07 dezembro 2009

Encerrando mais um dia com Fernando Pessoa

Fresta


Em meus momentos escuros
Em que em mim não há ninguém,
E tudo é névoas e muros
Quanto a vida dá ou tem,
Se, um instante, erguendo a fronte
De onde em mim sou aterrado,
Vejo o longínquo horizonte
Cheio de sol posto ou nado
Revivo, existo, conheço,
E, ainda que seja ilusão
O exterior em que me esqueço,
Nada mais quero nem peço.
Entrego-lhe o coração.

(Fernando Pessoa)

4 comentários:

  1. Querida Heli,

    Lindo demais, fantástico.
    Adoro este poema.

    A vida pode ser feita de pequenos nadas.

    Deixo-lhe uma quadra de um poema da munha amiga, Maria José Arel.

    Não basta!
    Plantares flores no teu jardim.
    Alindar o teu canteiro
    Com flores de muitas cores, Se não parares para olhar o luar.

    Beijos

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  2. Heli, bom dia

    Que lindo amiga! Fernando Pessoa sempre envolve a alma da gente.
    Beijos

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  3. Ná.

    Sua presença no blog é sempre muito especial e fico muito feliz que tenhas gostado do poema.
    Obrigada pela quadra deixada.
    beijos

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  4. Dulce.
    Que bom que está aqui conosco e que gostou do poema do Pessoa.
    Volte mais vezes,
    beijos

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