são lindas??
MULHER: Como são belos estes bebês! Foi o senhor mesmo quem fez?
HOMEM: Sim. Veja esta aqui, por exemplo, foi
conseguida na porta do spermercado.
MULHER: Que horror! O senhor não acha muito público?
HOMEM: Sim, mas a mãe queria muita publicidade.
MULHER: Eu não teria coragem!!!
HOMEM: Esta aqui foi em cima do ônibus.
MULHER: Cacilda!!!
HOMEM: Foi um dos serviços mais difíceis que já fiz.
MULHER: Claro, eu imagino!
HOMEM: Esta foi feita no inverno, em um parque de diversões.
MULHER: Credo! Como o senhor conseguiu? Não sentiu frio?
HOMEM: Não foi fácil! Como se não bastasse a
neve caindo, tinha uma multidão em volta. Quase não consegui acabar.
MULHER: Ainda bem que sou discreta, e não quero ninguém nos olhando.
HOMEM: Ótimo, eu também prefiro assim. Agora,
se me dá licença, eu preciso armar o tripé.
MULHER: Tripé?!!!
HOMEM: Sim madame, pois o negócio, além de
pesado, depois de armado mede quase um metro.
A mulher desmaiou...
Texto publicado na revista PIAUÍ
Poucos falam como Roberto Jefferson, 53 anos. Construí minha vida com fidúcia, proclama, luxuosamente, no carro que o leva para Petrópolis no dia das eleições. Havia passado a manhã acompanhando a filha, Cristiane Brasil, candidata a deputada federal pelo PTB, que não se elegeu. Para os jornalistas que o seguiram na caminhada pelo Flamengo, serviu-se de sentenças e expressões ornamentais: política farisaica do PT, manifestações populares eloqüentes que me aquecem o coração, o poder hoje já não emana do povo, mas dos concursos públicos que escolhem procuradores e policiais federais. Roberto Jefferson não fala perora. Sobre a maneira como o então deputado federal Geraldo Alckmin se desincumbiu de uma missão que ele lhe confiara, afirma: Ele se houve maravilhosamente bem. Jefferson não diz ondas, prefere vagas; ao invés de acho, é creio.
No Santana 2002, guiado por Eduardo Nunes Serdoura, seu motorista há 25 anos, ensina seus truques de sobrevivência no mundo da política. Nunca se deve fazer campanha em bar. É lugar de homens exaltados; eles bebem e perdem a compostura. Dos políticos que admira, põe no topo Fernando Henrique Cardoso. FHC te faz importante, te chama, te seduz, busca tua opinião. Ele, o presidente da República; você, apenas líder de partido. É a relação do romance, em oposição à relação do PT, que é a da prostituta. Explica: FHC voltara de Washington, onde havia sido homenageado por Clinton. Na mesma tarde liguei para ele a respeito de uma questiúncula do Congresso. Ele disse: Roberto, venha cá. E eu fui, e ele me falou do presidente americano, fez confidências. Saí de lá maior do que eu mesmo. Já Lula só me recebeu em 2005. E Dirceu só me chamava para o toma-lá-dá-cá.
Na política, cada gesto deve ser medido. Certa vez, Jefferson foi convidado para ir à casa do então deputado José Roberto Arruda, o mesmo que acaba de se eleger governador do Distrito Federal. Arruda queria se transferir para o PTB. Ele recebeu a mim e a dois companheiros. Serviu-nos um vinho arrolhado trouxe a garrafa já aberta, com a rolha parcialmente para fora. Demonstrou desapreço. Foi o primeiro sinal. A conversa desandou. Arruda não foi aceito no PTB. Com Cesar Maia, foi igual: ele havia sido eleito prefeito do Rio pelo PTB. Jefferson e dois companheiros foram à casa dele. Ele nos recebeu de chinelo. Eu e meus companheiros levamos nossas esposas. Maia conversou conosco por uma hora e não teve a elegância de chamar sua mulher. Sequer nos ofereceu uma água. Fiquei quieto, mas julguei. Maia nos perguntou: O que vocês querem?. Um companheiro pediu a direção da Comlurb, outro reivindicou não sei mais que cargo. Maia concordou. Então perguntou-me: E você?. Testei-o: Nada, eu já tenho o prefeito. Ele gostou tanto da resposta que, no dia seguinte, espalhou-a aos quatro ventos. Se sou eu, não ouço isso em silêncio. Nesse dia, rompi com ele em meu coração. Cesar Maia diz que a história é verdadeiríssima.
Segundo Jefferson, para sobreviver em Brasília é necessário ter relações, palavra empenhada e não ser pequeno. O que significa não ser pequeno? Significa não sucumbir à pequena negociata, ao dinheiro miúdo para aprovar essa ou aquela emenda. É o caminho sem volta rumo ao baixo clero. Mas a lealdade não deve ser condição necessária, visto que inúmeros homens sobreviveram a traições políticas. É o caso de Renan Calheiros, que traiu Collor, traiu Fernando Henrique. A lealdade pode sofrer oscilações, não é esse o problema. Não busque em Renan solidariedade; busque negócios: tratou, ele cumpre. Cumpre sem voltar para trás, em silêncio. É a omertà.
A conversa desperta angústia do motorista Eduardo Serdoura. Escudeiro fidelíssimo de Jefferson, Edu era vendedor de jornal em sinal de trânsito quando o conheceu. É tratado pelo patrão como um igual, senta-se à mesma mesa, recebe beijos da família. Em Petrópolis, pergunta a uma das dezenas de pessoas que comem feijoada na casa do ex-deputado: Você não acha que esses escândalos desmoralizaram a nossa classe?. O interlocutor pergunta se ele se refere à classe dos políticos. Não, à minha classe, a dos homens pequenos. Todos esses casos começaram com um motorista, uma secretária, um caseiro. Estamos nos saindo muito mal. Parece que somos todos traidores. Alguém o abraça, aquieta-o.
Já são quase 16 horas. Jefferson entra no carro e vai visitar o pai. Roberto Francisco é um homem de 72 anos, professor aposentado de matemática. Tem um rosto redondo, um bigode à antiga e cabelos imaculadamente penteados para trás. A barriga é pronunciada, a voz é tonitruante como a de um barítono. Roberto Francisco a emprega para declamar poesias. Há 30 anos preside a União Brasileira de Trovadores.
O estilo Roberto Jefferson não existiria sem o professor Roberto Francisco. Meu pai, Ibrahim, me obrigava a aprender um novo vocábulo por dia, com pelo menos cinco sinônimos. Nos dias de aniversário, tínhamos de escrever sonetos para o aniversariante. E éramos forçados a discursar por cinco minutos sobre temas irrelevantes: um copo, um grão de feijão. Aprendíamos a manter o interesse do ouvinte, a erguer a voz na hora certa, a pontuar a fala com pausas dramáticas. Tomei gosto pela língua. Era o melhor dos alunos. Só uma vez falhei. O professor pediu que eu lhe desse o imperativo positivo de resfolegar. Respondi: Resfólega tu, resfolegai vós. Errei. Na época, o verbo era irregular. O correto era resfolga tu. Desde cedo, Jefferson aprendeu a salpicar drama nas suas falas. Nas CPIs, não improvisava. Na véspera, à noite, eu fazia prelibações Sopesava imagens, sentia o gosto das metáforas. Recordava os parnasianos.
Roberto Jefferson cresceu entre as trovas do pai e as lições do avô Ibrahim. Num dia que chuviscava, avô e neto caminhavam. Viram um homem que regava uma planta. O avô perguntou: O que você vê, meu filho?. Um homem regando plantas, vovô. E o que cai do céu? Chuva. Então dirija seus olhos para a catedral de Petrópolis e dê graças a Deus. A vida é uma competição, e um homem que rega plantas em dia de chuva jamais será seu adversário. Um a menos.
O professor Francisco não hesita ao responder quem é o seu poeta do coração: Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac um alexandrino perfeito até no nome. É também o poeta predileto de Roberto Jefferson. O pai pergunta ao visitante se ele conhece A alvorada do amor. Não. O professor suspira, toma fôlego, apura a voz, ergue a mão e começa: Um horror, grande e mudo, um silêncio profundo . Roberto Jefferson sobrepõe sua voz: no dia do Pecado amortalhava o mundo. Pai e filho vão até o fim dos 43 versos. O pai tem os olhos marejados. O filho olha admirado para o pai. Seu mestre.
Este texto está no primeiro número da revista "piauí".
Publicitária petista leva mordida durante briga e perde parte de um dedo
CRISTINA TARDÁGUILA da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
Circular pelo Leblon, bairro de classe alta da zona sul do Rio, com uma camiseta de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva custou à publicitária Danielle Corrêa Tristão, 38, parte do dedo anelar esquerdo.Na madrugada da última segunda, ao chegar a um dos bares mais tradicionais da região, o Jobi, a publicitária foi hostilizada e teve a ponta do dedo anelar esquerdo arrancada ao ser mordida pela jornalista Ana Cristina Luzardo de Castro, 39.A publicitária vestia uma camisa com a inscrição "Lula, sim". O Leblon é um dos bairros em que mais são vendidas camisetas com os dizeres "Lula, não. Abaixo a corrupção".A venda das camisetas anti-Lula está concentrada em bares do bairro. "Uso para ver se a galera se toca e não vota no Lula", justificou o mecânico Edgar Freire Machado Guimarães, 25."Quando eu, meu marido e dois amigos chegamos ao bar, fomos vaiados e hostilizados por causa da camiseta "Lula, sim" que vestíamos. O garçom até nos pediu que não nos sentássemos, mas resolvemos ficar em uma mesa do lado de fora. Durante todo o tempo, fomos alvos de bolinhas de papel vindas de diversas partes e de aviõezinhos feitos com santinhos do candidato Geraldo Alckmin. Teve até um senhor que me ameaçou com um prato", afirmou Danielle."Depois de pagar a conta, fui ao banheiro, dentro do bar, e, ao sair, duas mulheres se deram o direito de tirar meu chapéu. Temendo confusão, meu marido me puxou para fora, mas as duas vieram correndo atrás de mim. Uma delas me agarrou pelos cabelos e acabou mordendo meu dedo. Quando percebi, a mão já estava sangrando, e parte do dedo estava no chão", disse a publicitária.A autora da mordida, que não foi encontrada pela Folha para comentar o caso, só foi identificada por Danielle por ter prestado queixa à polícia antes dela.Segundo o delegado da 14ª DP, João Ismar, Ana Cristina Luzardo de Castro chegou à delegacia pouco antes das 3h, acompanhada de um amiga, e disse que ambas tinham sido vitimas de unhadas desferidas por uma mulher que havia iniciado discussões políticas em um bar. Danielle não poderá fazer o reimplante da falange.
17 outubro 2006
POLÍTICA
16 outubro 2006
15 outubro 2006
UMA KAISER, POR FAVOR!
FERNANDO GABEIRA
Debate é o escambau - Tutty Vasques
14.10.2006 Daniella Cicarelli, "Tapa na Pantera", Fernando Gabeira, fala sério, seja qual for o assunto – sexo, maconha ou política - ultimamente não dou uma dentro com os leitores deste site. Basta passar os olhos na seção "Comentários" de meus três artigos mais recentes para perceber que a gente não está se entendendo. Nós e a torcida do Flamengo. Seria muita pretensão imaginar que o problema é meu ou dos prezados leitores num país em que ninguém está preocupado em entender o que o outro diz para dele discordar com veemência – taí o último debate que não me deixa mentir.
Brigar, isso que os candidatos fazem quando são chamados a discutir, está virando esporte nacional. A garotada que se criou na Internet tem isso no sangue. Debate para eles é uma espécie de capoeira. Não há argumento contra o rabo-de-arraia nem idéia que resista a um chute bem dado na cabeça de quem a tem. Bateram na minha até por conta do que escrevi aqui na semana passada sobre a dificuldade de parte do eleitorado tradicional de Gabeira em dividir o deputado com o voto de confiança no caçador de severinos.
Era pra ser engraçado, mas não consegui de novo me fazer entender, mesmo depois de refletir a respeito dessa dificuldade mútua no artigo "Que geração é essa?", publicada na revista "Veja Rio" da semana passada. Se tiverem paciência, leiam o texto que reproduzo abaixo, tenho quase certeza de que vou apanhar outra vez. Batam com carinho, por favor!
Que geração é essa?
Não faço a menor idéia de como é ser jovem na era moderna da Internet. A possibilidade de se trancar no quarto depois da escola com todos os mistérios e maluquices do mundo às suas ordens na tela do computador, santa banda larga, precisa ter um tanto de juízo que eu não sei se dispunha aos 16 anos. Outras tantas gerações – não me deixem só, leitores - que na adolescência nem sonhavam com tamanha independência e liberdade de busca jamais saberão exatamente que sensação é essa de crescer sem precisar perguntar nada olhando nos olhos de alguém. As respostas, meu amigo, estão ar: no Orkurt, no You Tube, no Wikipedia, no Msn, no Skype, no Google, na blogosfera.
Qualquer esquisitice – a vida de Van Gogh, o sexo tântrico virtual ou o voto do Caetano –, está tudo lá pro garotão ver, ler, ouvir, interagir e, se não gostar, mandar quem de direito às favas, sem qualquer cerimônia com a celebridade do autor do arquivo, seja ele Luis Fernando Verissimo, Bruna Surfistinha, Millôr Fernandes ou Shakespeare: "Você não passa de um imbecil invejoso" - e-mail, como se sabe, é hoje em dia o meio mais corriqueiro de se encerrar uma conversa.
Não tome isso como denúncia, mas vem sendo criada no cativeiro livre da web uma geração sem papas na língua ou interesse pelo confronto de idéias. Não passa pela cabeça dessa turma a hipótese de aprender alguma coisa com alguém. A garotada de hoje não sabe, sinceramente, que não sabe. A Internet lhe dá o poder absoluto e infinito da onipotência. E quem é você para discordar?
Fechados em pequenas comunidades temáticas, adeptos da linguagem abreviada dos chats e torpedos SMS, os jovens que atingiram a adolescência nos últimos cinco anos de avanços fantásticos na web estão desaprendendo a conversar. A agressão verbal é o único recurso disponível para enfrentar alguém que pense diferente. Se é só uma fase, como se dizia antigamente, ou prenúncio de uma geração sem horizontes ou ambição pelo conhecimento, o tempo dirá. Pode ser que nasça daí uma galera surpreendentemente criativa quando a maturidade exigir atitudes longe do teclado.
Acho que só daqui a uns cinco anos vamos ter idéia do que foi ser adolescente na segunda metade desta década. Por enquanto, mantemos apenas uma imensa dificuldade de entendimento. Desde 2000, dedico pelo menos 90% do meu tempo de trabalho produzindo crônicas e notas de humor para revistas eletrônicas de informação. Vivo na – e da – Internet. Nas últimas três semanas tenho apanhado feito cão sem dono por conta de algumas considerações que fiz no site "NoMínimo" sobre dois vídeos de grande sucesso na atual temporada no tal You Tube: o das cenas de amor de Daniella Cicarelli numa praia da Espanha e um outro chamado "Tapa na pantera", protagonizado por Maria Alice Vergueiro – a Fernanda Montenegro do teatro underground – no papel de uma velha maconheira tirando sarro do vício.
Em resumo, critico em um dos artigos o neomachismo emergente nas ondas da Internet para disseminar entre jovens a idéia de que o desejo feminino é coisa de cachorra, daí o ódio inexplicável a Cicarelli depois daquele vídeo. Na outra crônica, a da septuagenária puxadora de fumo, acuso no curta metragem (visitado por mais de 1,5 milhão de internautas logo nas primeiras semanas de exibição na web) um espetáculo tão degradante do ponto de vista dos neurônios da protagonista que todo pai deveria mostrá-lo aos filhos a título de advertência: "Olha aí como fica uma pessoa que fuma maconha".
Opinião, aprendi com meus mestres em Jornalismo, é boa quando desperta discussão, troca de idéias, contraditórios e até xingamentos. Vivemos o fim de uma era em que todo debate partia da premissa "entendi o que você quis dizer e discordo". Vai entender o que quer te dizer um jovem com "infelizmente o mundo tem lugar pra gente como você, seu preconceituoso". Virei promíscuo e pornográfico, na defesa Daniella Cicarelli; careta e ultrapassado, na crítica ao que julguei conteúdo ruim de dar vergonha a velhos maconheiros. Choveu insultos na minha caixa postal. Coisa de 1 mil mensagens, creio que pelo menos 60% perguntando que tipo de idiota me pagava para escrever.
Sobrou até pra quem foi citado em um dos artigos e, não faz muito tempo, merecia o respeito da garotada por suas idéias em defesa da descriminalização das drogas: "O Gabeira leva 65 anos para chegar a conclusões que qualquer um chega aos 25 anos de idade, e ainda é reverenciado por isso."
Não me aborrecem!
Fico pensando como seria Fernando Gabeira, aos 16 anos, trancado em seu quarto com um computador. Não há porque achar que boa coisa não fosse dar. Vivo, pois, a expectativa do triunfo da geração web. A ela, só me ocorre o conselho que Nelson Rodrigues costumava dar aos jovens de antigamente: "Envelheçam, envelheçam logo...!"
Sou um Professor...
Nasci no primeiro momento em que uma pergunta saltou da boca de uma criança.Tenho sido muitas pessoas em muitos lugares.Sou Sócrates, estimulando a juventude de Atenas para descobrir novas idéias usando perguntas.Sou Anne Sullivan, tamborilando os segredos do universo sobre a mão estendida de Helen Keller.Sou Esopo e Hans Christian Andersen, revelando a verdade por meio de muitas, muitas estórias.Sou Darcy Ribeiro, construindo uma universidade a partir do nada no planalto brasileiro.Sou Ayrton Senna, que transforma sua fama de herói esportista em recursos para educar crianças em seu país.Sou Anísio Teixeira, na sua luta de democratização daeducação para que todas as crianças brasileirastenham acesso à escola.Os nomes daqueles que exerceram minha profissão constituem uma galeria da fama da humanidade:Buda, Paulo Freire, Confúcio, Montessori, Emilia Ferreiro, Moisés, Jesus.Eu sou também aqueles nomes e rostos que já foram esquecidos, mas cujas lições e cujo caráter serão para sempre lembrados nas realizações dos que educaram.Já chorei de alegria em casamentos de ex-alunos, ri de felicidade pelo nascimento de seus filhos e me quedei de cabeça baixa, em dor e confusão, junto a sepulturas cavadas cedo demais para corpos jovens demais.No decorrer de um dia já fui chamado para ser artista, amigo, enfermeiro, médico, treinador; tive de encontrar objetos perdidos, emprestar dinheiro, fui motorista de táxi, psicólogo, substituto de pai e mãe, vendedor, político e guardião da fé.Apesar de mapas, gráficos, fórmulas, verbos, histórias e livros, na verdade não tive nada a ensinar aos meus alunos porque o que eles de fato têm de aprender é quem eles são.E eu sei que é preciso um mundo para ensinar a uma pessoa quem ela é.Eu sou um paradoxo. Quanto mais escuto, mais alta se faz ouvir minha voz.Quanto mais estou disposto a receber com simpatia o que vem de meus alunos, mais tenho para oferecer-lhes.Riqueza material não faz parte dos meus objetivos, mas eu sou um caçador de tesouros, dedicado em tempo integral à procura de novas oportunidades para meus alunos usarem seus talentos e buscando sempre descobrir seu potencial,às vezes enterrado sob o sentimento do fracasso.Sou o mais afortunado dos trabalhadores.Um médico pode trazer uma vida ao mundo num só momento mágico.A mim é dado cuidar que a vida renasça a cada dia com novas perguntas, melhores idéias e amizades mais sólidas.Um arquiteto sabe que, se construir com cuidado,sua estrutura pode durar séculos.Um professor sabe que, se construir com amor de verdade, sua obra com certeza durará para sempre.Sou um guerreiro que luta todos os dias contra a pressão de colegas, a negatividade, o medo, o conformismo, o preconceito, a ignorância e a apatia.Mas tenho grandes aliados: a inteligência,a curiosidade, o apoio dos pais, a individualidade,a criatividade, a fé, o amor e o riso.Todos vêm reforçar minha trincheira.E a quem devo agradecer pela vida maravilhosa que tenho senão a vocês, pais, que me honraram ao me confiar seus filhos, que são sua maior contribuição para a eternidade.E assim tenho um passado rico em recordações.Tenho um presente desafiador, cheio de aventuras e alegrias, porque me é dado passar todos os meus dias com o futuro.Sou um Professor... ...e agradeço a Deus por issoTodos os dias de minha vida...
Autor(a) Texto: John W. Schlatter
Dia do professor!!!
Hoje é o Dia do professor!!!
Eu não apareço nas fotos, mas esses são os meus alunos em atividades realizadas na semana da criança!!!
Eles foram um dia para a escola com os seus pijamas!!!!hehehe e as professoras também!Não sei exatamente porque a direção da escola fez essa atividade, mas acho que é para que exista sempre um pouco da criança em cada um...sei lá....
Tem algo que quero afirmar!
Adoro ser professora e amo muito a todos os meus alunos!!!
UMA LUZ NO FINAL DO TÚNEL
CARTA AO CHICO
Chico, você foi, é e será sempre meu herói. Pelo que você foi, pelo que você é e pelo que creio que continuará sendo. Por isso mesmo, ao ver você declarar que vai votar no Lula "por falta de opção", tomei a liberdade de lhe apresentar o que, na opinião do seu mais devoto e incondicional admirador, pode ser uma opção.
Eu também votei no Lula contra o Collor. Tanto pelo que representava o Lula como pelo que representava o Collor. Eu também acreditava no Lula. E até aprendi várias coisas com ele, como citar ditos da mãe. Minha mãe costumava lembrar a piada do bêbado que contava como se tinha machucado tanto. Cambaleante, ele explicava: "Eu vi dois touros e duas árvores, os que eram e os que não eram. Corri e subi na árvore que não era, aí veio o touro que era e me pegou." Acho que nós votamos no Lula que não era, aí veio o Lula que era e nos pegou.
Chico, meu mestre, acho que nós, na nossa idade, fizemos a nossa parte. Se a fizemos bem feita ou mal feita, já é uma outra história. Quando a fizemos, acreditávamos que era a correta. Mas desconfio que nossa geração não foi tão bem-sucedida, afinal. Menos em função dos valores que temos defendido e mais em razão dos resultados que temos obtido. Creio que hoje nossa principal função será a de disseminar a mensagem adequada aos jovens que vão gerenciar o mundo a partir de agora. Eles que façam mais e melhor do que fizemos, principalmente porque o que deixamos para eles não foi grande coisa. Deixamos um governo que tem o cinismo de olimpicamente perdoar os "companheiros que erraram" quando a corrupção é descoberta. Desculpe, senhor, acho que não entendi. Como é, mesmo? Erraram? Ora, Chico. O erro é uma falha acidental, involuntária, uma tentativa frustrada ou malsucedida de acertar. Podemos dizer que errou o Parreira na estratégia de jogo, que erramos nós ao votarmos no Lula, mas não que tenham errado os zésdirceus, os marcosvalérios, os genoinos, dudas, gushikens, waldomiros, delúbios, paloccis, okamottos, adalbertos das cuecas, lulinhas, beneditasdasilva, burattis, professoresluizinhos, silvinhos, joãopaulocunhas, berzoinis, hamiltonlacerdas, lorenzettis, bargas, expeditovelosos, vedoins, freuds e mais uma centena de exemplares dessa espécie tão abundante, desafortunadamente tão preservada do risco de extinção por seu tratador. Esses não erraram. Cometeram crimes. Não são desatentos ou equivocados. São criminosos. Não merecem carinho e consolo, merecem cadeia.
Obviamente, não perguntarei se você se lembra da ditadura militar. Mas perguntarei se você não tem uma sensação de déjà vu nos rompantes de nosso presidente, na prepotência dos companheiros, na irritação com a imprensa quando a notícia não é a favor. Não é exagero, pergunte ao Larry Rother do New York Times, que, a propósito, não havia publicado nenhuma mentira. Nem mesmo o Bush, com sua peculiar e texana soberba, tem ousado ameaçar jornalistas por publicarem o que quer que seja. Pergunte ao Michael Moore. E olhe que, no caso do Bush, fazem mais que simples e despretensiosas alusões aos seus hábitos ou preferências alcoólicas no happy hour do expediente.
Mas devo concordar plenamente com o Lula ao menos numa questão em especial: quando acusa a elite de ameaçá-lo, ele tem razão. Explica o Aurélio Buarque de Hollanda que elite, do francês élite, significa "o que há de melhor em uma sociedade, minoria prestigiada, constituída pelos indivíduos mais aptos". Poxa! Na mosca. Ele sabe que seus inimigos são as pessoas do povo mais informadas, com capacidade de análise, com condições de avaliar a eficiência e honestidade de suas ações. E não seria a primeira vez que essa mesma elite faz esse serviço. Essa elite lutou pela independência do Brasil, pela República, pelo fim da ditadura, pelas diretas-já, pela defenestração do Collor e até mesmo para tirar o Lula das grades da ditadura em 1980, onde passou 31 dias. Mas ela é a inimiga de hoje. E eu acho que é justamente aí que nós entramos
Nós, que neste país tivemos o privilégio de aprender a ler, de comer diariamente, de ter pais dispostos a se sacrificar para que pudéssemos ser capazes de pensar com independência, como é próprio das elites - o que, a propósito, não considero uma ofensa -, não deveríamos deixar como herança para os mais jovens presentes de grego como Lula, Chávez, Evo Morales, Fidel - herói do Lula, que fuzila os insatisfeitos que tentam desesperadamente escapar de sua "democracia". Nossa herança deveria ser a experiência que acumulamos como justo castigo por admitirmos passivamente ser governados pelo Lula, pelo Chávez, pelo Evo e pelo Fidel, juntamente com a sabedoria de poder fazer dessa experiência um antídoto para esse globalizado veneno. Nossa melhor herança será o sinal que deixaremos para quem vem depois, um claro sinal de que permanentemente apoiaremos a ética e a honestidade e repudiaremos o contrário disto. Da mesma forma que elegemos o bom, destronamos o ruim, mesmo que o bom e o ruim sejam representados pela mesma pessoa em tempos distintos.
Assim como o maior mal que a inflação causa é o da supressão da referência dos parâmetros do valor material das coisas, o maior mal que a impunidade causa é o da perda de referência dos parâmetros de justiça social. Aceitar passivamente a livre ação do desonesto é ser cúmplice do bandido, condenando a vítima a pagar pelo malfeito. Temos opção. A opção é destronar o ruim. Se o oposto será bom, veremos depois. Se o oposto tampouco servir, também o destronaremos. A nossa tolerância zero contra a sacanagem evitará que as passagens importantes de nossa História, nesse sanatório geral, terminem por desbotar-se na memória de nossas novas gerações. Aí, sim, Chico, acho que cada paralelepípedo da velha cidade, no dia 29 de outubro, vai se arrepiar. Seu admirador número 1, Zé Danon DIGA NÃO A REELEIÇÃO José Danon é economista e consultor de empresas