
Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.”
Cora Coralina
Amiga Heli!
ResponderExcluirMuito apropriado este tema nesta altura.
Que todos os sobreviventes dessa catástrofe tenebrosa sejam ajudados e sintam este espírito.
Beijinhos
Ná
Pois é, Ná.
ResponderExcluirTambém achei este poema próprio para externar sentimentos num momento difícil pelo qual muitas pessoas atingidas pelas chuvas estão passando.
É uma oração, onde as palavras são bem colocadas e há muita humildade no coração da escritora.
beijos.
Concordo contigo é uma oração nesse momento de tamanha dor , para aqueles que perderam seu ente querido. Beijinhos a vc
ResponderExcluirQuerida Ná,
ResponderExcluirAmei o post. Para mim, Cora Coralina (nas letras) e Chiquinha Gonzaga (na música) são ímpares: talendo e sensibilidade direto do céu.
Obrigada por compartilhar este lindo poema.
Bjsssssssss