24 junho 2011

Convite


Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério


A quatro mãos escrevemos este roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.

Lya Luft

5 comentários:

  1. Adoro a Lya! Lindo!beijos,chica

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  2. Muitas vezes insistimos em mudar nosso destino, e vivemos num eterno conflito existencial.
    Abraço

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  3. Chica.

    É um enorme prazer poder contar com sua presença por aqui
    Bom fim de semana.

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  4. Wanderley.
    Conflitos existenciais sempre existem, somos meros aprendizes dessa nossa breve existência.
    É um prazer enorme contar com sua presença por aqui.
    bom fim de semana
    bjs

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  5. Um poema lindíssimo.
    Vale a pena parar para ler e meditar

    "A quatro mãos escrevemos este roteiro
    para o palco de meu tempo:
    o meu destino e eu."

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